6 de novembro de 2014

A Vontade Soberana de Deus

Estudo bíblico
“As Misericórdias Do Senhor São a Causa de Não Sermos Consumidos” (Lm. 3:22:23)

Reflexão Sobre o Tema


Jesus deixou bem claro que, não obstante ao chamado concernente a cada um, nem todos entrarão no Seu Reino (Mt.7:21; 22:1-14). Entre o chamado e o nosso destino, existe um caminho a ser percorrido. O peso dos nossos pecados dificultam a caminhada, por isso, passo à passo, temos que esvaziar essa bagagem, para que o cansaço e o desânimo não nos impeça de prosseguir.

Ninguém pode ser aprovado se não for provado. Por isso, durante a nossa permanência aqui nesse mundo, passamos por muitas aflições (Jo.16:33). Porém, não podemos esquecer da soberania de Deus sobre nossas vidas. A Sua vontade é sempre boa, perfeita e agradável (Rm.12:2), embora muitas vezes, difícil de compreender.

As provações fazem parte do nosso crescimento. O conhecimento da Palavra de Deus e a atuação do Espírito Santo em nós, nos ajuda a vencer o nosso pior inimigo que somos nós mesmos. Temos dificuldade em abandonar o nosso ‘eu’, porque a carne milita contra o Espírito constantemente (Gl.5:17). Se não fosse pelas misericórdias do Senhor, jamais conseguiríamos vencer essa batalha.

Á medida que aprendemos a obedecer e colocamos em prática os seus ensinamentos, somos aperfeiçoados, assim prosseguindo, até atingirmos a maturidade cristã, passaporte para a vitória em Cristo Jesus. Amados, sejam perseverantes na fé, não desanimem, permaneçam fiéis ao Senhor e Ele vos recompensará. Amém!





PLANO DE AULA

Tema: A Vontade Soberana de Deus

Texto Base: Mt.6:10

Versículo para Memorizar: “As Misericórdias Do Senhor São a Causa de Não Sermos Consumidos” (Lm. 3:22:23)

Introdução

Deus nos deu o livre arbítrio para que pudéssemos, espontaneamente, demonstrar toda a reverência que lhE é devida. Porém, não é bem isso que acontece. Normalmente, somos inclinados a agir de conformidade com os nossos interesses pessoais e usamos essa liberdade para seguirmos em direção contrária aos propósitos divinos. Fazer a vontade de Deus, implica em primeiro lugar no conhecimento de Sua Palavra (Rm.2:17-18), em segundo, na submissão à Sua vontade e anulação do nosso ‘eu’, para que a luz gloriosa de Cristo resplandeça através de nossas vidas e ilumine o mundo. Esse estudo se propõe, justamente, a refletir sobre essa questão.

Objetivos

Conhecer qual a perfeita vontade de Deus para as nossas vidas e aprender como colocar em prática os seus ensinamentos.

A Postura do Homem Natural diante de Deus

O homem natural, (Clique Aqui 
1ª Carta aos Corintios - Três Classes de Pessoas) não “compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem loucuras e não pode compreende-las porque elas se discernem espiritualmeNte” (1Co.2:14). O homem natural é aquele que ainda não foi regenerado (Jo.3:3), não recebeu a graça de Deus (Rm.8:1-14) e não tem em si mesmo a presença do Espírito Santo (Rm.8:9), portanto, não concebe as coisas espirituais. Tem uma vaga idéia sobre Deus, mas o seu racionalismo coloca em ‘cheque’ essa verdade, porque ele não aceita nada que não passe pelo crivo do seu intelecto. Como criaturas carnais, não se submetem à Lei de Deus e, portanto, não O agradam (Rm.8:.7-8; Is.59:2).

A Morte Espiritual

Segundo o que diz o adágio popular: “para quem não sabe para onde vai qualquer caminho serve”. Assim, essas pessoas seguem o curso de suas vidas sem direção porque não conhecem o verdadeiro caminho. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo.14:6). Aqueles que O negam, estão mortos espiritualmente, mas é para estes que Ele veio (Jo.11:25-26), porque é vontade de Deus que todos se salvem (1Tm.2:4) e tenham conhecimento da verdade (Jo.17:17). Ele é paciente, segundo o que diz Pedro (2Pe.3:9), porque conhece as nossas limitações e nos ama (Jo.3:16).

