4 de dezembro de 2014

Deus e a lógica

1- Deus e a lógica
2 - A existência de Deus

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1- Deus e a lógica

Sei que existem muitas pessoas que não acreditam na existência de Deus. Eu as respeito. Respeito mais as que, mesmo não acreditando na sua existência, são inteligentes o suficiente para permitir-se duvidar de sua certeza e ouvir algo a respeito. Se você não aceita se question
ar sobre algo, você já tem uma religião, ainda que essa religião seja a ciência ou o próprio ateísmo. Posso assombrar-lhe com essa ideia, mas aquilo que você coloca como acima de todas as coisas e torna inquestionável, a ideia final e irrevogável, que domina sobre sua vida é seu deus. Sendo assim, o ateísmo pode ser considerado uma religião em que o deus é a pessoa que determina que não existe Deus. Seu corpo doutrinário determinou sobre a sua vida o afastamento de Deus e entrega a vida a essa ideia. A esses devotos da negação, este texto não interessa. Só aos primeiros, aos que querem saber.

Podemos pensar em argumentos interessantes sobre a existência de um ser que possui os atributos que somente Deus pode ter, tanto do lado de fora do que somos na vida e na existência de todos os seres, quanto em argumentos que se baseiam naquilo que pensamos, sentimos e desejamos.

Iniciamos pensando na mudança como argumento. Imagine a semente de uma planta que pode chegar a dois metros de altura e produzir laranjas. Há algo interessante aqui. A planta pode chegar a tudo isso, mas não pode fazê-lo por si mesma. Nada pode mudar a si mesmo. As coisas vivas conseguem se mover por um tempo e depois, quando a vida as deixa, elas param de viver. A essência material sem a vida, que as move, permanece inerte. Cada coisa que se move precisa da atuação de alguma força sobre ela para fazê-la mover-se, porque de si mesma não consegue fazê-lo. O corpo pára, quando perde a ação da força que chamamos vida, os corpos físicos também, se não recebem força, eles não se movem. Tudo o que se move necessita da atuação de forças externas a si para se moverem. Não importa até onde você tenha acompanhado os anteriores na cadeia de força sobre corpos, a certeza é de que há a primeira força emanada. Esse é o argumento da primeira força. Quem deu o primeiro passo na cadeia de movimento tinha que ter força autogerada.

O universo é uma cadeia de movimentos que necessitaram de um primeiro impulso para mover-se e animar-se. Ele está em constante processo de mudança. A ciência mostra que, a cada vez que um corpo cede energia a outro (impulsionando-o), parte da energia se perde. Mas tudo continua em movimento e o movimento do universo se amplia, o que indica uma fonte de força inicial que precisa ser imanente, ou seja, capaz de gerar em si mesmo a própria força. Este é o segundo argumento: existe uma fonte de força autossuficiente.

O contrário seria inaceitável, pois se não houvesse uma força que tornasse possível as coisas, chegarem à mudança, uma vez que não podem ser o que podem alcançar sem ação externa, nada mudaria, porque nada pode ser mudado por si mesmo. Assim, tem que haver algo fora do universo material que causa mudança no universo material, que age e ativa a matéria, o espaço e o tempo, gerando o movimento e a vida e esse poder precisa ser autossuficiente. .

A CAUSA COMO ARGUMENTO
Da mesma forma como nada muda sem um movimento que o anime, cada animação tem seu responsável. Todos os movimentos de vida possuem uma origem ou uma causa. Se percorrermos os antecedentes da cadeia de causas (o que causou o que), teremos que encontrar uma causa original. Sem causa, não teríamos o efeito da vida. Logo, não haveria existência ou vida. Essa afirmação não pode ser falsa, (a menos que o filme Matrix seja verdade), pois nós estamos em um mundo que existe. Isso nos coloca na posição de necessitarmos de um ser Não-causado para podermos explicar a nossa própria existência que, por sua vez, não poderia ser nada menos que o ser Doador de Existência causasse a própria existência.

