14 de outubro de 2014

O orgulho divide os homens, a humildade une-os

Convém que Ele cresça
A verdade nunca muda. A mensagem de Deus é a mesma ontem, hoje e será para sempre. E a igreja se beneficia com isto. A glória do Evangelho é que ele é primariamente o anúncio do que Deus fez na Pessoa de Jesus Cristo. A essência da mensagem do evangelho é Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Salvador, o Redentor Divino.

“Convém que Ele cresça e que eu diminua” Jo 3.30

"O orgulho divide os homens, a humildade une-os” Henri Lacordaire

A Bíblia registra a vida de um profeta chamado João Batista. Ele foi citado pelos autores dos quatro Evangelhos e também por inúmeros historiadores, como Flávio Josefo. João Batista era filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Como pregador itinerante vestindo pêlos de camelo com um cinto de couro, João Batista se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. Um estilo de vida bem simples em comparação aos pregadores modernos. Ele teve o privilégio de batizar muitos judeus, inclusive o próprio Senhor Jesus, nas águas do Jordão (Mt 3.13). O Mestre testemunhou sobre ele dizendo: “Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Lc 7.28). Mas qual seria a razão de tamanha nobreza observada em sua vida e que foi sabidamente reconhecida pelo Messias?

Creio, meus amados (as), que uma das características mais marcantes e profundamente espirituais na vida do profeta João Batista era a sua humildade. Isso mesmo! A humildade revela a nobreza de caráter na vida do cristão. No Evangelho segundo Mateus foram essas as suas palavras ao povo de sua época: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar.” João Batista foi o precursor do Messias, a voz do que clama no deserto, preparando o caminho do Salvador da humanidade. Seu lema era “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). E você, meu amigo (a), qual é o lema de sua vida ? Pense nisso.

É fundamental assumirmos uma postura humilde como a do profeta João Batista em nossos relacionamentos. Lembremo-nos que o caminho da humildade nos eleva aos olhos de Deus. Queridos(as), como seria diferente se os cristãos do século XXI pudessem levar mais a sério o nobre caminho da humildade.... É ou não é verdade? Certamente, muitas brigas, cismas, inimizades, disputas e contendas seriam evitados entre casais, famílias, colegas de trabalho e até entre muitos irmãos em Cristo. Alguns estão seriamente feridos pela amargura, enquanto outros vivem sufocados pela vingança. Talvez isso aconteça ainda em nosso meio porque o mundo pós-moderno em que vivemos, altamente competitivo e individualista, esteja influenciando mais a Igreja do que pensávamos. Precisamos nos envergonhar do nosso egoísmo e orgulho, pois são tristes barreiras para um relacionamento sadio na Igreja e no mundo. Certamente, precisamos rever o cristianismo que estamos vivendo e pregando. Precisamos falar mais alto com as nossas atitudes. Chega de sermões vazios e incoerentes! Pense nisso.

Segundo o autor Norbert Lieth, a revista alemã “Focus” publicou uma reportagem sobre o tema “Eu, eu, eu”. Ela tratava do culto ao “eu”, que aumenta cada vez mais em nossa sociedade na qual cada um se considera cada vez mais importante. Cresce assustadoramente a sociedade que quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para atingir seus objetivos. O pensamento de Nicolau Maquiavel( 1469-1527) de que: “os fins justificam os meios” tem sido um trágico lema para muitos. Infelizmente, esse “estrelismo” diabólico tem afetado a Igreja de Cristo, inclusive entre algumas lideranças.

Aliás, o orgulho tem origem no próprio Diabo. Nele nasceu o orgulho: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei...”’ ( Is 14.13). Satanás queria ser como Deus: “...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”.

Portanto, meus amigos (as), não cultivemos uma postura arrogante diante de Deus, da Sua Igreja e do mundo. Ao contrário disso, apresentemo-nos humildemente diante Dele e nos ofereçamos como “vasos de honra” para sermos instrumentos em Suas santas mãos, diagnosticando, tratando e curando as feridas de Sua Igreja e do mundo. Ele espera por você! Aleluia! Pois assim diz o Senhor: “Eis que ponho na tua boca as minhas palavras.” Je 1.9 “Em Deus faremos proezas...”

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