O Homem Espiritual Diante de Deus

O homem espiritual é aquele que recebeu o dom da vida através da salvação (Jo.12,13). Nele, habita o Espírito Santo que atua diretamente para que as obras da carne não prevaleçam sobre as do espírito (Gl.5:17). Há uma luta constante que exige perseverança e separação do pecado (Lv.11:44-45; Dt.7:6).

O apóstolo Paulo ressalta que uma vez o Espírito de Deus habitando nesse corpo, ele se torna um santuário, um templo que deve ser preservado (1Co.3:16,17). Diz ainda que o verdadeiro cristão deve crucificar suas paixões para que Cristo seja revelado através de suas ações (Gl.5:24).

Essa separação é para que não se perca a salvação (1Tm.4:16; Ap.2:14-17) e haja perseverança na fé (1Tm.1:19; 6:10:20-21) e na santidade (Jo.17:14-21; 2Co.7:1) e se tenha uma vida exclusiva para Deus. Na prática, implica em uma vida de entrega, de renúncia para que prevaleça a soberana vontade de Deus em detrimento de quaisquer outros interesses, o que significa, obediência.

A obediência vem do temor, resultante do conhecimento da Palavra de Deus, através do estudo sistemático das Escrituras Sagradas (Sl.1:6; Js.1:8;). Através da meditação da Palavra, se tem o entendimento da perfeita vontade de Deus (Ef.5:17). Por isso Deus recomendou a Josué para que meditasse nos Seus mandamentos dia e noite, para não se desviar de seus caminhos (Js.1:8).

Nem Só de Pão Viverá o Homem

A Palavra de Deus é o alimento espiritual (Mt.4:4, Jr.15:16; 1Pe.2:22)) que nos fortalece e nos ajuda a crescer na vida cristã para que venhamos a produzir bons frutos na obra do Senhor (2Tm.2:15). Ela tem poder para transformar nossas vidas (Hb.4:12) e nos fazer refletir a luz de Deus nesse mundo (Mt.5:14).

A partir desse entendimento, acerca da vontade de Deus, temos que ter a sabedoria de fazermos conforme o fez o salmista Davi, que pediu ao Senhor para que lhe ensinasse a fazer a Sua vontade ( Sl.143:10). Não é uma tarefa fácil, mas deve ser um exercício contínuo.

A Eficácia da Oração

A oração é o canal que nos liga a Deus e temos que lançar mão desse recurso sempre, para que Ele esteja no centro de nossas vidas. Essa atitude requer o reconhecimento da nossa condição de necessitados (Sl.40:17). Sem Ele nada somos e nada podemos.

A oração que Jesus nos ensinou diz: “que seja feita a Sua vontade assim na terra como no céu” (Mt.6:9). Essa frase encerra o reconhecimento da Sua soberania, “porque dEle por Ele e para Ele, são todas as coisas” (Rm.11:36). A Ele seja toda a glória.

Mais adiante continua “Venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade” (v.10). O ensinamento contido nessas palavras é muito profundo. Significa que estamos dando plena liberdade ao Senhor para que Ele reine absoluto em nossas vidas, considerando que o seu reino está dentro de nós (Lc.17:21).
É uma declaração de entrega, de submissão á sua vontade. Isso tudo, na prática, implica que em todas as situações de nossas vidas, temos que ter um compromisso com esse reino, tanto no sentido ético quanto moral. Para tornar mais claro, implica que a nossa vida tem que ser um testemulho dEle aqui na terra. Todas as nossas ações, seja no trabalho secular ou na obra, seja em nossos relacionamentos interpessoais, temos que agir conforme nos orienta a Palavra de Deus.

Conclusão

Fazer a vontade de Deus não é tarefa fácil porque implica em renúncia e submissão aos seus ensinamentos. Porém, é dever de todo cristão, tendo em vista que, embora vivamos neste mundo, já não mais pertencemos a ele. Portanto, a nossa conduta deve refletir o Reino de Deus em todas as situações para que sejamos testemunhas vivas do poder e do amor Deus e, através de nós, muitos sejam alcançados.

Um comentário: