11 de outubro de 2014

DISCIPULADO 2- Lição 10-O discípulo vive cheio do ESPÍRITO SANTO

Série de Estudos APRENDENDO A CAMINHAR NA LUZ
 
INTRODUÇÃO
QUEM JÁ PARTICIPOU DE UM REAL AVIVAMENTO? O que significa avivamento?CONSTA EM ATOS DOS APÓSTOLOS QUE A IGREJA ERA:UNIDA EM COMUNHÃO, NO PARTIR DO PÃO, NAS ORAÇÕES, NOS JEJUNS, QUE MULTIDÕES DE PESSOAS SE CONVERTIAM, QUE MUITOS ERAM CURADOS, MUITOS BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO, MUITOS LIBERTOS DE DEMÔNIOS, QUE OS LÍDERES SE DEDICAVAM AO ESTUDO E ENSINO DA BÍBLIA, QUE MUITOS CONFESSAVAM SEUS PECADOS, QUE VENDIAM SUAS PROPRIEDADES PARA AJUDAR A QUEM NÃO TINHA NADA, QUE PREGAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS, CONFIRMANDO O ESPÍRITO SANTO O QUE DIZIAM COM SINAIS E PRODÍGIOS; ISSO É AVIVAMENTO. Como você acha que sua igreja pode viver o avivamento?PARA COMEÇAR É PRECISO QUE QUEIRAM O AVIVAMENTO, DEPOIS QUE PLANEJEM O AVIVAMENTO, DEPOIS QUE ESCOLHAM OS LÍDERES DESSE AVIVAMENTO (PESSOAS CHEIAS DO ESPÍRITO SANTO), DEPOIS QUE SE UNAM TODOS EM BUSCA DO AVIVAMENTO VIVENDO SANTA E IRREPREENSIVELMENTE. Qual seria o efeito de um avivamento em sua comunidade? SALVAÇÃO EM MASSA, CONFISSÃO DE PECADOS, BATISMOS, CRESCIMENTO RÁPIDO E SADIO DA IGREJA, CURAS, MILAGRES, DONS DO ESPÍRITO SANTO MANIFESTADOS COM PODER, ETC...

I – O AMBIENTE DO AVIVAMENTO (LUGAR ONDE ACONTECE O AVIVAMENTO) 
1-ORAÇÃO PROFUNDA (MUITA ORAÇÃO INTERCESSORIA, JEJUM, HUMILHAÇÃO DIANTE DE DEUS, SANTIDADE, DESEJO DE VER SALVAÇÃO DAS ALMAS).
 
2-A PALAVRA DE DEUS (É O GRANDE AGENTE PARA O AVIVAMENTO, ESTAMOS VENDO A PALAVRA SENDO DESPREZADA CADA VEZ MAIS SENDO SUBSTITUÍDA POR FESTAS(NATAL, REVEION, ANIVERSÁRIOS, RETIROS,ETC...), JOGRAIS, COREOGRAFIA (NÃO PASSAM DE DANÇAS ERÓTICAS), SHOWS E OUTROS SACRIFÍCIOS DE TOLOS QUE NÃO CHEGAM NEM PERTO DE AGRADAREM A DEUS
 
 3-LOUVOR NO ESPÍRITO (ADORAÇÃO, BEM DIFERENTE DE CANTAR SÓ, PRECISAMOS DE MÚSICOS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO, QUE CANTAM E TOCAM VISANDO GANHAR ALMAS E NÃO FÃS, QUE JEJUAM, ORAM E PARTICIPAM DOS CULTOS, SEJAM NA RUA, NA IGREJA OU NAS MADRUGADAS) 
 
 4-TEMOR DE DEUS (A FALTA DE COMUNHÃO COM O ESPÍRITO SANTO FAZ A MENTE FICAR CAUTERIZADA E NÃO SABER MAIS O QUE É PECADO, O QUE É SANTO OU PROFANO, NÃO OUVE A SUAVE VOZ DO ESPÍRITO SANTO.)

5-RENOVAÇÃO ESPIRITUAL (ALEGRIA NO ESPÍRITO, CERTEZA DE SALVAÇÃO, PAZ NA ALMA, UNIÃO COM A IGREJA E SEUS LÍDERES)
 
II – OS FATOS DO AVIVAMENTO (O QUE ACONTECE NUM LUGAR ONDE HÁ AVIVAMENTO) 
1-O QUE DEUS FEZ ONTEM PODE FAZER HOJE (NOSSO DEUS NÃO É UM DEUS DE ONTEM, MAS DE HOJE, TUDO É URGENTE, PODEMOS FAZER MAIS QUE NOSSOS ANTEPASSADOS, DEUS CONTINUA OPERANDO MARAVILHAS
APESAR DOS MAUS OBREIROS, DOS PREGUIÇOSOS, DOS CRÍTICOS E DOS OMISSOS).

2-SANTIDADE (SEDE SANTOS PORQUE EU O SENHOR SOU SANTO – SEGUI A PAZ COM TODOS E A SANTIFICAÇÃO, SEM A QUAL NINGUÉM VERÁ O SENHOR – ESTA É A VONTADE DE DEUS: A VOSSA SANTIFICAÇÃO, QUE VOS ABSTENHAIS DA PROSTITUIÇÃO – QUEM É SUJO SUJE-SE AINDA, QUEM É SANTO SANTIFIQUE-SE AINDA- FALA-SE MUITO EM PODER E POUCO EM SANTIDADE, É O EVANGELHO FALSO QUE NÃO MUDA AS PESSOAS, CONTINUAM SE VESTINDO COMO O MUNDO, FALANDO COMO O MUNDO E AGINDO COMO O MUNDO; DECIDA-SE DE UMA VEZ : OU DEUS OU O DIABO) 
3-GLÓRIA DIVINA MANIFESTA (A MISTURA COM O MUNDO, FAZ FICAR PARECIDO COM O MUNDO – DIGA-ME COM QUEM TU ANDAS E TE DIREI QUEM TU ÉS – PODEMOS DAR GLÓRIA, SIMULAR (IMITAR) GLÓRIA, FALAR DE GLÓRIA E MESMO ASSIM NÃO CONHECERMOS NADA DA GLÓRIA DE DEUS.) 
4-LOUVOR CELESTIAL (A UNIÃO DA MÚSICA MUNDANA COM A LETRA BÍBLICA NÃO FAZ QUE A CANÇÃO SEJA SACRA E ACEITA POR DEUS, POIS DEUS NÃO SE AGRADA DE TOLOS E DE LUZ MISTURADA COM TREVAS, O ROCK CONTINUA SENDO DO DIABO E AOS HOMENS SE APLAUDE MAS A DEUS SE ADORA EM ESPÍRITO E EM VERDADE COM SACRIFÍCIOS DE LOUVOR DE LÁBIOS SANTOS – NÃO É A MÚSICA QUE FAZ DEUS SE MANIFESTAR, É DEUS QUE HABITA NO MEIO DE LOUVORES SANTOS)
5-PODER CELESTIAL (OPERAÇÃO MIRACULOSA DE DEUS NO MEIO DE SEU POVO ATRAVÉS DOS DONS. 

6-MILAGRES DE CURAS ( DOENÇAS SÃO CURADAS, DEMÔNIOS FOGEM, PARALÍTICOS ANDAM, A NATUREZA É ABALADA PELA PRESENÇA PODEROSA DE DEUS EM NOSSO MEIO) 
7-O PECADO, DEUS NÃO O DISSIMULA (ESCONDE, DISFARÇA).- HÁ REVELAÇÃO E CONSEQÜENTE ARREPENDIMENTO DE PECADOS, HÁ DECISÃO DE MUDANÇA DE VIDA E COMPORTAMENTO. 

III- A CONTINUAÇÃO DO AVIVAMENTO (O QUE FAZER PARA NÃO ACABAR O AVIVAMENTO) 
1-HUMILHAÇÃO DO POVO DE DEUS (cuidado com liturgismo, abertura ao secularismo, social, excesso de louvor e lembrar que a gloria é de DEUS) 
2-FÉ INABALÁVEL EM DEUS (cuidado com emocionalismo, liderança sem jejum-oração-palavra) 
3-A FORÇA DO SENHOR.(responsabilidade individual e dependência do senhor sempre) 

CONCLUSÃO 
1. DEVEMOS CONSIDERAR A PALAVRA DE DEUS COMO AGENTE DIVINO PARA O VERDADEIRO AVIVAMENTO. 2. QUAIS OS PRINCIPAIS FATOS PARA UM AVIVAMENTO GENUÍNO? 
3. AVIVAMENTO SÓ COM ORAÇÃO (JEJUM), FÉ(PALAVRA DE DEUS) E LOUVOR(ADORAÇÃO EM ESPÍRITO E EM VERDADE) 
4. DECISÃO DE ROMPER COM O MUNDO E ENCHER-SE DO ESPÍRITO SANTO, VIVENDO EM SANTIDADE. 
A vida cheia do Espírito Santo

A Bíblia diz que há três espécies de pessoas:

1. O Homem Natural


(aquele que ainda não recebeu a Cristo)

"O homem que não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente" (1 Coríntios 2:14)

VIDA
CONTROLADA PELO "EU"

O "EU" no centro da vida.

CRISTO do lado de fora da vida.

Ações e atitudes controladas pelo "EU" , resultando em discórdias e frustrações.

2. O Homem Espiritual


(aquele recebeu a Cristo e tem a sua vida dirigida pelo Espírito de Deus)

"O homem espiritual discerne todas as coisas" (1 Coríntios 2:15,16).


VIDA CONTROLADA POR CRISTO

CRISTO no centro da vida.

O "EU" fora do centro.

Ações a atitudes controladas por CRISTO, resultando em harmonia com o plano de Deus.

3. O Homem Carnal
(aquele que já recebeu a Cristo, mas vive em derrota, porque confia em seus próprios esforços para viver a vida cristã)

"Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições para isso. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Pois, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos? (1 Coríntios 3:1-3)

VIDA
CONTROLADA PELO "EU"

O "EU" entronizado.

CRISTO destronado.

Ações e atitudes controladas pelo "EU", resultando em discórdias e frustrações.

1. Deus Providenciou para nós Uma Vida Cristã Frutífera e Abundante
Disse Jesus: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente." (João10:10)
"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma." (João 15:5)
"Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei." (Gálatas 5:22,23).
"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (Atos 1:8)

O Homem Espiritual - Algumas características pessoais resultantes da sua confiança em Deus:

É Cristocêntrico
É dirigido pelo Espírito Santo
Conduz outros a Cristo
Possui vida efetiva de Oração
Conhece a Palavra de Deus
Confia em Deus
Obedece a Deus

Amor
Alegria
Paz
Paciência
Bondade

Fifelidade
Mansidão
Domínio próprio

À medida que o cristão vai confiando no Senhor em todos os detalhes da sua existência e segundo a sua maturidade em Cristo, essas características se manifestam em sua vida. Aquele que está apenas começando a compreender o ministério do Espírito Santo não deve desanimar, se não é tão frutífero como cristãos mais maturos que já experimentaram esta verdade por um período mais extenso.

Por que a maior parte dos cristãos não está experimentando esta "vida abundante"?

2. O Homem Carnal não pode experimentar a vida cristã abundante e frutífera

O Homem carnal confia em seus próprios esforços para viver a vida cristã:
Ou ele não está informado a respeito do amor de Deus, seu perdão e poder ou se esqueceu deles (Romanos 5:8-10; Hebreus 10:1-25; 1 João 1; 1 João 2:1-3; 2 Pedro 1:9; Atos 1:8).
Tem uma experiência espiritual cheia de altos e baixos.
Não entende a si mesmo - deseja fazer o que é certo, mas não consegue.
Deixa de receber o poder do Espírito Santo para viver a vida cristã.
(1 Coríntios 3:1-3; Romanos 7:15-24; 8:7; Gálatas 5:16-18)

O Homem Carnal - Algumas ou todas as caracterísiticas seguintes identificam o cristão que não confia plenamente em Deus:

ignorância de sua herança espiritual
Incredulidade
Desobediência
Perda do amor para com Deus e com os outros
Vida pobre de oração
Falta de desejo de estudar a Bíblia

Atitudes Legalistas
Pensamentos impuros
Ciúmes
Inveja
Preocupação
Desânimo
Espírito de Crítica
Frustração
Falta de Propósito na vida

(A pessoa que se declara cristã mas continua na prática do pecado, deve compenetrar-se de que talvez não seja verdadeiramente cristã, de acordo com (1 João 2:3; 3:6, 9; Efésios 5:5).
A terceira verdade, nos oferece a única solução deste problema...

3. Jesus prometeu a vida abundante e frutífera como resultado da plenitude (controle e poder) do Espírito Santo

A vida cheia do Espírito é a vida dirigida por Cristo, pela qual Cristo vive sua vida em nós e através de nós, no poder do Espírito Santo (João 15).
Uma pessoa se torna cristã através do poder do Espírito Santo, conforme João 3:1-8. Desde o nascimento espiritual de novo o Espírito Santo permanentemente no cristão (João1:12; Colossenses 2:9, 10; João14:16,17). Embora o Espírito Santo habite em todos os cristãos, nem todos os cristãos são cheios (vivem sob o controle e poder) do Seu poder.
O Espírito Santo é a fonte da vida transbordante (João 7:37-39).
O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo (João 16:1-15). Quando alguém é cheio do Espírito Santo, ele é um verdadeiro discípulo de Cristo.
Antes de ascender aos céus, Cristo prometeu enviar-nos o poder do Espirito Santo para nos capacitar a fim de sermos suas testemunhas (Atos 1:1-9).

Então, como alguém pode ser cheio do Espírito Santo?

