26 de janeiro de 2015

A simplicidade da fé





Vivemos a realidade de uma cidade, um estado, um país doente, e a igreja muitas vezes também está doente, com deformidades, heresias que tentam penetrar o evangelho, distorcendo o verdadeiro sentido da Palavra.

Certas pregações que vemos pela TV ou por outros meios de comunicação não têm nada a ver com a Palavra de Deus, com a simplicidade da fé. A maior ameaça da igreja não vem de fora, mas de dentro, ou seja, não são os idólatras, os que acreditam em magia, os gnósticos, mas os chamados dissimuladores. O verso 4 de Judas diz: “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.

A Palavra diz que esses dissimuladores são capazes de transformar a graça em libertinagem. A graça é um favor imerecido, mas a distorcem em libertinagem. Para eles, o Senhorio de Cristo é apenas da “boca para fora”. O senhorio de Cristo significa que Ele é soberano, autoridade máxima, que a Ele tudo pertence. Nós pertencemos a Jesus. Quando Jesus e seus discípulos caminhavam, as multidões os seguiam, e muitos diziam: “Senhor, Senhor, Senhor”, e houve um momento que Jesus disse: “Por que vocês me chamam Senhor Senhor, mas não fazem o que vos mando”. É muito fácil falar “Ele é o Senhor” e não fazer a vontade dele; a nossa fé não é uma religião, é um relacionamento com o Senhor, é a nossa intimidade com Deus.

Quando dizemos que Jesus é nosso Senhor, até a salvação vem por meio dessa declaração. Se confessarmos a Jesus como Senhor e em nosso coração confessarmos que Ele é o nosso Salvador, seremos salvos (1Jo 1.9). Mas a confissão com a boca não pode apenas ser um som, precisa partir de dentro para fora. Esses dissimuladores surgem por acaso, é um processo. As pessoas se transformam em dissimuladores quando lhes falta fé, e, além disso, há o abandono da santidade (Judas 5-7), eles são comparados a Sodoma e Gomorra, cidades que abandonaram totalmente a santidade, foram conduzidas à imoralidade e, por isso, tiveram que ser destruídas. Os anjos não respeitaram os limites em obedecer às fronteiras da própria vida, para viverem a impureza de forma tão intensa.

A carta de Judas vem exatamente como um alerta, para termos restituição e enxergamos a realidade de Deus para nós. Precisamos da restituição da Bíblia, da Palavra em nossa vida. Que você e eu possamos pautar a nossa fé pela Palavra e sempre dizermos: “Está escrito”. Não é o que sentimos, o que pensamos, mas aquilo que está escrito. Os dissimuladores têm uma insatisfação destrutiva. Não entendem e difamam.

Não podemos nos conformar com o estado em que estamos. Podemos e devemos avançar, melhorar a cada dia, podemos ser mais. Mas a insatisfação dos dissimuladores é algo que contamina, como se fosse um veneno terrível. Nada agrada, tudo está errado, defeituoso. São murmuradores. A murmuração infecta é um pecado que leva à destruição. A Palavra diz: “Em tudo, dai graças” (1Ts 5.18). Temos tudo para agradecer a Deus. Os murmuradores estão sempre descontentes. Às vezes, o dissimulador se aproxima de você com interesse em alguma coisa, está sempre buscando alguma vantagem, conseguir alguma coisa usando você.

Precisamos olhar para as pessoas de baixo para cima, isso significa que os outros serão sempre maiores que nós. Jesus nos ensinou humildade e não arrogância. Ele lavou os pés dos discípulos. Isso é a simplicidade da fé. Que possamos a exemplo de Jesus vivermos como cristãos santificados na fé, que oram em Espírito, guardam-se no amor de Deus e esperam a vida eterna em Jesus Cristo. Cooperadores da obra de Jesus, ajudando os mais novos e vacilantes.

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