Você pode pensar que o grupo de existências pode sustentar-se a si mesmo. Até as crianças fazem a conclusão lógica quando chegam ao fim da análise:

- Quem me ‘teve’?

- Mamãe.

- E quem ‘teve’ mamãe? Vovó...

Depois de você esgotar seus conhecimentos da árvore genealógica, você desiste ou finalmente, diz: “Foi Deus quem criou o primeiro homem...”. E vem a pergunta fatal?

- Quem criou Deus?

E você precisa responder:

- Deus não se criou, Ele sempre existiu. Ele não é como nós. Não tem começo.

Se tudo o que veio, veio de uma causa, mas não tem força suficiente para se criar sozinho, quem ou o quê foi a primeira causa, que tinha o poder de causar a existência de outra coisa?

As forças de agregação, que produzimos, não são suficientes para manter o crescimento à nossa volta de forma planetariamente equilibrada. O ecossistema experimenta isso.

Ainda que tivesse havido uma força tal que desse o impulso inicial e que após dar o impulso houvesse desaparecido, essa força não seria suficiente para continuar movendo a minha vida até o fim porque eu preciso de força a cada mudança e não sou só eu é o universo inteiro. No momento em que a força cessasse, cessaria a mudança. Mas a mudança é única certeza que temos. Chega a ser irônico dizer isso nesse contexto em que se questiona a existência da força que causa a mudança.

O ARGUMENTO DO PRINCÍPIO DE TODAS AS COISAS
Sabemos que tudo o que existe começou a existir de alguma coisa. Mas há também as coisas que nunca existiram. Existência e não existência são possibilidades. Se o universo existe, ele também teve seu momento de não existência. Se ele passou a existir e não existia antes, então, não havia nada para criá-lo, uma vez que tudo o que existe está no universo. Mas, como algo surge de matéria-prima como o “nada”? Com essa lógica, o universo fora do universo não existiria, mas ele está aí, a mudança entre o não existir e o existir do universo aconteceu. Se o próprio universo não mostrou ter até agora uma própria capacidade de mover-se e alterar-se sozinho a não ser por alguma força que tenha seu início fora do que se move, algo foi necessário para iniciar a criação do universo. Esse ser necessário é Deus. Imanente (gera sua própria força e poder), Onipresente (está em todos os lugares onde essa força opera), Onipotente (tem poder para tudo), Onisciente (tem consciência absoluta, pois a operação dessa força é inteligente, organizada e direcionada).

O ARGUMENTO DOS GRAUS DE PERFEIÇÃO
Como reconhecemos que algo é de alta qualidade ou de baixa qualidade? Nós estabelecemos a sua comparação com um padrão. Se nunca conhecermos o padrão, não poderemos dar valores relativos a nada. Se não conhecermos o tema não podemos avaliar um estudante; se não conhecemos a qualidade do produto, não podemos avaliar a produção, etc. Considerando que todas as coisas possuem uma fonte e uma causa original, que lhes dão a sua natureza,, temos que considerar, que essa natureza também lhes estabelece sua referencia de qualidade.

Nós só podemos comparar a qualidade de uma laranja, comparando-a as características da demais laranjas. Não podemos dizer que uma laranja não é boa porque ela não tem pés ou pelos. Não faz parte da natureza da laranja, então, esses itens não entram na consideração das suas qualidades. Assim como também não entram conceitos morais, tais como “Essa é uma boa laranja, mas essa é má, deveria ser presa...” A moral não faz parte da natureza da laranja. A natureza da laranja está na sua semente e não no seu fruto. O fruto é apenas conseqüência do crescimento da semente. A semente precisa de receber força para crescer e cresce apenas dentro das possibilidades de sua natureza. Mas, quando a comparamos para acompanhar seu crescimento ou para avaliá-la, nós a comparamos ao padrão ideal das laranjas.
E com relação ao homem? Porque temos necessidade de encontrar coisas boas no homem? Independente de como uma cultura considere o que é ser bom, você vai encontrar padrões de bom e ruim, bem e mal, certo e errado. Toda cultura possui padrões morais. Nós temos necessidade de avaliar segundo o padrão original ou ideal. Porque a nossa natureza exige o retorno ao padrão, que nos dá sentido. A nossa existência pressupõe a existência de alguém melhor que nós, além de nós mesmos que nos atrai a sua própria essência. Por vezes, perdemos esses padrões tão altos, mas eles estão dentro de nós, nos chamando. Nossa estrutura clama por eles, por eles se acha vida, que vai nos mover e fazer crescer. Pensando que esforcei bastante a sua lógica dedutiva por hoje, quero lhe dizer o que você pode ter de Deus.