4. Somos cheios do Espírito Santo pela fé; Podemos, então, experimentar a vida abundante e frutífera que Cristo prometeu a todo cristão

Você pode ser cheio do Espírito Santo agora mesmo, se você:
Desejar sinceramente ser controlado e fortalecido pelo Espírito Santo (Mateus 5:6; João 7:37-39).
Confessar os seus pecados. Pela fé agradeça a Deus o fato de lhe haver perdoado todos os pecado - passados, presentes e futuros - porque Cristo morreu por você (Colossenses 2:13-15; 1 João 1; 2:1-3; Hebreus10:1-17).
Apresente cada área de sua vida a Deus (Romanos 12:1-2).
Pela fé tome posse da plenitude do Espírito Santo, de acordo com:

1. Sua Ordem - Seja cheio do Espírito Santo. "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18)

2. Sua Promessa - Ele responderá quando orarmos de acordo com Sua vontade. "E esta é a confiança que temos Nele, que, se perdirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos". (1 João 5:14,15)

A fé pode ser expressa através da oração…

Como orar com fé para ser cheio do Espírito Santo

Somos cheios do Espírito Santo pela fé. Entretanto, a verdadeira oração é um modo de expressar a sua fé. Sugerismo a seguinte oração:

"Querido Pai, eu preciso de Ti. Reconheço que tenho procurado dirigir a minha própria vida e como resultado, tenho pecado contra Ti. Te agradeço pelo perdão dos meus pecados através da morte de Cristo na cruz. Agora convido a Cristo para tomar novamente a direção da minha vida. Enche-me do teu Espírito como ordenastes que eu fosse cheio e como prometeste em Tua Palavra que farias se pedisse com fé. Peço isto no nome de Jesus. Como expressão da minha fé, agradeço-te agora por dirigir a minha vida e encher-me do teu Espírito Santo. Amém"

Esta oração expressa o desejo do seu coração ? Se é assim ore a Deus e confie em que Ele o encherá do Espírito Santo agora mesmo.

Como saber que você está cheio (sob o controle e poder) do Espírito Santo?

Você pediu a Deus que o enchesse do Espírito Santo ? Você sabe que está cheio do Espírito Santo agora? Baseado em que? (Na fidelidade do próprio Deus e Sua Palavra), (Hebreus 11:6; Romanos 14:22, 23.)

A nossa autoridade é a promessa da Palavra de Deus, a Bíblia, e não as nossas emoções . O cristão vive pela fé (confiança) na fidelidade de Deus e de Sua Palavra. O diagrama do trem, ilustra a relação entre fato (Deus e Sua Palavra), fé (nossa confiança em Deus e em Sua Palavra), e emoção (o resultado da nossa fé e obediência) (João 14:21).

A locomotiva correrá com o vagão ou sem ele. Entretanto, seria inútil o vagão tentar puxar a locomotiva. Da mesma forma, nós, como cristãos, não dependemos de sentimentos ou emoções, mas colocamos a nossa fé (confiança) na fidelidade de Deus e nas promessas de Sua Palavra.

Como andar no Espírito

A fé (confiança em Deus e em Suas Promessas) é o único meio pelo qual um cristão pode viver uma vida dirigida pelo Espírito Santo. À medida que você continua confiando em Cristo momento após momento:
Sua vida demonstrará mais e mais o fruto do Espírito (Gálatas 5:22, 23) e será cada vez mais transformado a imagem de Cristo (Romanos 12:2; 2 Coríntios 3:18).
Sua vida de oração e seu estudo da Palavra de Deus se tornarão mais significativos.
Você experimentará o Seu poder ao testemunhar (Atos 1:8).
Você estará preparado para o confronto espiritual contra o mundo (1 João 2:15-17); contra a carne (Gálatas 5:16-17); e contra satanás (1 Pedro 5:7-9; Efésios 6:10-13).
Você experimentará o poder de Deus para resistir a tentação e ao pecado (1 Coríntios 10:13; Filipenses 4:13; Efésios 1:19-23; 2 Timóteo 1:7; Romanos 6:1-16)

Respiração Espiritual

Pela fé você pode continuar a experimentar o amor de Deus e Seu perdão.

Se você percebe que algo em sua vida (atitudes ou ações) desagrada a Deus, mesmo que esteja andando com Ele e sinceramente deseje serví-lo, agradeça a Deus o perdão dos seus pecados - passados, presentes e futuros - mediante a morte de Cristo na cruz. Pela fé receba o amor e perdão de Deus e continue a ter comunhão com Ele.

Se você retomar o trono de sua vida através de algum pecado - o que é um ato definido de desobediência - respire espiritualmente.

Respiração Espiritual (exalando o que é impuro e inalando o que é puro) é um exercício de fé que permite a você continuar a experimentar o amor e o perdão de Deus.

1. Exale - confesse o pecado - reconheça que este pecado (ou pecados) é errado e desagrada a Deus e agradeça-lhe pelo seu perdão, de acordo com 1 João 1:9 e Hebreus 10:1-25. A confissão também envolve arrependimento - uma mudança de atitude que gera um mudança de ação.

2. Inale - submeta o controle de sua vida a Cristo e pela fé aproprie-se da plenitude do Espírito Santo. Confie em que agora Ele o dirige e fortalece de acordo com a ordem de Efésios 5:18, e a promessa de 1 João 5:14,15.



A T O S
Resumo Das Viagens De Paulo (Narração Do "Médico Amado" Lucas )

Atos Dos Apóstolos (Evangelho Do Espírito Santo) 

Sempre Cheios Do Espírito Santo.(O Grande Segredo)

Primeira Viagem de Paulo 


Segunda Viagem de Paulo
Terceira Viagem de Paulo 
Quarta Viagem de Paulo
O livro de Atos Resumo


Povos não alcançados, exigindo de nós uma resposta.

Clik no mapa abaixo duas vezes e veja onde está localizada a cidade de Antakya , ao norte da Síria e ao sul da Turquia, aí está Antíoquia. Esta região que vemos no mapa é a Turquia que Paulo evangelizou e que Jesus profetizou a respeito dela em Apocalipse sobre as sete Igrejas da Ásia. Hoje são as cidades mais inimigas do evangelho, onde Satanás plantou a semente do pecado e os desviados do evangelho se tornaram os piores inimigos da Cruz de CRISTO.

Mapa Turquia Damasco Moderna 

A- Primeira Viagem Missionária De Paulo – Cap. 1 Ao 15

1. Antioquia Da Síria (Conhecida Na Síria Como Antakya): A Melhor Pronúncia Seria Dizer Antíoquia, Com Acento No "I", Porque Quem Fundou A Cidade Foi Antíoco Epifâneo.

Havia Alí Profetas E Doutores (Será Que Temos Hoje?) 

O Corpo Humano Para Funcionar Bem Tem Que Funcionar Bem Todos Os Sentidos, Ou Seja:
1-Olfato 
 2-Paladar 
 3-Aldição 
 4-Visão 
 5-Tato

A Igreja, Como Corpo De Cristo Na Terra, Para Funcionar Bem Tem Que Ter Também Cinco Ministérios Funcionando Bem:

1-Apóstolos
2-Profetas 
3-Evangelistas 
4-Pastores 
5-Mestres Ef 4.11

Barnabé, Simão (Negro) Lúcio, Manaém (Companheiro De Infância De Herodes)

E Saulo.Jejuando E Orando, Disse O Espírito Santo : Separai-Me Barnabé E Saulo Para Uma Obra A Que Os Tenho Chamado. Então Jejuando E Orando, Impuseram As Mãos...


O Jejum Apesar De Largamente Ensinado Na Bíblia, Tem Sido Negligenciado Pela Igreja 'Moderna', Não Há Enchimento Do Espírito Em Vaso Cheio. Para Ouvir O Espírito Santo É Preciso Deixar De Ouvir O Mundo E Ouvir A Palavra De Deus. 

2. Salamina:

Pregando Nas Sinagogas, João Marcos (Escritor Do Evangelho Seg. Marcos) Auxiliando O Primo Barnabé. 

Sinagoga Desenho Sinagoga Dentro

 



3. Pafos:
Barjesus = Mágico = Elimas Falso Profeta Que Enganava O Povo. Procônsul, Sérgio Paulo, Homem Sensato, Chamou Barnabé E Saulo Desejoso De Ouvir A Palavra. Elimas Inspirado P/Satanás Tenta Impedir, Saulo Também Chamado Paulo Cheio Do Espírito Santo Manda Que Fique Cego Até Nova Ordem, Procônsul Se Converte Vendo A Doutrina De Deus.


4. Perge:

Região Panfília – João Marcos Volta A Jerusalém.

5. Antioquia Da Pisídia:
Na Sinagoga Sábado, Prega Começando Do Egito Até Jesus Crucificado P/Judeus E Ressuscitado P/Deus, Por Ele Há Remissão De Pecados Pedem P/Repetir A Mensagem No Outro Sábado - Quase Toda A Cidade Ali – Judeus C/Inveja Protestam Contra Paulo Que Decide Ir Aos Gentios Deixando Ali Muitos Discípulos Cheios Do Espírito Santo. Mulheres Incitadas P/Judeus Perseguição, Paulo Sai Da Cidade.

6. Icônio:
Na Sinagoga Muitos Judeus E Gregos Se Converteram Outros Judeus E Pagãos Perseguem Os Irmãos. Milagres E Prodígios População Dividida, Fuga Dos Apóstolos.

7. Listra :
Coxo De Nascença Curado, Barnabé Chamado Zeus Paulo Hermes - Querem Adorá-Los: Dizem Para Se Converterem Dos Ídolos Mudos Ao Deus Vivo. Judeus De Antioquia E Icônio Chegam, Paulo Apedrejado, Dado Como Morto: Possível Arrebatamento, Visão Que Aos Homens Não É Permitido Revelar. (Espinho Na Carne Para Não Se Gloriar = Possível Cegueira Ou Vista Fraca)

8. Derbe:

Ganharam Muitas Almas E Fizeram Discípulos. Voltam A Listra, Icônio E Antioquia Confirmando Os Discípulos E Dizendo-Lhes Que Importa Que Por Muitas Tribulações Nos É Necessário Entrar No Reino De Deus.

9. Passam P/Pisídia, Chegam A Panfília : Anunciam A Palavra Em Perge, Deixando Presbíteros Dirigindo Os Trabalhos.

10. Descem A Atália E Dali P/ Antioquia. Tudo C/ Jejum E Oração.

Principalmente Pregando Nas Sinagogas

B- Segunda Viagem De Paulo (Capítulos 15-18)
1. Antioquia :
Rumores P/ Causa Da Circuncisão, Divisão Entre Judeus Crentes E Gentios. Igreja Decide Enviar Paulo E Barnabé À Jerusalém P/ Solução.

2. Jerusalém:

1º Concílio Ou Convenção Da Igreja 

Reunião Ministerial Deve Ter Discussão, Nem Sempre A Maioria Está De Acordo Com A Vontade De Deus. O Modelo De Governo De Deus Não É Democracia E Sim Teocracia.

Paulo E Barnabé Bem Recebidos – Tiago Irmão De Jesus É O Líder – Paulo Repreende A Pedro – Paulo Defende Seu Apostolado, Conseguindo Apoio Ao Seu Trabalho.

Decisão Do Espírito Santo E Membros Do Concílio:

Abstenção De Coisas Oferecidas Aos Ídolos, Do Sangue, Da Carne Sufocada E Da Prostituição. Judas E Silas Enviados C/ Cartas Às Igrejas. Paulo E Barnabé Voltam À Antioquia.

3. Antioquia:

Paulo E Barnabé Decidem Ficar Ensinando E Pregando Ali. Decisão De Paulo De Visitarem Os Irmãos Que Ganharam. Barnabé Quer Levar João, Paulo Não – Há Contenda – Resultado: Barnabé Vai P/Chipre C/João E Paulo Parte C/Silas Passando Pela Síria E Cilícia Confortando Os Irmãos.

4. Derbe E Listra:
Timóteo, Discípulo Filho De Judia Crente E De Pai Grego, Bom Testemunho E Reputação; Circuncidado P/Causa Dos Judeus.

5. Frígia E Galácia:

Impedidos P/Esp.Santo De Pregarem Na Ásia(Cidade).

6. Mísia:

Querem Ir Bitínia, Mas O Espírito De Jesus O Impede.

7. Trôade:

Visão De Um Homem Da Macedônia Que Lhe Rogava: "Passa À Macedônia, E Ajuda-Nos".

8. Samotrócia E Nápolis

Passaram.

9. Filipos:

Colônia Romana, Junto Ao Rio Lídia Se Converte E É Batizada C/ Família, Hospeda Irmãos. Pitonisa Libertada – Paulo E Silas Presos P/ Essa Causa. Cantando À Meia Noite Terremoto, Carcereiro Convertido Junto C/Família, Todos Batizados. Magistrados Pedem Que Partam.

10. Anfípolis E Apolônia:

Passaram.

11. Tessalônica:

Sinagoga – Conversão De Muitos E Várias Mulheres Da Alta Sociedade – Inveja Dos Judeus – Expulsos P/Autoridades, Vadios E Homens Da Cidade (Na Hora De Rejeitarem A Deus, Todos Estão Unidos).


12. Beréia:

Sinagoga – Eram Mais Nobres, Pois Ouvindo E Estudando Comparavam Com A Palavra De Deus.

Muitos Convertidos Inclusive Mulheres Gregas Da Alta Sociedade - Judeus De Tessalônica Chegam - Paulo Parte Ficando Timóteo E Silas Para Continuarem Alí.

Sinagoga moderna

13. Atenas:

Ruínas de Atenas Ruínas de Atenas Areópago 

 
Idolatria Na Cidade - Pregando Na Sinagoga E No Areópago. Filósofos Estóicos E Epicureus Querendo Crer Pela Razão, São Exortados A Crerem Pela Fé. Altares Dedicados Ao Deus Desconhecido – Deus Não Leva Em Conta O Tempo Da Ignorância Pede Arrependimento. Alguns Crêem.

14. Corinto:

Áquila E Priscila Vinham Da Itália. Fazedores De Tenda Como Paulo. Na Sinagoga Pregavam. Silas E Timóteo Chegam. Decisão De Ir Aos Gentios; Conversão De Crispo E Família (Chefe Da Sinagoga) – Em Visão Paulo É Consolado E Exortado A Prosseguir. 1 Ano E Seis Meses Ali Numa Casa Vizinha À Sinagoga , Ensinando.
Paulo Levado Ao Tribunal P/Judeus.

15. Éfeso:

Teatro em Éfeso Deusa Diana dos Efésios

 
Discussão C/Judeus Na Sinagoga - Partiu Pedindo A Deus Para Depois Continuar A Pregação Ali. - Chegou Ai Um Judeu De Alexandria, Chamado Apolo, Que Só Conhecia O Batismo De João, Mas Que Pregava Bem A Palavra De Deus E A Todos Convencia Pelas Escrituras Que Jesus Era O Cristo, Priscila E Áquila O Ajudaram Concernente Às Coisa Espirituais E Ele Partiu Pregando Na Acaia E Grécia.

16. Cesaréia E Jerusalém:

Passaram Dando Notícias.

17. Antioquia: Paulo Passou Algum Tempo E Depois Partiu P/ Terceira Viagem.

ANTAKYA


C- Terceira Viagem De Paulo: (Capítulo 18-26)

1. Regiões Da Galácia E Frígia

Passou Fortalecendo Os Irmãos.

2. Éfeso:

Achou Alguns Discípulos, Perguntou-Lhes: Recebestes O Espírito Santo Quando Crestes?

Resposta: Nem Ouvimos Falar – Batizou-Os Em Nome De Jesus E Paulo Impondo As Mãos Sobre Eles Receberam, Eram 12. Na Sinagoga Pregou P/3 Meses, Alguns Creram, Outros Falavam Mal Do "Caminho" Nome Dado Ao Cristianismo. Então Vai Aos Gentios, Numa Escola De Tirano, Ensina Por Dois Anos, Todos Da Ásia Ouve; Judeus E Gregos, Milagres Acontecem, Lenços E Aventais De Paulo Levados Aos Enfermos E Endemoninhados Que São Libertos. Exorcistas Judeus Diziam Jesus A Quem Paulo Prega, Demônios Pulam Sobre Eles. Temor Sobre O Povo, Eles Se Convertem, Mágicos Queimam Seus Livros (Preço 50 Mil Moedas De Prata), Palavra Crescia. Paulo Intenta Ir A Jerusalém, Passando Pela Macedônia E Acaia, Depois Acha Necessário Ver Roma. Levanta-Se Grande Perseguição Aos Apóstolos Por Causa Dos Nichos (Esculturas) Da Deusa Diana. Por 2 Horas Gritam: Grande É A Diana Dos Efésios. Note Que O Ensino Em Colégios É Bíblico E Muito Importante Pois Alí Estão Principalmente Os Jovens Que Serão Os Adultos De Amanhã.

3. Macedônia

Passou Exortando Os Discípulos.

4. Grécia: 

Três Meses, Cilada Dos Judeus.

5. Ásia: 

Dias Dos Pães Asmos.

6. Trôade:

Sete Dias, 1º Dia Da Semana Reunião P/Ceia, Discurso De Paulo Prolongado, Meia Noite Êutico Cai Da Janela, Dado Como Morto, Paulo Diz: Não Vos Perturbeis, Sua Alma Está Nele. Comeram O Pão E Falou-Lhes Ainda Até Ao Amanhecer. Partiu Por Terra E Os Discípulos Por Mar Até Assôs. Veja Que O Povo Gostava De Ouvir A Palavra De Deus, Ouviram A Noite Toda.

7. Trogílio:

Demoraram Um Pouco E Partiram.

8. Mileto:

Paulo Manda Chamar Os Anciãos Em Éfeso, Defende Seu Apostolado E Testemunho De Fé, Pregando E Ensinando Tanto Nas Ruas, Sinagogas E Casas; Comunica Sua Ida E Sofrimentos Em Jerusalém E Se D

Despede Exortando-Os A Trabalharem Pela Fé, Defendendo O Rebanho Dos Lobos E Falsos Ensinos. Despedida De Joelhos Na Praia, Grande Pranto E Abraços E Beijos Dos Irmãos.

9. Cós - Rodes – Pátara – Tiro – Ptolemaida

De Passagem.

10. Tiro:

Sete Dias Com Discípulos. Advertência P/Não Subir A Jerusalém. De Joelhos Na Praia Oram.

11. Ptolemaida:

1 Dia Com Irmãos.

12. Cesaréia:

Casa De Filipe, Um Dos Sete Diáconos Escolhidos Pelos Apóstolos, Agora Evangelista Que Tinha 4 Filhas Virgens Que Profetizavam. Chegou Um Profeta P/ Nome Ágabo; Pegou Cinto De Paulo Se Ligou Pés E Mãos Dizendo Que Do Mesmo Jeito Ligariam O Dono Do Cinto, Em Jerusalém. (Note Que Na Igreja Existe Profeta, É Novo Testamento, O Ministério De Profeta É Real E Deve Ser Estimulado, O Dom Palavra De Sabedoria, Ou Seja Palavra No Futuro, Opera Nesse Ministério.) Paulo Aceita Seu Destino E Pede Aos Irmãos Que Façam O Mesmo, Pois Está Disposto A Dar Até Sua Própria Vida P/Jesus E O Evangelho.

Teatro em Cesaréia Aqueduto em Cesaréia

 
13. Jerusalém:

Recebido Com Alegria Pelos Irmãos; Casa De Tiago C/ Todos Os Anciãos, Dá Testemunho Das Obras E É Aconselhado A Fazer Voto C/ Outros Judeus P/Mostrar Que É Zeloso Dos Bons Costumes Judaicos.

No Final Da Purificação (7 Dias) Judeus Da Ásia O Acusam De Levar Gentios P/ Dentro Do Templo E De Ensinar Em Toda A Parte O Povo A Ser Contra A Lei E O Templo. Paulo É Arrastado P/Fora Do Templo E Apanha Muito; Salvo Pelo Comandante Romano; Pede Em Grego P/ Falar E Fala Ao Povo E/ Hebraico; Diz Sua Nacionalidade, Dá Um Longo Testemunho De Sua Vida Como Perseguidor Dos Cristãos E De Sua Conversão, Aproveitando P/Pregar O Evangelho E Qdo Está Terminando Fala Do Evangelho Aos Gentios, Então O Povo Se Enfurece E Paulo É Preso Na Fortaleza; Apresentado E Acusado Perante Os Sacerdotes, Divide-Os Entre Os Fariseus E Saduceus, Paulo É Levado Preso Novamente E Tem Um Novo Encontro C/ Jesus Que Lhe Dá Ânimo E Promete Que Ele Irá Pregar Também Em Roma. Conspiração Dos Judeus É Ouvida P/Sobrinho De Paulo Que Comunica Ao Comandante Cláudio Lísias; Este Manda Paulo P/Cesaréia Às 3 Horas Da Noite Escoltado Por 200 Soldados, 70 Cavaleiros 200 Lanceiros Com Carta Ao Governador Félix Para Guardar Paulo, Pois O Via Inocente. 5 Dias Depois Sacerdotes Chegam C/Orado, Paulo Se Defende Dando Testemunho. Félix Substituído Por Pórcio Festo Que Marca Novo Julgamento Querendo Agradar Aos Judeus, Paulo Se Vê Obrigado A Apelar P/César Em Roma. Paulo Comparece Ante O Rei Agripa E Sua Mulher Berenice E Dá Testemunho De Sua Vida E Encontro Com Cristo.

Viagens Templo em jerusalém

D- Quarta Viagem de Paulo (À Roma)
 
Viagem De Paulo Para Roma - Capítulos 27-28
1. Embarque Navio Com Centurião Júlio; Junto Com Irmãos Aristarco E Lucas.

2. Sidom Vê Amigos E Obtém Assistência

3. Mirra, Na Lícia; Pegaram Navio P/Itália, Navegação Difícil E Penosa

4. Bons Portos – Porto Ruim, Paulo Adverte Capitão Dos Perigos De Seguir Viagem, Este Prefere Acreditar No Seu Piloto E No Seu Mestre De Navio; Vento Assopra Brandamente E Engana A Todos E Partem.

5. Tufão (Chamado Euro-Aquilão) Muito Vento E Chuva, Muitos Dias Sem Ver Sol E Estrelas, Muitos Dias Sem Comer – Paulo Os Anima E Relembra De Seu Aviso E Conta-Lhes De Sua Visão De Um Anjo Que Revelou A Salvação De Todas As Almas Alí Durante O

6. Naufrágio Do Navio Perto De Uma Ilha.

7. 14 Dias Sem Comer – Paulo Os Convida A Cear Evitando A Fuga De Alguns E Lembrando-Lhes A Promessa De Deus. Eram 276 Vidas A Bordo.

8. Soldados Queriam Matar Passageiros, Mas Centurião Queria Salvar Vida De Paulo. Nadaram Até Ilha.

9. Malta – À Beira Da Fogueira – Serpente Morde Paulo Que A Sacode No Fogo, Nada Lhe Acontece – Prncipal Da Ilha Públio – Seu Pai Doente De Desinteria E Febre, Paulo Ora Por Ele E Jesus O Cura – Todos Os Doentes Vêm E Recebem Cura Também.

10. Recomeça Viagem

11. Siracusa Tres Dias

12. Régio Um Dia

13. Poteóli Sete Dias Junto Com Alguns Irmãos

14. Roma : Praça De Ápio E Três Vendas Irmãos Vêm Ao Encontro De Paulo

15. Em Roma Afinal Permitido Morar Em Uma Casa Alugada Por Sua Conta

16. Convocação Dos Judeus, Pregação Em Sua Residência, Manhã Até À Tarde,

17. Algumas Conversôes, Muitos Contradizentes, Paulo Decide Pregar Aos Gentios,

18. Por Dois Anos Morou Ali Pregando O Evangelho.

19. Parece Que Foi Preso, Depois Solto Indo Pregar Na Espanha, Depois Preso Novamente – Escreveu Muito, Foi Abandonado Por Muitos, Criticado Por Todos – Morreu Defendendo A Salvação Pela Fé Em Jesus Cristo. ( Provavelmente Degolado)

20. Despedida Triunfante: Em Carta Á Timóteo Escreveu:

“Quanto A Mim, Estou Sendo Já Oferecido Por Libação, E O Tempo Da Minha Partida É Chegado.Combatí O Bom Combate, Completei A Carreira, Guardei A Fé. Já Agora A Coroa De Justiça Me Está Guardada, A Qual O Senhor, Reto Juíz Me Dará Naquele Dia; E Não Somente A Mim, Mas Também A Todos Quantos Amam A Sua Vinda.” 2 Tm 4.6-8 

Conclusão:
*** Repare Que Paulo Pregava E Ensinava, Depois Abria Um Local De Culto, Depois Colocava Alguém (Ancião - Obreiro ) Da Própria Região Para Dirigir Aquela Nova Igreja E Depois Partia Para Outro Local Para Abrir Uma Nova Igreja; 
Devemos Aprender Com A Bíblia A Fazer Missões.

Onde evangelizar?

 
Povos Da Janela 10x40, Não Alcançados Ainda Pelo Evangelho. 
O Que Você Está Esperando? Jesus Já Te Chamou!

Como Está Sendo Escrito Atos Da Igreja Moderna?
Mais estudo sobre Atos:
ESCOLA BÍBLICA DE OBREIROS

DO NOROESTE DO PARANÁ - PARANAVAÍ

O livro dos apóstolos

Introdução
i. a igreja em jerusalém
A comissão dos Apóstolos
A Fundação da Igreja de Jerusalém.
A Descida do Espírito Santo (1:12-2.13)
A conversão de Saulo de Tarso.
A Chamada de Paulo

ii – as missões do apóstolo paulo

1. A Primeira Viagem Missionária

2. A segunda viagem missionária

3. A terceira viagem missionária

iii – as prisões do apóstolo paulo
O Resumo dos últimos capítulos de "Atos dos Apóstolos"
A Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)
A Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)
A prisão de Paulo em Roma

O livro dos apóstolos

Introdução
Título do livro: O título do livro de "Atos dos Apóstolos" tal como o conhecemos não fazia parte do livro original mas sim foi lhe dado depois do ano 200 da era cristã. O Evangelho de Lucas e Os Atos são dois volumes de uma só obra. Isso fica claro comparando Lc 1.1-4 com At 1.1-4.

Tema do livro: O livro dos Atos contém a história do estabelecimento e desenvolvimento da igreja cristã, e da proclamação do evangelho ao mundo então conhecido na época (At 1.8).

Palavras chaves de Atos: "Ascensão", "descida" e "expansão".

Escritor do livro:
Pistas para descobrir o escritor: Considerando a dedicatória do livro a Teófilo (At 1:1; comparemos com Lc 1:3), a referência a um tratado anterior (1:1), o seu estilo, o fato de o autor ter sido companheiro de Paulo, o que fica muito claro por estarem certas partes do livro escritas na primeira pessoa do plural ("nós"), e ter acompanhado Paulo à Roma (At 27:1; comparemos com Cl 4:14; Fm 24; 2 Tm 4:11), chegamos a conclusão que o livro de Atos foi escrito por Lucas. A impressão que se dá é que ele teria usado o diário de viagem como fonte de material.
Quem foi Lucas? Pouco se sabe dele. Seu nome é mencionado só três vezes no NT . Paulo chama-o de "médico amado". O único escritor da Bíblia que não era judeu. A tradição e os estudiosos dizem que Lucas era homem de cultura e erudição científica, versado nos clássicos hebraicos e gregos. É possível que tivesse estudado medicina na Universidade de Atenas.
Relação de Lucas com Paulo: Ficou em Filipos até à volta de Paulo, seis ou sete anos depois, At 16:40 ("dirigiram-se"), quando tornou a se juntar a ele, 20:6 ("navegamos") e com ele ficou até o fim, possivelmente até a morte de Paulo em Roma.
Para quem Atos foi escrito: Foi escrito particularmente a Teófilo, um nobre cristão, mas de um modo geral a toda a igreja.

