4 de novembro de 2014

Para: Líderes de Adolescentes - Será que sou um líder super protetor?

Atualmente vivemos em uma sociedade onde os nossos jovens, adolescentes e crianças foram criados super protegidos. Muitos tiveram as coisas muito fáceis, foram protegidos das coisas difíceis da vida, ou até mesmo sempre tiveram os pais para fazer as coisas, então nunca tiveram as suas próprias experiências. Um bom exemplo dessa realidade, é que algumas famílias “seguram” os filhos para não trabalharem, e por isso quando crescem não sabem lidar com as adversidades, com tomadas de decisões, com iniciativa para algo novo.

Pensando neste perfil, cheguei ao seguinte questionamento, será que não temos repetido essa postura de algumas famílias e acabamos formando discípulos e lideres dependentes, sem iniciativa e que não sabem encarar o confronto?

De fato, existem muitos lideres que são super protetores, lideres que fazem de tudo para que seus liderados não errem, não sofram as mesmas dores e dificuldades que passaram, e também amenizam na hora de tomar decisões mais duras. Muitas vezes essa atitude é fruto da nossa maneira de ser, adquirida pela forma que fomos educados pelos nossos pais ou até mesmo de lideres que tivemos. Essas manias que temos influenciam diretamente na maneira de liderar. Elas são muitas vezes bem subjetivas e não as percebemos, porém prejudicam o crescimento do cristão que está sendo acompanhado, e trazem sérias implicacoes que o atrapalham. Um bom exemplo é quando um discípulo não sabe tomar decisões, porque tem medo de errar. Por isso ele recorre ao seu líder ou a uma outra pessoa para saber qual é a melhor decisão sobre determinado assunto.

Liderar é influenciar outras pessoas em todos os sentidos. Não existe líder que não influencie. Ser líder é então o maior e mais importante desafio para qualquer pessoa. Mas existe limite.

Outra importante situação que acontece com lideres super protetores é que eles adquirem essa “super proteção” por causa de momentos difíceis vividos no passado, quer por seis meses, um ano, dois ou até cinco anos. Normalmente, assumem uma postura de resolver tudo “sozinho”, por muitas vezes não ter lideres no auxilio do ministério, ou por termos lideres imaturos, “brigão demais’, inconstantes, sem compromisso, ou omissos. Então, esse lider acaba se tornando um faz tudo (aconselha, ministra o louvor, dá o estudo, etc.), e isso acontece por muito tempo, pois você precisa formar uma liderança nova e preparada para assumir responsabilidades. Mesmo que eles não estejam do jeito que você acha que eles precisam estar preparados. Acredite se você é um bom líder você vai gerar outros líderes que precisam liderar para aprender. Além disso, ninguém é super-homem, uma hora você não dá conta de fazer tudo sozinho e vai ficar sobrecarregado e também acaba fazendo as coisas mal feitas. É terrível ver um líder que está arrastando, não agüentando mais o “peso do ministério”. O ministério acaba se tornando um fardo e não um privilégio. Ouça o conselho de Jetro, sogro de Moisés (Ex.18:13 a 27), e distribua suas funções, então faça bem feito o que Deus colocou em suas mãos.

O líder paternalista normalmente não vê isso. Ele faz sempre quando o outro não faz, não chama atenção quando o outro tem que fazer a sua obrigação. O líder paternalista deixa seu liderado mal acostumado porque se este não fizer o líder sempre irá fazer. Se você acredita em seu liderado, que está sendo treinado para assumir liderança deixe que ele pise na bola, erre,dê furo... Muitas vezes, é assim que aprendemos. Esses aprendem a liderar. Sua liderança será muito mais forte se você aprender a distribuir tarefas para que outros também te ajudem a liderar.

Todo esse raio x feito durante todo esse texto é para que todo líder veja como tem sido sua liderança e que sua influência é maior que pode imaginar. Lembre-se cuidado não é super proteção, acompanhamento não é domínio, discipulado não é cercar ou proteger a pessoa. Liderar é fazer como Jesus fez com seus discípulos, ensinou e os acompanhou sem ser super protetor.

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