HÁ UMA FONTE DE VIDA DE QUALIDADE DISPONÍVEL PARA VOCÊ
Deus traz a vida: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida.” (Jó 33:4).Jesus traz vida: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10); o Espírito Santo traz vida: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; [...]” (João 7:38-3). Uma fonte de qualidade traz mudanças de qualidade.

Além disso, essa Pessoa Fonte de Vida chamada Deus possui propósitos de vida e movimento que vão te abençoar. Ele tem uma direção para guiar seus passos. “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” (Atos 17:24-28).

Tudo o que existe foi criado. Pois “pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. ” (Hebreus 11:3) e isso é maravilhoso: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” (Apocalipse 4:11). Principalmente porque quem estabeleceu os planos da criação estabeleceu planos preciosos para a sua vida: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jeremias 29:11).

Você não foi criado para viver aleatoriamente, sem saber se identificar. Uma vez que você saiba a sua natureza, você saberá olhar no espelho e procurar com quem você deve se tornar parecido. Nenhuma criatura na criação sente tanta necessidade de se identificar ou se assemelhar, como o homem. Por isso, a necessidade tão urgente de sabermos quem somos e de onde viemos. Assuma um padrão que acolha aquilo que extrai o melhor conforme a sua natureza: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27). “Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida.” (Salmo 119:93)
Que haja paz na sua vida, em nome de Jesus.

REFERÊNCIA:
KREEFT, Peter; TACELLI, Ronald D. Manual de Defesa da Fé: Apologética cristã. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2008.




2 - A existência de Deus
Deus existe? (com correção)


2 - A existência de Deus
Uma aula de física é algo interessante... 
Físicos sempre procuram provas tangíveis, inclusive do intangível. Eu admiro os físicos, principalmente aqueles que não impõem um pré-julgamento à sua busca de evidências.

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade, desafiou os seus alunos com esta pergunta:
- Deus fez tudo que existe?

Um estudante respondeu corajosamente: - Sim, fez!


- Deus fez tudo, mesmo?

- Sim, professor. - respondeu o jovem.

- Se Deus fez todas as coisas, então, Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau.O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito. 

Quando outro estudante levantou sua mão e disse:

- Posso lhe fazer uma pergunta, professor?

- Sem dúvida - respondeu o professor.

- Professor, o frio existe?

- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?

- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.

E continuou o estudante:

- E a escuridão, existe?

O professor respondeu:

- Mas é claro que sim.

- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão, não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:

- Diga, professor, o mal existe?

- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.

- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

Antes, havia nessa postagem uma indicação de que o estudante era Albert Einstein. Muitas pessoas duvidaram da fé de Einstein em Deus, outras, declaram que ele era ateu. Ele mesmo declarou que acreditava na versão de Deus do filósofo Espinoza, Deus como a harmonia da natureza. É certo que ele nunca declarou a fé cristã: Jesus Cristo como Deus. Mas os argumentos acima não deixam de ser válidos. Ditos por quem quer que seja, são uma boa ilustração para qualquer pessoa, se ela não estiver comprometida em provar a inexistência de Deus. Aos nietzschezianos, o meu pedido de perdão, pois nesse blog, não vão encontrar subsídios para esse tipo de afirmação. Ainda que Einstein não soubesse, eu sei que meu Deus vive, tem personalidade, ama e se interessa pelas pessoas porque Ele tem me provado isso todos os dias.

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