Propósitos do livro de Atos:
Propósito Informativo/ Evangelístico: Lucas queria informar ao excelentíssimo Teófilo sobre como o evangelho se propagou desde de Jerusalém a Roma. Teófilo já havia recebido alguma informação a respeito da fé cristã, e foi para lhe fornecer uma explicação mais precisa de sua fidedignidade que Lucas, em primeiro lugar, escreveu a história inicial do Cristianismo, começando do nascimento de João Batista e de Jesus até o fim dos dois anos de prisão de prisão de Paulo em Roma (cerca de 61 a. D.). Atos trata principalmente dos atos de Pedro e de Paulo, mais deste último.
Propósito Apologético: O livro mostra principalmente como o evangelho se estendeu aos não judeus (os gentios). O A. T. é a história das relações de Deus, desde os tempos antigos, com a nação judaica, que tinha a função de abençoar as outras nações. É no livro de Atos que a família de Deus deixa de ser uma questão nacional e passa a ter um sentido universal (intenção divina em At 2:7-11). Assim, o escritor defende veementemente que o Cristianismo não é umramo herético do judaísmo, mas antes, uma elevação e melhoria do judaísmo, com raízes profundas no mesmo, mas retendo apenas os elementos nobres e úteis, ficando rejeitados todos os seus males, especialmente a apostasia para a qual havia decaído, como também o seu escopo provincial.
Propósito Político: Mostrar aos líderes romanos que o cristianismo não deveria ser temido e perseguido, como ameaça ou movimento traiçoeiro ao estado romano; pelo contrário, que era digno da proteção romana, com permissão de funcionar livremente, tal como o judaísmo havia obtido de seus conquistadores militares. Por este motivo é que o livro de Atos apresenta os oficiais romanos como ordinariamente favoráveis aos movimentos dos missionários cristãos. Embora Lucas houvesse escrito após Paulo haver sido martirizado, e a perseguição de Roma contra os cristãos já houvesse começado, ele não ignora e nem põe em perigo o seu propósito apologético encerrando o seu livro numa atitude negativa, a saber, narrando a execução do maior advogado do cristianismo às mãos das autoridades romanas. (Ver Atos 18:12-17, onde se expõe a idéia da proteção do cristianismo, pelas autoridades romanas, tal como o judaísmo já vinha sendo protegido pelas leis do império). Lucas, portanto, quis mostrar que os levantes e as perturbações de ordem pública que seguiam na cauda do movimento dos missionários cristãos resultavam das perseguições efetuadas pelos judeus, e não de qualquer espírito malicioso dos próprios cristãos. Lucas endereçou a sua dupla obra (Lucas-Atos) a um oficial romano, de nome Teófilo. Por conseguinte, dirigiu seu trabalho à aristocracia romana, esperando que se os argumentos ali contidos fossem recebidos e digeridos, o novel movimento cristão viesse a ser protegido, e não perseguido. Todavia, o seu grande alvo, do ponto de vista humano, fracassou, porque sobrevieram severas e prolongadas perseguições, desde muito tempo antes o evangelho de Lucas e do livro de Atos terem sido escritos e postos em circulação.
Propósito Jurídico: Alguns estudiosos supõem que um objetivo do Médico amado seria o de usar o relato de Atos dos Apóstolos para ser lido como sumário de argumento para a defesa, no julgamento de seu amigo, o Apóstolo Paulo.

i. a igreja em jerusalém

A comissão dos Apóstolos
Entende-se por comissão o ato de cometer; encarregar; também significa encargo, incumbência. Os missiólogos chamam a missão dada por Jesus aos seus primeiros discípulos de "Grande Comissão". Ele ordenou aos onze homens, com os quais mais dividira seu ministério terreno, que fossem ao mundo inteiro e fizessem discípulos em todas as nações, Ele lhes disse que ensinassem a esses novos discípulos tudo que haviam aprendido d’Ele (Mateus 28:18-20). Mais tarde, o apóstolo Paulo deu as mesmas instruções a Timóteo: "E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros" (2 Timóteo 2:2). Mas, somente em nossas próprias forças não poderemos cumprir nossa comissão. Por isso, o Senhor nos deus uma capacitação além da natural: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".

Ma podemos questionar: Qual o coração da Grande Comissão? Infelizmente, não aparece na Versão Corrigida, que traduz assim o começo do versículo 19: "Portanto, ide e ensinai". Na Atualizada, podemos descobrir o coração da Grande Comissão, identificando os imperativos (tempos verbais que expressam ordem, determinação) nela: "Ide" e "fazei discípulos". Assim como nas traduções inglesas e espanholas, a Versão Atualizada em português traz dois imperativos. Mas não é assim na linguagem original. No grego, matheteusate ou "fazei discípulos" é o único imperativo nesse texto. Os outros três verbos nos versículos 19 e 20 são gerúndios, ou seja, traduzindo literalmente, teríamos, por exemplo, indo, em lugar de ide. Os três gerúndios - "indo", "batizando" e "ensinando" - são as três funções indispensáveis de como fazer discípulos. Assim, uma vez que esses versículos não são a Grande Sugestão, mas, sim, a Grande Comissão, o discipulado é imprescindível na vida da igreja e na vida de cada cristão. Para David Kornfield, hoje, infelizmente, a Grande Comissão muitas vezes passa a ser a Grande Omissão. E teremos de prestar contas a Jesus a esse respeito.

Essa Comissão de Mateus 28.18-20 e paralelamente em Atos 1:8 é grande por, pelo menos, por cinco razões:
É Grande em sua Autoridade. Das dezenas ou centenas de mandamentos de Jesus, este é o único em que Jesus se veste de toda a autoridade do Universo. Ele se coloca como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Na época bíblica, um súdito que ignorasse ou negligenciasse um mandato declarado com toda a autoridade real arriscava a própria vida. É com essa autoridade que fazemos a obra do Senhor (At 1:8).
É Grande em seu Efeito Multiplicador. É assim que o reino de Deus pode explodir! Até então, havia só um discipulador multiplicando-se em outros - Jesus Cristo. Agora vem a Comissão para começar um movimento multiplicador, contra o qual nem as portas do inferno prevalecerão. Pouco depois, os discipuladores não eram só 11, mas 120. Um pouco mais depois não eram só 120, mas milhares. De pouco em pouco!

c) É Grande por sua Extensão Geográfica. Estende-se a todas as nações. Várias vezes o próprio Jesus limitou seu ministério e ordenou que os apóstolos também limitassem seus ministérios aos judeus. Aqui, ele abre o leque e abraça todo o mundo. na Comissão de fazer discípulos em todas as nações, encontramos o coração de missões mundiais. Deus não admitiu que Sua igreja entrasse em um ostracismo, vivendo só para si, e encapsulada em um único ponto geográfico. Ele quer, na verdade, que Seu povo se expanda territorialmente e anuncie o evangelho a toda criatura, tanto é que esse foi o objetivo da perseguição de Atos 8: 1-4. A ordem que aparece em Atos 1:8 não é cronológica, ou seja, Cristo não falou para evangelizar primeiro Jerusalém, segundo Judéia, terceiro Samaria e por último os confins da Terra. Essa interpretação é errada, perigosa, e fora da vontade do Senhor. O próprio texto de Atos 1:8 deixa claro que Jesus determinou que a obra da Sua igreja na Terra deveria ser desenvolvida simultaneamente nas três dimensões que Ele deseja que o Evangelho seja pregado. Isso fica claro nas expressões: "tanto em"; "como em"; e "até os".

d) É Grande por sua Extensão a todos os aspectos da vida. Jesus nos chama a ensinar outros a guardarem tudo o que Ele ensinou. Esse mandato inclui toda a humanidade e, mais do que isso, implica não apenas o ensino, mas a prática desses mandamentos. No discipulado, o ensino sempre tem por fim a prática. Ou seja, o ensino que não leva à pratica não é discipulado.

e) É Grande por sua Extensão no Tempo. Estende-se até a consumação do século, até a volta de Cristo. Cada pastor e igreja que se envolve no discipulado conforme o exemplo de Jesus constrói os alicerces para um movimento que fluirá de sua igreja a todas as nações, até a consumação dos séculos.


A Fundação da Igreja de Jerusalém:

a) Na festa de Pentecostes, em 30 ou 33 d.C, deu-se o aniversário da Igreja. 50 dias depois da crucifixão de Jesus. 10 dias após sua Ascensão. Pensa-se que esse Pentecostes caiu no primeiro dia da semana. A festa de Pentecostes era também chamada festa das Primícias da colheita eram por essa ocasião apresentadas a Deus. Outrossim, comemorava a promulgação da Lei no Sinai. Apropriava-se, pois, para ser o dia da promulgação do Evangelho e da recepção das primícias da colheita mundial do mesmo Evangelho. Jesus, em Jo 16:17-24, tinha falado da inauguração da época do Espírito Santo. E agora, está sendo de fato inaugurada, numa poderosa manifestação milagrosa do Espírito Santo, com o som como de um vento impetuoso, e com línguas como de fogo pousando sobre cada um dos Apóstolos, esta feita para representantes do mundo inteiro, a judeus e a prosélitos ao judaísmo reunidos em Jerusalém para celebrar o Pentecostes, vindo de todas as terras do mundo que então se conheciam (mencionando-se 15 nações, 2:9-11) – e os Apóstolos da Galiléia falavam para eles nas suas próprias línguas.

b) O Sermão de Pedro (2:14-16). O espetáculo espantoso de Apóstolos falando, sob a influência das línguas de fogo, nas línguas de todas as nações ali representadas. Isto, segundo a explicação de Pedro, vv. 15-21, era o cumprimento da Profecia registrada em Jl 2:28-32. Pode ser o que aconteceu naquele dia não foi o cumprimento total e final daquela profecia, e que aquilo seria o começo apenas, de uma era grandiosa e notável que foi iniciada; a profecia pode se aplicada também, ao fim desta era.

c) O Cumprimento das Profecias. Nota-se as declarações repetidas que o que acontecia já tinha sido predito: A traição de Judas, 1:16-20; a Crucifixão, 3:18; a Ressurreição, 2:25-28; a Ascensão de Jesus, 2:33-35; a vinda do Espírito Santo, 2:17. "Todos os profetas", 3:18-24.

3. A Descida do Espírito Santo (1:12-2.13)
O rei Davi planejou a edificação do templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr 29: 1,2). Jesus igualmente planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16:18; 18:17). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (cf. Êx 40:34,35; 1 Rs 8:10,11; Ef 2:20). O dia de Pentecoste era a inauguração da Igreja, e o cenáculo, o local dessa comemoração.

a) O Dia de Pentecostes
"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…" O nome "Pentecoste" (derivado da palavra grega "cinqüenta") era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim denominada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23:15-21). Observe sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa. Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia o cordeiro em casas marcadas com sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino. No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho da cevada, previamente selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica Cristo, "as primícias dos que dormem" (1 Co 15:20). O Senhor foi o primeiro ceifado dos campos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer. Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele crêem seguí-lo-ão pela ressurreição, entrando na vida eterna.

Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no qüinquagésimo dia – o Pentecoste – eram movidos diante de Deus dos pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre O mundo. Depois, outros pães podiam ser assados e comidos. O significado típico é que os 120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, oferecidas diante do Senhor por meio do Espírito santo, 50 dias após a ressurreição de Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19 séculos.

O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. Para Myer Pearlman, a descida do Espírito era como um "telegrama" sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada. O Pentecoste era a habilitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali, os assuntos de Cristo.

b) O Falar em Línguas
Apareceu em seguida a realidade da qual o vento é símbolo: "E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". O que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma humana. É tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem completamente controlados pelo poder do Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algum poder sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentaram que a manifestação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu para ajudá-los a estabelecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não existe, no entanto, limites à continuidade dessa manifestação no 

Novo Testamento.

Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho, o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: "Ainda fazemos como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos convertidos que falem em novas línguas". Ireneu (115-202 d.C.), notável líder da Igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo do apóstolo João. Ireneu escreveu: "Temos em nossas igrejas muitos irmãos que possuem dons espirituais e que, por meio do Espírito, falam toda sorte de línguas".

A Enciclopédia Britânica declara que a glossalália (o falar em línguas) "ocorreu em reavivamentos cristãos durante todas as eras: por exemplo, entre os frades mendicantes do século XIII, entre os jansenistas e os primeiros quaquers, entre os convertidos de Wesley e Whitefield, entre os protestantes perseguidos de Cevennes, e entre os irvingistas". Podemos multiplicar as referências, demonstrando que o falar em línguas, por meios sobrenaturais, tem ocorrido em toda a história da Igreja. (Nota: O falar em línguas nem sempre é em língua conhecida. Ver 1 Co 14.2).

4. A conversão de Saulo de Tarso

Conquanto a tivesse precedido um longo período de "incubação" inconsciente, sem dúvida alguma a conversão de Paulo foi repentina. Ele não conseguira banir da mente o rosto do mártir moribundo – "como se fosse rosto de anjo". Nem podia ele esquecer-se da última oração pungente de Estevão: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Atos 7:6).

O Espírito Santo, sempre ativo, havia preparado o palco, no decorrer dos anos, para este grandioso confronto e capitulação. O raio luminoso cegante encontrou uma vasta quantidade de material inflamável no coração do jovem perseguidor. O milagre aconteceu em pleno meio-dia. Paulo viu a Jesus em toda a sua glória e majestade messiânicas. Não se tratava de mera visão, pois ele classifica o fato como a última aparição do Salvador a seus discípulos, e o coloca no mesmo nível de suas aparições aos outros apóstolos. Sua declaração é clara e inequívoca.

E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora, porém alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos, e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo (I Coríntios 15:5-8).

Não foi um êxtase, mas uma aparição real e objetiva do Cristo ressurreto e exaltado, vestido de sua humanidade glorificada. Paulo convenceu-se de imediato de que Cristo não era um impostor. Quão diferente foi a entrada em Damasco daquela que o inquisidor havia imaginado! "E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia… mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer… Então se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco" (Atos 9:4-8). Paulo entrou cativo em Damasco, acorrentado à roda da carruagem de seu Senhor vencedor. Fora tudo estava escuro, mas dentro tudo era luz.

A rendição de Paulo ao Senhorio de Cristo foi imediata e absoluta. Desde o momento em que ele reconheceu que Jesus não era um impostor, mas o Messias dos judeus, ele ficou sabendo que só poderia haver uma resposta. Toda a história se resume nas suas duas primeiras perguntas: "Quem és tu, Senhor?" "Que farei, Senhor?" (Atos 22:8,10). A verdadeira conversão sempre resulta em rendição à vontade de Deus, pois a fé salvadora implica obediência (Romanos 1:5).

Quão surpreendente foi a estratégia vitoriosa de Deus! C.E. Macartney escreve: "O mais amargo inimigo tornou-se o maior amigo. A mão que escrevia a acusação dos discípulos de Cristo, levando-os à presença dos magistrados e para a prisão, agora escrevia epístolas do amor redentor de Deus. O coração que bateu de júbilo quando Estêvão caiu sobre as pedras sangrentas, agora se regozijava em açoites e apedrejamentos por amor de Cristo. Do outrora inimigo, perseguidor, blasfemador proveio a maior parte do Novo Testamento, as mais nobres declarações de teologia, os mais doces poemas de amor cristão" (J.O. Sanders, p.28).

A Chamada de Paulo

O chamado de Deus veio a Paulo de forma tão clara e específica que não lhe foi possível confundi-lo, enquanto jazia deitado no chão cego pela luz celestial. Ananias também comunicou-lhe a mensagem que havia recebido de Deus: "O Deus de nossos pais de antemão te escolheu para conheceres a sua vontade, ver o Justo e ouvir uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido" (Atos 22:14-15).

Mais tarde, quando Paulo voltava para Jerusalém, sobreveio-lhe um êxtase, e viu aquele que lhe falava e que lhe disse: "vai, porque eu te enviarei para longe aos gentios" (Atos 22:17,18,21). A Ananias, cujo temor bem podemos compreender, comissionado por Deus para dar as boas-vindas ao notório perseguidor da Igreja cristã, Deus também indicou a esfera de testemunho para a qual ele havia chamado Paulo: "Mas o Senhor lhe disse [a Ananias]: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome" (Atos 9:15-16).

Paulo revelou outra faceta de seu chamado ao se defender perante Agripa: "Ouvi uma voz que me falava… Levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda; livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus" (Atos 26:14-18).

Assim, desde os primeiros dias de sua vida cristã, Paulo não somente sabia que era um veículo escolhido por meio de quem Deus comunicaria sua revelação, mas tinha uma idéia geral do que Deus havia planejado para seu futuro: (a) Seu ministério o levaria para longe do lar; (b) Ele teria um ministério especial entre os gentios; (c) Esse ministério lhe traria grande sofrimento. Só aos poucos ele chegou a compreender que este chamado não era tanto um novo propósito de deus para sua vida, quanto a culminação do processo preparatório iniciado antes de seu nascimento.

Assim é hoje. O chamado do dirigente cristão não é tanto um novo propósito para sua vida quanto a descoberta do propósito para o qual Deus o trouxe ao mundo. O Senhor havia dito aos seus discípulos que os postos de liderança no seu Reino dependiam da soberana nomeação de seu Pai. "Quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda… é para aqueles a quem está preparado" (Marcos 10:40). Paulo reconhecia esta verdade, mas só aos poucos ele chegou a um claro entendimento do trabalho que Deus tinha para ele.

Só depois que os judeus rejeitaram de forma consistente sua mensagem é que Paulo se devotou quase que exclusivamente aos gentios. Sua experiência em Corinto chegou a uma fase decisiva. "Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus. Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes. Sobre a vossa cabeça o vosso sangue! eu dele estou limpo, e desde agora vou para os gentios" (Atos 18:5-6).

Alguns anos após a sua conversão, este chamado inicial foi renovado e confirmado pela igreja de Antioquia onde ele havia trabalhado por um ano. "E, servindo ele [os dirigentes] ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13:2). De modo que o chamado geral se tornou específico, e eles alegremente partiram, "enviados pelo Espírito Santo". O primeiro passo no cumprimento da grande comissão do Senhor e o começo do importante empreendimento missionário de amplitude mundial havia sido realizado com segurança.

ii – as missões do apóstolo paulo

Sabemos que o conceito teológico de Missões é tríplice: a igreja tem uma missão de adorar a Deus em espírito em verdade; tem uma incumbência de edificar a si própria; e tem a grande comissão de evangelizar o mundo. Como referencial de obreiro que Paulo foi, atuou nessas três obras. Entretanto, vamos delimitar a prática missiológica paulina somente às suas heróicas viagens missionárias.

O ambiente de trabalho missionário do apóstolo Paulo foi o Império Romano.

Inserir mapa do I R

Antes propriamente de entrarmos em suas viagens, é interessante ter em mente a cronologia da vida do Apóstolo aos gentios. Vejamos:

5 d.C. Nascimento em Tarso, da Cilícia

20-26 Estudos em Jerusalém
Estudos em Tarso

32-37 Conversão na estrada de Damasco, Atos 9

37-39 Viagem pela Arábia. Gl. 1
Prega em Tarso e noutros lugares da Cilícia, Atos 9 e Gálatas 1.

43-44 Prega com Barnabé em Antioquia, Atos 11

44-45 Viagem a Jerusalém, durante a fome, Atos 11

45-47 Primeira viagem missionária, Atos 13-14

47-49 Reside em Antioquia da Síria, Atos 11

49 Faz-se presente ao concílio de Jerusalém. Atos 15

49-51 Segunda viagem missionária, Atos 15-18

51-56 Terceira viagem missionária, Atos 18-21

56 Aprisionamento em Jerusalém, Atos 21

56-58 Paulo na Prisão em Cesaréia, Atos 23

58-59 Viagem a Roma, Atos 27

59-61 Confinamento em Roma, Atos 26

61-64 (?) Viagens à Espanha, Creta, Macedônia, Grécia, não mencionadas em Atos, embora indicadas em outros documentos como no cânon muratoriano e nas epístolas de Clemente. Algumas indicações destas viagens existem nas epístolas pastorais.
Execução em Roma, durante as perseguições movidas por Nero.

1. A Primeira Viagem Missionária

Em geral, Os Atos relatam três viagens missionárias de Paulo. Essa narrativa às vezes é mui detalhada, às vezes resumida demais. O principal é o seguinte: todas as três viagens começam e terminam na comunidade gentio-cristã de Antioquia e não na comunidade judeu-cristã de Jerusalém (as epístolas confirmam isso); geralmente Paulo dirigia-se primeiro a seus patrícios mas bem depressa era obrigado a procurar os pagãos.
Resumo e itinerário

Primeira viagem missionária: Barnabé e Paulo vão aos gentios, Atos 13:1-14:29. Missão a Chipre, 13:4-12. Missão à Galácia, 13:13-14:28. Missão de Pafos a Perge, 13:13. Missão a Antioquia da Psidia, 13:14-52. Missão a Icônio e Listra, 14:1-18. Missão a Icônio, 14:1-7, Missão a Listra, 14:8-18. Retorno a Antioquia da Síria, 14:19-28.

A Missão da Primeira Viagem

Lucas conservou-nos uma preciosa notícia sobre a organização da comunidade de Antioquia e a liturgia (Atos 13: 1-3).

A primeira etapa da missão foi a ilha de Chipre, de onde Barnabé era originário. O que interessa a Lucas é o primeiro contato do apóstolo Paulo com um magistrado romano, Sérgio Paulo, senador, antigo pretor, muito conhecido por inscrições. Sua família vinha de Antioquia da Pisídia.

Na narração de Lucas, o nome Paulo toma dali em diante o lugar de Saulo: não se pode deduzir daí que Saulo tenha adotado o nome do seu ilustre convertido. Ter um duplo nome era então corrente nos meios bilíngües, como o da família de Paulo. Junto ao governador, Paulo teve de enfrentar um mágico de origem judaica, Elimas (At. 13,8). O sucesso das ciências ocultas era grande na época; o que pode surpreender é que um judeu as pratique. Segundo os Atos, Paulo terá outras ocasiões de se confrontar com mágicos. Na sua carta aos Gálatas, ele classifica as práticas de feitiçaria (pharmakeia) na categoria das obras da carne, próximas da idolatria (Gl. 5,20).

Nas suas cartas, Paulo não faz alusão à missão de Chipre, para onde ele não terá ocasião de voltar. Por que ele abandona a ilha sem a ter visitado toda? Paulo que toma a frente da expedição em direção à Anatólia através dos desfiladeiros do Tauro, covil de bandidos. Mais tarde Paulo fará alusão aos perigos corridos na estrada (2Cor 11,26). Primo de Barnabé, o jovem João Marco teve medo da aventura e abandonou o grupo. Paulo não o perdoou, a princípio.

a) O discurso de antioquia da pisídia

Quando Paulo chegava numa cidade qualquer, ele começava indo à sinagoga. Lá, ele podia entrar em contato com os judeus do lugar e os " tementes a Deus " , pagãos atraídos para o judaísmo (At 13,26). Como amostra da pregação de Paulo, Lucas nos conservou o discurso de Antioquia da Pisídia (At 13,14-41). Esta era uma colônia romana, fundada por Augusto para instalar aí os veteranos da legio V Gallica. O Sérgio Paulo que se instalou aí devia ser um dos oficiais superiores desta legião.

O discurso de Paulo não tem equivalentes nas Cartas, mas é fácil encontrar um certo número de temas pertencendo à apologética cristã primitiva. Ele se coloca no contexto litúrgico tradicional: depois da leitura de uma passagem da Lei e de uma outra, tirada da coletânea dos profetas, os chefes da sinagoga convidam os visitantes a pronunciar algumas palavras de exortação. Paulo não se fazia de rogado!

O texto de Lucas tem a marca da retórica da época. Do ponto de vista das idéias, o discurso contém uma retrospectiva da história de Israel até Davi.

Ainda que dirigido em prioridade aos judeus, o discurso continha uma ponta universalista: a palavra da salvação vale para os filhos de Abraão como para todos os que temem a Deus (v.26). Sobretudo, ele esboçava uma crítica contra a Lei de Moisés, incapaz de trazer a salvação (v.38). O sucesso junto aos não-judeus apenas aumentou a irritação dos filhos de Abraão. Para se justificar, Paulo declara: " É a vós por primeiro que devia ser dirigida a palavra de Deus "(v.46). Paulo será fiel a este por primeiro, como se vê pela declaração de princípio de Rm 1,16: " O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, do judeuprimeiro, e depois do grego".

Para legitimar a sua passagem para as nações, Paulo cita então uma passagem dos cantos do Servo, que tem uma grande importância na apologética cristã primitiva: "Destinei-te a seres luz das nações, a fim de que a minha salvação esteja presente até a extremidade da terra" (Is 49.6). Este texto vale em primeiro lugar para Cristo, mas Paulo o aplicou a si mesmo, como mostra Gl 1.15. Assim, portanto, Paulo, servo de Cristo, descobre a sua missão ao reler a Escritura.

b) Pregação aos pagãos de Listra e retorno

Nas cidades que Paulo e Barnabé vão atravessar, o mesmo cenário se reproduz. Como Por exemplo em Icônio (At 14,1-7), a pátria de santa Tecla segundo os Atos de Paulo (acima, p.16s). Em 2Tm 3.13 também se fala dos sofrimentos suportados por Paulo em Antioquia, Icônio e Listra. Nesta última cidade, um incidente tragicômico manifesta bem a credulidade do povo e a dificuldade para os Apóstolos de fazerem-se compreender por uma população pouco helenizada. Uma cura provoca o entusiasmo e o povo logo quer oferecer um sacrifício, como se Barnabé e Paulo fossem Zeus e Hermes em visita.

No caminho de volta, os apóstolos confirmam os discípulos lembrando-os do sentido cristão da provação: "É necessário que passemos por muitas tribulações para entrar no Reino de Deus" (At 14,22). Para dirigir as comunidades, Paulo e Barnabé designaram-lhe anciãos (presbyteroi). Este termo era tradicional nas comunidades judaicas para designar os responsáveis. Não surpreende que tenha sido retomado pelos judeu-cristãos: em Jerusalém, a primeira menção aparece já em At 11,30. Por outro lado, não o encontramos nas cartas de Paulo, exceto nas epístolas pastorais, redigidas provavelmente por um discípulo: os anciãos são instituídos por imposição das mãos (1Tm 5,22). Enquanto Paulo pudesse seguir por si mesmo a vida das congregações, a instituição dos ministérios podia permanecer na sombra. Isto não impede que Paulo tivesse a preocupação de apoiar aqueles que haviam aceitado tomar a direção das comunidades, como em Tessalônica ou em Corinto.

Tendo partido de Antioquia com o apoio dos fiéis, os missionários voltam para contar "tudo o que Deus realizara com eles, e, sobretudo como tinha aberto aos pagãos a porta da fé" (At 14,27). Atmosfera de alegria e de ação de graças, bem à maneira de Lucas! Mas os obstáculos foram todos afastados?

2. A segunda viagem missionária
Resumo e itinerário

Segunda viagem missionária: Paulo vai à Europa, 16:1-18:17: Galácia e A. Menor, 16:1-10. Timóteo e Paulo, 16:1-5 Missão a Trôade, 16:6-10. Trabalho na Macedônia, 16:11-17:15. Em Filipos, 16:11-50. Em Tessalônica, 17:1-9. Em Beréia, 17:10-15. Na Acaia, 17:16-18:17. Esta última fase inclui Atenas e Corinto.

A missão da segunda viagem

Segunda viagem (49-52; At 15,36-18,22). P. não demorou muito em Antioquia, mas visitou com Silas as comunidades cristãs da Síria, da Cilicia, de Derbe, Listra e Antioquia da Pisídia. Em Listra conheceu Timóteo, que se tornou um dos colaboradores mais fiéis do apóstolo (15,35-16,5). Daí surgiu com Silas para a Frígia, a terra dos gálatas, onde foi detido por uma doença e recebido "como um anjo de Deus", como o próprio Cristo (Gl 4,13-15).

Depois de atravessar a Míssil chegou em Tróade (16,6-8), onde se encontrou com um médico, Lucas, que se juntou à sua companhia. No mesmo lugar teve a visão noturna do Macedônia, clamando por socorro. Seguiu imediatamente para a Macedônia e via Neápolis para Filipos, onde foi fundada uma comunidade muito florescente, composta quase exclusivamente de gentios (16,11-40;1 Ts 2,2), que mostrou grande afeição para com P. (Flp 1,3-8.10-16). Os magistrados da cidade mandaram prender P. e Silas; mas, durante a noite, foram soltos por serem cidadãos romanos.

Pela Via Egnatia os missionários continuaram sua viagem, por Anfípolis e Apolônia, até Tessalônica. Aí P. pregou durante três semanas na sinagoga e converteu numerosos "tementes a Deus" e alguns judeus, teve também muitas conversas nas casas particulares (1 Ts 2,11s), sobretudo à noite, porque de dia exercia a sua profissão (2,7-10). Apesar da oposição de alguns (2,14), Paulo fundou uma comunidade florescente, composta sobretudo de gentio-cristãos.

De Tessalônica P. e Silas partiram para Beréia, onde numerosos judeus e gentios da elite foram conquistados para o cristianismo, até que P., pelas ameaças dos judeus, foi obrigado a abandonar a cidade. Deixou Silas e Timóteo em Beréia e viajou sozinho a Atenas (17,1-5); aí Timóteo se ajuntou a P., mas foi mandado de volta a Macedônia (1 Ts 3,1-6).

Em Atenas Paulo pregou na sinagoga e no mercado. Alguns ouvintes, entre os quais havia filósofos epicuristas e estóicos, pensaram que estivesse anunciado novos deuses; foi convidado para apresentar a sua doutrina no Areópago; aí Paulo pregou o Deus único. Mas, quando começou a falar sobre o juízo e a ressurreição, interromperam-no. Alguns gentios apenas deixaram se convencer Dâmaris e Dionísio.

O Apóstolo aos gentios entristeceu-se profundamente por esse fracasso (1 Ts 3,3s) e desanimou (cf. 1Cor 2,3). Nesse estado chegou a Corinto, com o firme propósito de renunciar doravante à eloqüência e sabedoria humanas, e de só conhecer e pregar o Cristo crucificado (1 Cor 2,2). Em Corinto esteve durante 18 meses hospedado com Áquilas e Priscila. Nos dias de semana exercia a sua profissão; nos sábados pregava na sinagoga. Quando Silas e Timóteo, porém, lhe trouxeram ajuda financeira dos filipenses (2 Cor 11,9; Fp 4,16), dedicou-se ele inteiramente à pregação. Converteu alguns judeus (18,8; 1 Cor 1,14) e muitos pagãos, principalmente das classes mais baixas, sem cultura (1 Cor 1,26).

Em Corinto, Paulo escreveu 1Tes e 2Tes. Invejosos do seu sucesso, os judeus o acusaram diante de Galião, provavelmente no princípio de seu consulado (meados de 52), como propagandista de um "religião ilícita". Galião, porém, rejeitou a acusação dos judeus. Em Corinto o apóstolo embarcou-se para a Síria, junto com Áquilas e Priscila. Deixou seus companheiros em Éfeso, aterrou em Cesaréia, visitou talvez Jerusalém, e voltou para Antioquia (At 18,18-22).

3. A terceira viagem missionária
Resumo e itinerário

Terceira viagem missionária: Paulo vai à Ásia Menor, 18:18-19:41. Viagem de confirmação das igrejas, 18:18-23, Apolo, 18:24-28. Paulo em Éfeso, 19:1-41. Retorno à A. Menor, 19:1=12. Paulo e os exorcistas, 19:13-20. Planos de Paulo sobre o futuro, 19:21-22. O levante em Éfeso, 19:23-41.
A missão da terceira viagem

Terceira viagem (53-58; At 18,23-21,14). Pouco depois partiu novamente para a Galácia (cf. Gl 4,13), onde reinavam a piedade e a paz nas comunidades cristãs (1,6; 5,7), atravessou a Frígia, as montanhas do centro da Ásia Menor e o vale do Meandro, e chegou a Éfeso (At 18,23; 19,1.8.10; 20,31). Aí Priscila e Áquilas já haviam completado a instrução cristã de Apolo, judeu alexandrino douto e eloqüente que com zelo e sucesso pregara o cristianismo na sinagoga, e já partira para Corinto (18,24-28; 19,1).

Em Éfeso Paulo conheceu também uma dúzia de discípulos de João Batista, que ele ganhou para o cristianismo (19,2-7), e pregou durante três meses na sinagoga. Como a maior parte dos judeus continuava incrédula, dirigiu-se aos pagãos, pregando no auditório de um tal de Tirano, provavelmente um retor grego.

Lucas narra detalhadamente alguns episódios das atividades de P. em Éfeso; curas e expulsão de demônios, a destruição de um grande número de livros de magia (19,11-19) e o tumulto que, depois de três anos, ocasionou o fim da estadia de P. naquela cidade (19,23-20,1). At 19,20.26 refere-se em termos vagos à propagação do cristianismo "por toda a Ásia". De fato, abrira-se para P. em Éfeso "uma porta larga e poderosa" (1Cor 16,9); quem a abriu foi ele mesmo e os seus colaboradores (Timóteo, Tito, Erasto, Gaio, Aristarco e Epafras: At 19,22,29; 2Cor 12,18; Cl 1,7); e fundaram-se comunidades cristãs em Colossos, Laodicéia, Hierápolis (Cl 1,7; 2.1; 4,12s), Tróade (At 20,5-12; 2Cor 2.12) e mui provavelmente também em Esmirna, Tiatira, Sardes e Filadélfia (Ap 1:11).

Em éfeso Paulo sofreu muitas e duras provações: perseguições da parte dos judeus (20:19; cf. 21:27), uma determinada tribulação que "acima de suas forças" o oprimiu, a ponto de ele "perder a esperança de conservar a vida" (2Cor 1:8), uma doença ou perigo mortal (cf. 2Cor 1:9s; 11:23), uma luta contra as feras (1Cor 15:32), seja em sentido literal, seja em sentido metafórico, de uma luta contra homens maus e violentos; afinal, em Rm 16:4 Paulo fala num perigo mortal, do qual foi salvo por Priscila e Áquilas; esse acontecimento desconhecido deve-se localizar provavelmente em Éfeso.

Além disso Paulo andava muito preocupado com algumas comunidades cristãs. Os gálatas quase deixaram afastar-se dele pelos judaizantes; escreveu-lhes Gálatas. Na comunidade de Corinto infiltraram-se graves abusos morais. Paulo reagiu numa carta que se perdeu (1Cor 5:9), e mandou Timóteo e Erasto a Corinto (At 19:22; 1Cor 4:17).

Depois, vieram de Corinto alguns cristãos com uma carta da comunidade, na qual se propunham a P. diversas perguntas. A essa carta P. respondeu com 1 Cor, provavelmente em 55. Entretanto, chegaram a Corinto alguns judeu-cristãos que minaram a autoridade de Paulo. Esse resolveu então ir pessoalmente a Corinto (2Cor 2:1; 12:14; 13:1s). Esta "visita intermediária" efetuou-se em tristeza, pois Paulo não conseguiu quebrar a desconfiança dos coríntios, e foi até ofendido por um cristão (2Cor 2:1.5; 7:12; cf. 12:21).

Demorou pouco, e voltou a Éfeso, de onde dirigiu "com muitas lágrimas" uma terceira carta aos coríntios (2Cor 2:4,9; 7:8,12). Tito foi portador dessa carta, que não foi guardada. Nela Paulo exigia desagravo e a submissão da comunidade (2Cor 2:9).

Enquanto aguardava o resultado da carta e da missão de Tito, Paulo foi obrigado a deixar Éfeso. Viajou para Tróade (20:1; 2Cor 2:13), onde esperava encontrar-se com Tito. Quando esse demorava, embarcou para Macedônia. Aí encontrou-se com Tito (provavelmente em Filipos) e ouviu, com muita alegria, que os coríntios se submetiam.

Da Macedônia escreveu-lhes 2Cor (em 57). Depois de uma visita às comunidades da Macedônia e, talvez, depois de uma viagem pela Ilíria (Rm 15:19), Paulo cumpriu a promessa já antiga de visitar Corinto (1Cor 16:5), onde ficou três meses (At 20:3). Em Corinto P. escreveu Rm (fins de 57 ou princípios de 58), para preparar uma visita há muito planejada (At 29:21).

Para terminar essa viagem, Paulo queria viajar por mar a Síria, junto com os representantes das comunidades que haviam arrecadado dinheiro para os cristãos, mas, por causa de um atentado contra a sua vida, tramado pelos judeus, viajou por terra. Em Filipos, Lucas ajuntou-se a ele; em Tróade esperavam-no os companheiros de viagem. Em Tróade tomaram o navio para Mileto, onde P. mandou chamar os anciãos de Éfeso, para se despedir; pressentia que nunca mais os veria (20:1-38). Depois navegaram até Tiro, onde profetas tentaram convencer P. que não fosse a Jerusalém. P., porém, continuou sua viagem até Ptolemaide e daí por terra até Cesaréia, onde durante vários dias foi hóspede de Filipe, um dos Sete (At 6:5). Um profeta da Judéia, Ágabo, predisse que em Jerusalém esperavam-no algemas e prisão, mas P. não se deixou reter (21:1-16).

iii – as prisões do apóstolo paulo

O Resumo dos últimos capítulos de "Atos dos Apóstolos"

Visita final de Paulo à Macedônia e à Acaia, 20:1-4.
Paulo vai a Jerusalém, 20:1-6. De Filipos a Mileto, 20:5-16. Defesa de Paulo ante os anciãos de Éfeso, 20:17-38. De Mileto ante a Cesaréia, 27:1-14. Paulo com a igreja em Jerusalém, 21:15-26.
Paulo, prisioneiro em Roma, 21:27-28:31.
Detenção e defesa, 21:27-22:29.
Perante o sinédrio, 22:30-23:11.
Transferência para Cesaréia, 23:12-35.
Em Cesaréia, 24:1-26:32. Paulo e Félix, 24:1-27. Paulo e Festo, 25:1-27. Defesa de Paulo perante Agripa, 26:1-32.
Viagem a Roma, 27:1-28:16.
Paulo em Roma, 28:17-31.

A Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)

O objetivo da viagem a Jerusalém (21:1-16)

Entregar a oferta proveniente das igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém. Foi uma grande oferta. Paulo levou um ano a arrecadá-la, 2 Co 8:10. Todavia, foi avisado muitas vezes, ao passar pelas cidades da Ásia, que essa viagem resultaria em prisão, 20:23. Em Tiro, 21:4, e em Cesaréia, 21:11, o aviso foi repetido com ênfase especial. De cada vez é o Espírito quem adverte. Até Lucas fez coro na rogativa, 21:12; Mas estava arraigado, definitivamente, no espírito de Paulo que aquela era a vontade de Deus, mesmo que significasse sua morte, 13:14. Por que esses avisos da parte de Deus? Podia dar-se o caso de Paulo estar enganado e de Deus estar procurando fazê-lo ciente disso? Ou seria que Deus o estava provando? Ou o preparando? De qualquer modo, Paulo estava determinado a fazer a viagem. Uma coisa é que ele a prometera anos antes, Gl 2:10. Considerava aquilo o meio mais prático de demonstrar a unidade da igreja. Levara sua vida a ensinar aos gentios de que podiam ser cristãos sem se tornarem prosélitos dos judeus, razão por que muitos dos seus irmãos judeus o odiavam rancorosamente. Agora, desejava coroar esse trabalho com uma demonstração genuína e proveitosa de fraternidade cristã da parte dos seus convertidos gentios, como último e duradouro sinal de amor fraternal entre judeus e gentios. Vista sob este aspecto, esta visita de Paulo a Jerusalém é um dos eventos históricos mais importantes do N.T. Possivelmente, também, ele nunca podia esquecer a agonia dos crentes judeus, homens e mulheres, quando os lançava em prisão, anos antes, At 8:3, e estava há muito tempo resolvido, tanto quanto estivesse em suas forças, a compensar a Igreja Judaica pelos sofrimentos pelos quais a fizera passar.
Paulo em Jerusalém

Chegou ali mais ou menos em junho, 59 d.C., 20:16. Foi a quinta visita que se registra, depois da sua conversão. No decurso deste período, tinha ganho vastas multidões de gentios para a fé cristã, e por causa disto era odiado pelos judeus descrentes.

Depois de ter passado quase uma semana em Jerusalém, cumprindo seus votos no Templo, certos judeus o reconheceram. Começaram a gritar, e dentro de um instante, a turba estava por cima de Paulo como uma matilha de cães. Os soldados romanos apareceram em cena em tempo para salvá-lo de ser morto às pancadas.

Na escada do castelo romano, o mesmo onde Pilatos condenara Jesus à morte 28 anos antes dele, Paulo, com permissão do comandante, fez um discurso à turba, contanto como Cristo lhe aparecera no caminho para Damasco. Escutaram até que mencionou a palavra "gentios", e então a turba se enfureceu contra ele.

No dia seguinte, os oficiais romanos trouxeram Paulo perante o Sinédrio, para descobrir o que os judeus tinham contra ele. Foi o mesmo concílio que entregou Cristo para ser crucificado; o mesmo Concílio do qual Paulo fora membro; o mesmo Concílio que apedrejara Estêvão, e que repetidos esforços fizera para esmagar a Igreja. Paulo correu perigo de ser espedaçado ali, e os soldados o retiraram dali, levando-o de volta ao castelo.

Na noite seguinte, lá no castelo, o Senhor Se revelou a Paulo, assegurando-lhe que protegeria seu caminho até Roma, 1:13. Em Éfeso, foi combinado que Paulo iria a Roma depois desta visita a Jerusalém, 19:21, mas depois, Paulo nem teria certeza de sair vivo de Jerusalém, Rm 15:31,32. Mas agora, Paulo estava com absoluta certeza, pois o próprio Deus prometera que faria a viagem.

No dia seguinte, os judeus enredaram outra cilada contra Paulo. Fervia a fúria popular. Tornou-se necessário preparar uma escolha excepcional, de 70 cavaleiros, 200 soldados, e 200 lanceiros para tirar Paulo de Jerusalém, e mesmo assim, na escuridão da noite.

A Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)

Essa prisão ocorreu no verão de 59 ao outono de 61 d.C.

Cesaréia fora o lugar onde 20 anos antes Pedro recebera na igreja o primeiro gentio, Cornélio, oficial do exército romano. Possivelmente, foi esta a razão pela qual Félix conhecia alguma coisa a respeito do "caminho", 24:22.

Lucas esteve com Paulo em Cesaréia. Pensa-se que foi por esse tempo que ele escreveu seu Evangelho. Esta é a única visita de Lucas a Jerusalém de que se tem notícia. Sem dúvida, aproveitou oportunidades de visitar Jerusalém muitas vezes, talvez também a Galiléia, para conversar com todos os apóstolos e primeiros companheiros de Jesus que pôde encontrar. Maria, mãe de Jesus, podia ainda estar viva, de cujos lábios ele pode ter ouvido, diretamente, a história com que inicia o seu Evangelho.

Israel moderno, cônscio da sua história como nação, toma grande cuidado dos monumentos históricos antigos, e há alguns anos Cesaréia recebeu a atenção dos arqueólogos. As obras do porto antigo têm sido examinadas por escafandristas, que obtiveram informações interessantes. O teatro está sendo escavado, e um achado surpreendente tem sido uma inscrição fragmentária com o nome de Pôncio Pilatos. A cidade era seu quartel-general como Procurador romano, e cenário de um debate famoso entre ele e uma deputação de judeus de Jerusalém. Obstinado e arrogante, Pilatos tinha pendurado escudos votivos no palácio de Herodes, consagrado ao Imperador. Os judeus, enviando representantes ao Imperador Tibério, venceram na sua objeção contra símbolos pagãos na Cidade Santa, e Pilatos tinha que levar ao santuário de Roma, em Cesaréia, estes símbolos de sua lealdade desajeitada ao Império.

a) Paulo perante Félix, 24:1-27. As acusações, v. 5: era "uma peste", acusação muito vaga; "promotor de sedições entre os judeus", absolutamente falso, porque Paulo invariavelmente ensinava obediência ao governo; "tentara profanar o templo", v. 6, levando lá Trófimo, 21:29, o que não fez; "principal agitador dos nazarenos", o que ele reconheceu e que não era contra nenhuma lei, judaica ou romana. Paulo nunca deixou de mencionar a ressurreição, v. 15. Félix casara-se com uma judia, estava familiarizado com as praxes judaicas e conhecia algo a respeito de Cristo. Estava profundamente impressionado e mandou chamar Paulo para que lhe explicasse mais o Evangelho, com o que ficou aterrorizado. Sua cupidez, porém, v. 26, impediu que ele aceitasse Cristo ou soltasse Paulo. Festo foi nomeado sucessor de Félix em 60 d.C. Foi no intervalo entre a partida de Félix e a chegada de Festo que as autoridades de Jerusalém se aproveitaram da ausência de um oficial romano do executivo e assassinaram Tiago, irmão de Jesus.

b) Paulo perante Festo, 25:1-12. Os judeus ainda armavam emboscada a Paulo, v. 3, porque parece que tinham pouca esperança de convencer um governador romano de ter Paulo feito alguma coisa digna de morte. Sendo acusado perante Festo e vendo que este se propunha a agradar aos judeus, e que não havia esperança de que lhe fizessem justiça. Paulo anunciou, ousadamente, a Festo, que estava pronto a morrer se merecesse a morte, e apelou para César o que como cidadão romano tinha o direito de fazer. Diante disto, Festo nada pôde fazer senão anuir à apelação. Naquele tempo o César era Nero, bruto e desumano. Paulo, porém, sabia que, se deixasse o seu caso com Festo, seria devolvido ao sinédrio judaico, o que significaria condenação certa. Sendo assim, escolheu Nero. Além disso, queria ir a Roma.

c) Paulo perante Agripa, 25:13-26:32. O discurso de Paulo perante Agripa e o outro em Atenas são, geralmente, considerados dois dos mais soberbos exemplos de oratória da literatura. São ambos muito breves, simples resumo do que ele deve ter dito, porque é dificilmente crível que, num e noutro caso, ele falasse menos de uma hora. Esse Agripa era Herodes Agripa II, filho de Herodes Agripa I, que, 16 anos antes, matara Tiago, o irmão de João, 12:2; era neto de Herodes Antipas que matara João Batista e escarnecera Jesus, e bisneto de Herodes, o Grande, que trucidara os meninos de Belém, ao tempo de nascimento de Cristo. Sua capital era Cesaréia de Filipe, próxima do cenário da transfiguração de Jesus, 30 anos antes.
Berenice era sua irmã, vivendo com ele como esposa. Fora casada com dois reis, voltara para ser esposa do próprio irmãos, e mais tarde veio a ser amante de Vespasiano e Tito. Imagine-se Paulo a defender-se diante de um par de pessoas desse quilate. Agripa, cuja família estivera tão intimamente relacionada com toda a história de Cristo, naturalmente estava curioso por ouvir um homem do calibre de Paulo, que tanta excitação causara entre as nações a respeito de uma Pessoa que sua própria família houvera condenado. A única discordância que Festo pôde ver entre Paulo e seus acusadores era que aquele pensava ainda estar vivo Jesus, ao passo que os acusadores O julgavam morto, 25:19. A grande pompa, v. 23, que Festo arranjou para a ocasião era testemunho da personalidade dominante de Paulo, porque certamente um preso comum não provocaria tal exibição de esplendor real.


Notar a cortesia uniforme de Paulo, do princípio ao fim, se bem que conhecesse o caráter dissoluto do rei.

Notar, outrossim, que ele reconheceu ser a ressurreição de Jesus a única causa da questão. (H. H. Halley).

d) Previdência Divina. A história revela que a maldade humana é controlada pela soberania divina. Os judeus desejavam que Paulo fosse transferido de Cesaréia para Jerusalém. Tivesse Festo atendido às exigências deles, talvez o Novo Testamento não contasse com Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. (Sanders). Além disso, estava a salvo de todos os judeus.
Chegou a ser manifesto a todos (Filipenses 1:12, 13). Teve oportunidade para testificar aos soldados que o guardavam. Foi visitado por amigos das diferentes igrejas (Filipenses 2:25; 4:10).

A prisão de Paulo em Roma

Roma era chamada de "Cidade rainha da terra". O Grande centro de interesse histórico. Durante dois milênios (2.º séculos a.C. ao 18.º d.C.) foi a potência dominadora do mundo. É ainda chamada "Cidade Eterna". A população, na época de Paulo, era de 1 milhão e meio de seres humanos, metade de escravos. Capital de um império que se estendia 4.800 km de leste a oeste, 3.200 km de norte a sul. A população total do Império era de 120 milhões de almas. Por apelar a César, o Apóstolo aos gentios teve que ir para Roma.

A viagem de Paulo a Roma (At 27:1-28:15)

Essa viagem começou no outono de 61 d.C. e terminou na primavera de 62 d.C.

Foi feita em três navios: Um de Cesaréia a Mirra; outro de Mirra a Malta; o terceiro de Malta a Potéoli.

"O jejum", v. 9, foi dia da expiação, mais ou menos no meado de setembro. Daquele tempo ao meado de novembro a navegação no Mediterrâneo era perigosa. Do meado de novembro ao primeiro de março esteve suspensa.

Pouco depois de ter deixado Mirra, caíram em ventos contrários, e depois de se abrigarem um pouco em Bons Portos, se arriscaram outra vez, e foram acometidos por um tufão que os levou longe da sua rota; depois de muitos dias, não havendo mais esperança, Deus, que dois anos antes, em Jerusalém, prometera a Paulo que o levaria a Roma, 23:11, mais uma vez aparece a Paulo para lhe assegurar que Sua promessa seria cumprida, 27:24. E foi. (H.H. Halley).

Paulo foi levado a Roma com mais uns presos. Foi confiado a um centurião e alguns soldados da corte imperial. Aristarco e Lucas o acompanharam. Embarcaram, navegaram ao longo da costa de Creta, de onde uma tempestade veemente de vários dias os levou para a costa de Malta. O navio encalhou num escolho e os náufragos passaram o inverno na ilha. Depois navegaram via Sicília até Potéoli, onde P. e seus companheiros durante oito dias foram hóspedes da comunidade cristã. Pela Via Ápia chegaram a Roma (Dicionário).
Paulo em Roma

A primeira coisa que Paulo fez ao chegar a Roma foi convocar os líderes judeus para poder justificar-se das acusações contra ele, e para obter uma audiência amigável. É este o último registro de sua tentativa da ganhar os judeus. Observemos o resultado da sua pregação (28:24-28; compare com Mateus 13:13-15; João 12:40; Mateus 21:43).

Paulo passou dois anos ali, no mínimo, 28:30. Apesar de ser prisioneiro, tinha licença de morar numa casa própria alugada, com seu guarda, 28:16. Tinha licença de receber visitas, e de ensinar sobre Cristo. Já havia um bom número de cristãos ali (ver as saudações que enviou três anos antes, Rm 16). Os dois anos que Paulo passou ali foram muito frutíferos, atingindo o próprio Palácio, Fp 1:13; 4:22. Enquanto estava em Roma, escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom e possivelmente, Hebreus.
O consolo de Paulo em Roma

Em Roma P. obteve licença de, embora guardado sempre por um soldado, morar em casa própria, junto com os companheiros de viagem, e podia receber livremente qualquer pessoa (Cl 4,10). Logo apareceram diversos de seus colaboradores, bem como representantes da maioria das comunidades cristãs: Timóteo (Cl 1,1), Marcos (4,10), Epafras de Colossos (1,6s), Tíquico da Ásia Menos (provavelmente Éfeso; 4,7) Demas Justo (Cl 4,11), Lucas (4,14), Marcos (Fm 24), Onésimo (Fm; Cl 4,9). Dois deles, Aristarco e Épafras (At 27,1; Cl 4,10; Fm 23), compartilharam voluntariamente sua prisão. P. aproveitou-se de sua relativa liberdade para pregar o evangelho: primeiro, novamente, aos judeus (At 28,17-28), mas também aos soldados que o guardavam e a outros romanos (Fp. 1,12s). Em Roma P. escreveu as chamadas "Epístolas do cativeiro" (Ef, Cl, Flp, Fm). Nas duas últimas transparece a sua esperança de ser libertado em breve (Fm 22; Flp 1,26; 2,24). At 28,30 parece sugerir a mesma coisa, pois Lucas, embora comunique que P. morou dois anos naquela casa, não diz nada sobre o resultado do processo.

Especulações sobre os últimos dias de Paulo

Os últimos anos de Paulo só conhecemos (fazendo-se abstração das informações de Clemente romano) por uma combinação de dados avulsos das epístolas pastorais. Alguns opinam que o apóstolo foi executado durante a perseguição de Nero, em 64.

Conforme os outros Paulo teria visitado a Espanha (Rm 15,24.28) e ainda teria trabalhado em Creta (Ti 1,5), Éfeso (1Tim 1,3), de onde visitou talvez Colossos (Fm 22), Hierápolis, Laodicéia e Mileto (2 Tim4,20), e na Macedônia. Em Nicópolis, no Epiro (Tt 3,12), teria escrito Ti e 1Tim.

Alguns pensam que P. penetrou até na Ilíria (2Tim 4,10), voltando depois por Tróade (2 Tim 4,13) para Éfeso (1 Tim 3,14). Em todo caso, 2 Tim supõe que P. foi preso novamente, e está em Roma (2 Tim 1,8. 16s; 2,9), onde só Lucas ficou com ele (4,10s).

Paulo queixa-se de que na sua primeira defesa os cristãos da Ásia Menor o abandonaram (1,15). Não há nenhum indício de contato com o apóstolo Pedro. Paulo menciona, entretanto, o apoio de alguns discípulos fiéis: Onésimo, Tito, Crescente, Tíquico, que havia mandado respectivamente à Dalmácia, à Galácia (ou à Gália?) e a Éfeso (4,10.12), e prepara-se para o martírio (4,7s).
A execução de Paulo

Deduz-se da tradição e de algumas referências, que Paulo foi posto em liberdade por mais ou menos 2 anos (veja Filipenses 1:24-26;2:24; Filemom 24; 2 Timóteo 4:17). Nesse período de liberdade provavelmente escreveu as epístolas a Timóteo e a Tito.

Acredita-se que depois desses dois anos, Paulo foi novamente preso e finalmente executado durante a perseguição que Nero promoveu contra os cristãos.

Diz-se a tradição que, como resultado de haver apelado para César, após dois julgamentos no ano 68 d.C., Paulo foi executado, fora da cidade.

Relata-se que Nero saiu de viagem enquanto Paulo estava em Roma. Entretanto, uma de suas concubinas foi ganha para o Senhor por intermédio do apóstolo. Quando Nero voltou para casa, ela havia juntado a um grupo cristão, abandonando o imperador. Nero ficou tão furioso que descarregou sua ira sobre Paulo, que foi levado para a Via Óstia onde o executaram.

Conclusão
A maneira pela qual Paulo usou seus infortúnios deveria estimular os que estão "presos" em virtude de má saúde ou de outros motivos, a serem engenhosos na busca de meios pelos quais possam usar as circunstâncias limitadoras com vantagem. Paulo está agora prestes a passar a tocha ao jovem Timóteo. "Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas", escreve ele; "suporta as aflições, faze o trabalho de evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia" (2 Timóteo 4;5-8).

Visto que o seu próprio ministério chegava ao fim, Paulo exortava Timóteo a cumprir cabalmente o dele, a qualquer custo. A palavra grega "partida" é a mesma usada com referência a soltar as amarras de um navio. O apóstolo estava zarpando da praia celestial, porém fazia-o com um senso de "missão cumprida". Que modelo para Timóteo – e para nós também! A tocha está agora em nossas mãos!

Bibliografia
BRITO, Robson J. Apostila. O que a igreja atual deve aprender com Atos dos Apóstolos. Edição Própria. Maringá-PR, 1996.

COTHENET, Édouard. Petie vie de Saint Paul. Desclée de Brower, Paris, 1995.

HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. Edições Vida Nova, 24.ª edição, São Paulo, 1970.

HORTON, Stanley M. El libro de los Hechos. Editorial Vida, 2.ª edição, Miami-FL, 1987.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

SANDERS, J. Oswald. Paulo, o líder. Editora Vida, 2.ª edição, São Paulo, 1988.

VISÃO PANORÂMICA DE ATOS DOS APÓSTOLOS
(Pr. Geziel Gomes)

1. LOCALIZAÇÃO
1.1 Quadragésimo-quarto livro da Bíblia
1.2 Quinto livro do NT
1.3 Situado entre os 4 Evangelhos e as Epístolas Paulinas
1.4 Nos primeiros anos foi chamado de Quinto Evangelho.

2. DADOS ESTATÍSTICOS
2.1 Contém 28 capítulos e 1,007 versículos
2.2 O nome de João é mencionado 3 vezes
2.3 Cobre um período de aproximadamente 33 anos
2.4 Meniona 30 países, 39 cidades, 21 milagres e 15 pregações.
2.5 São relatadas 9 viagens missionárias.
2.6 57 pessoas estão associadas ao Ministério de Paulo.
2.7Aparecem 28 títulos de Cristo;11de Deus Pai;e 4 do Espírito Santo. 2.8 Contem 25 referências do Antigo Testamento.
2.9 Tomados com um todo, o Evangelho de Lucas e o livro de Atos representam cerca de vinte e cinco dos escritos da Era Cristã
2.10 Mais de 100 nomes pessoais citados (isto certamente destaca o valor do indivíduo.

3. DESTINATÁRIO: TEÓFILO
3.1 Nome grego: “amigo, amante de Deus”
3.2 Uma autoridade do Império Romano?
3.3 O advogado pessoal de Paulo durante sua defesa em Roma?
3.3 Um novo convertido, profundamente interessado no Evangelho?
3.4 Uma pessoa influente, interessada no Evangelho?
3.5 Um nome simbólico?
3.6 Muitos estudiosos afirmam que Teófilo deveria ter sido uma autoridade romano simpatico à causa do Evangelho. Talvez Lucas escreveu o livro de Atos como uma defesa do Cristianismo, em tempos de perseguição, a fim de demonstrar que não se tratava de um movimento subsersivo liderado pelos seguidores de Jesus.

4. ESCRITOR: LUCAS
4.1 Um médico conhecido, amigo e companheiro de Paulo, Cl 4.14; II Tm 4.11; Fl 24. 
4.2 Escreveu o terceiro Evangelho. A similaridade de estilo e de vocabulário entre os dois livros não deixa dúvidas quanto à autoria de Lucas.
4.3 Escreveu provavelmente da Acaia ou de Roma
4.4 Lucas não foi uma testemunha ocular do ministério de Cristo. Ele escreveu Atos como o resultado do recolhimento de informações.
4.5 Ele foi companheiro e amigo de Paulo durante muitos anos. Veja o uso de EU e NÓS por exemplo em At 16:10-17; 20:5-16; 21:1-18; 27:1-28:16, etc.

5.DATA: Escrito entre os anos 60 e 63 a.D. 

6.VISÃO GERAL DO CONTEÚDO DO LIVRO
6.1 “Um dos mais enfáticos livros da Bíblia, porque aborda um fator muito importante - a Igreja planejada, destinada, revelada e finalmente inaugurada”.
6.2 “Um livro de ações, de trabalho, de movimento contínuo, o que identifica a natureza da Igreja.”.
6.3 Único livro histórico do NT
6.4 Único livro que retrata a história da Igreja Primitiva
6.5 O mais extenso livro do NT.
6.6 “Ätos assinala a transição da atuação de Deus do meio dos judeus para uma dimensão universal de Sua Igreja. Em um senso real o leitor de Atos segue desde Jerusalém até os confines da terra”.


Estudo para fixação
 Bíblia Onlinedeste site.
Texto Bíblico:
‘E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito’ – (Efésios 5.18)


INTRODUÇÃO
Viver cheio do Espírito Santo significa ser alegre, confiante, revestido do poder de Deus. Por intermédio desta virtude, muitos cristãos enfrentaram os perigos com destemor. Os que realmente são cheios do Espírito Santo, jamais voltaram atrás. Aceitaram o martírio, cientes de que eram bem-aventurados. Isto só foi possível, porque experimentaram uma vida repleta no Espírito!

I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
1. No momento da conversão (Atos 19.2) No momento em que você aceita a Jesus como Salvador, recebe o Espírito Santo. Foi Ele quem, na hora de sua conversão, atuou em seu ser, para que se decidisse por Cristo. Ele lhe convenceu que era pecador e necessitava do arrependimento, para alcançar o perdão de Deus. No instante em que levantou as mãos, como sinal de aceitação, você sentiu uma alegria incontida, manifestada, às vezes, por lágrimas. É o momento em que a terceira pessoa da Trindade passa a habitar na vida do crente, que se torna o templo do Deus Altíssimo. Leia 1 Coríntios 6.19.

2. Como promessa e garantia da salvação (1 Coríntios 1.22):- Dentre as muitas funções do Espírito Santo e de tudo o que a Bíblia diz a respeito de sua pessoa destaca-se o fato de ser Ele o penhor, ou seja, a garantia de nossa futura herança em Cristo: ‘Em (Cristo) também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da promessa de Deus, para louvor da sua glória’ (Efésios 1.13,14). É o Espírito Santo que, mediante a Palavra de Deus e por todos os meios da graça, nos capacita a atingir a glória eterna de Deus. Este selo é o penhor do futuro que nos aguarda aqui na terra e na eternidade.

II. COMO SE RECEBE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. Através da oração (Atos 1.14) Na despedida, antes de sua ascensão ao céu, Jesus ordenou aos discípulos que ficassem em Jerusalém, até a manifestação do poder de Deus. Eles já haviam recebido, em suas vidas, a terceira pessoa da trindade, quando Cristo, em um dos encontros com eles, após sua ressurreição disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo’ (João 20.22).

No dia de Pentecostes, os discípulos estavam assentados, talvez no período de descanso da oração de joelhos, quando ‘todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem’ (Atos 2.4).

2. Por intermédio de Jesus (João 1.33
) É Jesus quem batiza no Espírito Santo. João Batista apareceu no cenário da Judéia e pregou o arrependimento de pecados, a fim de preparar os judeus para receberem a Cristo. Ele se tornou conhecido imediatamente, por causa da dura mensagem que transmitia.

Os sacerdotes e levitas mandaram lhe perguntar quem era ele, e João Batista, respondeu que não era o Cristo, mas a vós que clamava no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías’ (João 1.23). Declarou também que batizava com água, para arrependimento, mas o que vinha logo em seguida era maior do que ele, e batizaria com o Espírito Santo.

Este, a quem João Batista se referia, é Jesus Cristo, o nosso Salvador. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, ore, peça insistentemente, e o Filho de Deus lhe revestirá do poder do alto.

III. O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
1. É uma promessa do Pai (Joel 2.28,29) Deus fez ao homem, aproximadamente oito mil promessas, sendo o batismo no Espírito Santo uma delas. No passado, o Espírito Santo manifestava-se de forma específica. De acordo com a necessidade, Ele operava na vida dos servos de Deus (leia Êxodo 35.30-35). No entanto, Deus prometeu derramar o seu Espírito sobre todos os homens, para que profetizassem e tivessem sonhos. O batismo no Espírito Santo é uma bênção atual e que está ao alcance de todos os que crêem.

2. É um revestimento de poder (Marcos 16.17,18) Os discípulos, antes do batismo no Espírito Santo, eram tímidos e medrosos. Inclusive, no dia da prisão de Jesus, todos fugiram, com exceção de Pedro, que acompanhou até o local onde o Filho de Deus foi julgado. Na casa do sumo-sacerdote Caifás, o amigo de Cristo, que prometeu segui-lo até a morte, com medo de morrer, negou-o três vezes. No entanto, no dia de pentecostes, revestido do poder de Deus, quando os judeus, atraídos pelo barulho das línguas estranhas que os discípulos falavam, declararam que os seguidores de Jesus estavam embriagados, Pedro respondeu: ‘Varões judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel’ (Atos 2.14-16). No término de sua mensagem, quase três mil pessoas aceitou a Jesus como salvador.

Com certeza, todos os revestidos do poder de Deus, são mais do que vencedores. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, busque-o com fé, pois este revestimento também é seu.

3. É uma necessidade (Atos 19.6) Paulo, em sua terceira viagem missionária, encontrou na cidade de Éfeso, alguns discípulos. O apóstolo sempre considerou o batismo no Espírito uma necessidade na vida do cristão. Por isso, ele perguntou àqueles discípulos, se eles já eram batizados no Espírito Santo. Responderam-lhe: ‘Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo’ (Atos 19.2). Paulo, então, orou, impondo as mãos sobre eles, e Jesus batizou-os no Espírito Santo, e falavam línguas e profetizavam.

Nos dias em que vivemos, o batismo no Espírito Santo é uma grande necessidade. As muitas dificuldades que enfrentamos na atualidade e as forças do mal que atuam neste mundo, levam o homem aos vícios e das drogas e da bebida, à prostituição, à violência e a tantas coisas ruins que destroem a humanidade. Entretanto, o homem triste e desiludido, desenganado pela medicina e rejeitado pela sociedade, quando aceita a Jesus, renova as suas forças, principalmente, depois que é batizado no Espírito Santo.

IV. DÁDIVAS DO ESPÍRITO SANTO?
1.Os dons espirituais (1 Coríntios 12.8-10) Mediante o batismo no Espírito Santo, recebemos os dons espirituais. São os seguintes: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência, a fé, os dons de curar, a operação de maravilhas, a profecia, o dom de discernir os espíritos, a variedade de línguas e a interpretação de línguas.

Os dons espirituais são necessários para a edificação espiritual e o crescimento da igreja. São concedidos gratuitamente e devem ser utilizados, também, de graça. Nós o recebemos mediante o nosso pedido a Deus. Se você deseja um ou mais destes dons, comece a busca-los ainda hoje, com fé e o Senhor lhe concederá.

2. O Fruto do Espírito (Gálatas 5.22) No momento da regeneração, o novo homem pessa a ter a mente de Cristo e a produzir o fruto do Espírito, que podemos comparar a uma laranja com nove gomos, cujos nomes diferem uns dos outros. São eles: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, fé, mansidão e temperança. Não são diversos frutos, mas um só, constituído por nove virtudes diferentes. Jesus orou esta sublime oração: ‘porque pelo fruto se conhece a árvore’ (Mateus 12.33). Isto significa dizer que se conhece a pessoa que realmente nasceu de novo, quando ela produz o fruto do espírito, manifestado nas nove virtudes que lhe são peculiares.

V. O ESPÍRITO SANTO COMO LÍDER

1.Ensina todas as coisas (João 14.26):- Jesus declarou aos discípulos que, por causa de seu nome, eles seriam odiados e levados aos tribunais. Mas não se preocupassem, pois o Espírito Santo lhes ensinaria tudo o que eles deveriam responder aos seus inimigos.

Hoje também, o Espírito Santo nos ensina. Por nós mesmos, nada sabemos falar. Mas quando abrimos a nossa boca, a terceira pessoa da Trindade nos enche de sabedoria e graça, para pregarmos o evangelho de Cristo.

2. Santifica-nos (2 Tessalonicenses 2.13) O Espírito Santo é quem nos regenera. A partir do momento em que aceitamos a Jesus, Ele inicia o processo de santificação. Logo após o novo nascimento, começamos a crescer espiritualmente, até chegarmos a estatura de varões perfeitos (Efésios 4.13). Realmente, as três pessoas da Trindade são responsáveis pela salvação do homem: o Pai enviou o Filho. Este, por sua morte, redimiu-nos, e o Espírito Santo tem a incumbência de nos santificar. Quando pecamos, sentimos, por intermédio dele, a nossa culpabilidade. Arrependendo-nos, confessamo-lo as nossas faltas e Ele, por intermédio do sangue de Jesus, purifica-nos de todo o pecado.

3. Dirige a Igreja (João 16.13) No dia de Pentecostes, o Espírito Santo assumiu a direção da Igreja. Com a sua infinita sabedoria, Ele dirige os passos da eleita de Cristo, desde a sua fundação, até o dia do arrebatamento. No decorrer deste tempo, Satanás investe contra a Noiva do Cordeiro, mas jamais foi bem sucedido, pois o Espírito Santo a protege de todo o mal. As portas do inferno não prevalecem contra a igreja, porque o Espírito a dirige e protege das astutas ciladas do Diabo. Leia Mateus 16.18. Por isso, viver cheio do Espírito significa ser dirigido pela terceira pessoa da Trindade, com a certeza de que o crente marcha para a glória, seguro e confiante que chegará ao céu, pois não é conduzido por simples seres humanos, mas por uma pessoa divina.

QUESTIONÁRIO

1) Quando se recebe o Espírito Santo?

2) De acordo com a lição, o que é batismo no Espírito Santo?

3) Quais as dádivas do Espírito Santo?

4) Quail a atuação do Espírito Santo como líder?

5) Quais são os dons espirituais descritos em 1 Coríntios 12.8-

10?

Fim da 10ª Lição

Nenhum comentário:

Postar um comentário