14 de janeiro de 2015

Alguns depoimentos reais, colhidos entre crianças. O que elas pensam a respeito das bebidas alcoólicas.

O vendedor de pipoca

Esperando abrir a bilheteria, a criançada fazia uma comprida fila em frente ao ginásio de esportes. Conversas, risadas. Quem queria perder a decisão do campeonato de vôlei juvenil, que os jovens tanto apreciam?

Enquanto isso, o pipoqueiro – menino magro, de pele escura e olhar triste, timidamente cutucavam os jovens da fila e com voz tímida oferecia.

Compra minhas pipocas. Mostrava uma caixinha de papelão.

Uns compravam. Outros não compravam. Mal vestido, magro e anêmico, o pequeno vendedor de pipocas ia e vinha sem parar. Até que, desanimado, dirigiu-se a mãe sentada numa porta ao lado da entrada principal. A mulher tinha os olhos vermelhos, inchados, mal parava com a cabeça firme e, com voz pastosa, torceu a orelha do moleque, resmungando irritada:

- Vá vender as suas pipocas ou eu bato em você, porcaria!

Os jovens da fila viram com tristeza aquela cena: o menino segurou o choro e com os olhos cheios de lagrimas, por medo da mãe, voltou ao trabalho.

- Detesto bebidas!- comentou Pedro, um garoto de dez anos. – Às vezes fico pensando: por que as pessoas bebem? Minha família vive muito bem sem bebidas e olhe que todos eles são muito fortes!

- As propagandas de bebidas alcoólicas deveriam ser proibidas, comentou Flávia de nove anos.

- Eu tenho um avô que bebe. Antes de minha avó falecer, ele a maltratava muito! Chegava bêbado em casa, quebrava a louça, os objetos de valor. Minha avó vivia tão descontente que acabou morrendo. Não sei por que as pessoas sentem prazer em estragar a vida com essa maldita cachaça!

- O mais triste saber que o Brasil é o terceiro maior produtor de bebidas alcoólicas do mundo. Suspirou Patrícia de onze anos.

- Por que, em vez de pensar tanto em bebida, carnaval e futebol, os brasileiros, não pensam em ajudar os viciados, como essa pobre mulher?

- Os brasileiros encaram o vicio de beber com a maior naturalidade. Falou Flávia de dez anos.

- Minha mãe bebe, o pior é que ela esta grávida. Luciana de sete anos.

- O pior é quando as pessoas bebem, entra num carro e saem, sem pensar que estão pondo em risco vidas inocentes e até mesmo a sua própria. Falou Rosa de catorze anos; olhe pra mim parece que sou perfeita, mas não tenho minhas pernas, eu vinha da casa de minha vó com meu pai e minha mãe, um carro subiu a calçada justamente quando eu e meus pais íamos passando; meu pai e minha mãe não tiveram nenhum ferimento, mais eu ia pedalando de bicicleta em cima da calçada na frente de meus pais, sempre eles falava vai de vagar cuidado com a rua, mais não adiantou, um motorista bêbado; em alta velocidade subiu a calçada com o carro e me acertou em cheio, não vi mais nada, só quando meus pais no hospital chorando, que bom filha que você está aqui. Queria sentar não podia, ai veio os médicos juntamente com meus pais e me falaram que eu tinha perdido as minhas duas pernas. Chorei muito, mas com o passar dos anos vi que a vida é muito boa de viver, passei a evangelizar pessoas juntamente com pessoal de minha igreja. Jesus me deu a alegria de viver. Sou feliz, Deus é tudo pra mim, aleluia.

E para evitar que crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, bebam.

Evite o primeiro gole, fuja das ofertas de bebidas alcoólicas e das amizades que sempre incentive você bebe.

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