20 de outubro de 2015

Estudo: Administrando conflitos - Parte 5 - O orgulho

A natureza humana é muito complexa. Nós somos diferentes uns dos outros e nossas histórias de vida também são diferentes. Porém, é isso que enriquece os relacionamentos e proporciona o crescimento dos grupos nas áreas espiritual, emocional, física e material.

A beleza da diversidade de talentos, dons e desejos, e da maneira de ver a vida acrescenta ao mundo, e aos seres humanos, os sonhos, as alegrias, a comunhão, a compaixão, o amor, o conhecimento, etc. O importante é que nos conheçamos, observando a forma como direcionamos a nossa vida na área espiritual, como lidamos com as nossas emoções, e se o que vivemos contribui para o nosso crescimento e das pessoas que estão à nossa volta.

Já falamos sobre o egoísmo e a inveja. Agora, abordaremos um tema da mesma importância: o orgulho. Segundo C. S. Lewis, “trata-se de um vício que não poupa ninguém no mundo; que todo mundo despreza quando o percebe no outro. E quanto mais ele se manifesta em nós, mais nos desagrada no outro. Esse vício devora até mesmo a possibilidade do amor, da alegria ou do simples bom senso”.

Compreende-se muitas vezes por que uma pessoa é arrogante quando nos reportamos à sua infância. Ela pode ter sido mimada, educada com muita tolerância ou frustrada porque a sua vontade era contrariada. Assim, na idade adulta, quer controlar o mundo e as pessoas que a rodeiam. De modo geral, o orgulho denota falta de maturidade espiritual e psicológica.

Veja algumas características da pessoa orgulhosa:

• considera-se infalível em suas opiniões e não reconhece que erra ou que pode errar;

• pensa que é sempre capaz de discernir e interpretar a vontade de Deus;

• julga-se melhor que os outros;

• não consegue autoanalisar-se e projeta nos outros o que a incomoda;

• está constantemente insatisfeita e desconfiada;

• é insensível e ambiciosa;

• tem necessidade de reconhecimento;

• é a sua própria autoridade;

• não consegue ser submissa à autoridade espiritual, ao seu pastor, aos seus líderes, aos pais, ao cônjuge; nos relacionamentos afetivos e na sua vida profissional;

• é irredutível nos seus pontos de vista, recusando-se a abandonar suas vontades pelo bem do grupo;

• quando sua opinião não prevalece, faz o que pode para enfraquecer a autoridade dos outros;

• quase sempre é irônica e ferina;

• tem prazer em ser bajulada;

• concentra-se sempre nas fraquezas dos outros, pois não consegue observar as suas.

De todos os tipos de orgulho, o espiritual é o pior. A Bíblia cita o exemplo de Lúcifer, que se deixou contagiar pelo orgulho, considerando-se mais poderoso do que Deus, porém o seu final foi a derrota.

Na Bíblia, também encontramos algumas orientações relacionadas ao orgulho. Leia atentamente os conselhos registrados em Salmos 31.23, 101.5, 123.4 e em Provérbios 11.2 e faça diariamente esta oração: Querido Paizinho, que eu nunca me esqueça de que dependo do teu amor, da tua piedade e da tua graça para ser teu filho nesta terra. Ajude-me, a cada dia, a reconhecer a minha dependência de ti e dos outros seres humanos.

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