1 de maio de 2016

III - Solucionando os problemas encontrados no discípulo

III - SOLUCIONANDO OS PROBLEMAS ENCONTRADOS NO DISCÍPULO
Leia também: Manual/Discipulador

Ao longo da caminhada o discípulo pode apresentar algumas dificuldades tais como:
1. Desinteresse em reunir-se com o discipulador.
1.1. As possíveis causas são:
a) Conversão insincera
b) Oposição satânica
• O inimigo procurará fazê-lo sentir-se um tolo.
• Questionará a validade da sua conversão.
• Usará de muitos outros artifícios enganadores, a fim de impedir o crescimento do novo discípulo em Cristo.
c) A pressão do grupo
• Seus amigos e parentes procuram impedir seu crescimento.
• Tentarão monopolizar suas atenções e seu tempo para que ele não possa observar o momento devocional particular ou não ir aos cultos e reuniões.
• Às vezes, eles o ridicularizam e o diminuem, quando ele persiste em seguir a Cristo.
1.2. As possíveis soluções são:
• A oração - esse princípio é fundamental e se aplica a todos os problemas de aconselhamento.
• Salientar a necessidade do crescimento espiritual na vida do discípulo.
• Levar o novo discípulo a abrir-se com o discipulador e declarar por que não deseja a assistência espiritual.

2. Ausência da certeza de salvação
• A maioria das pessoas, que não têm a certeza da salvação, geralmente passam a tê-la durante o processo normal do discipulado.
• A razão maior de uma pessoa persistir em afirmar que não possui a certeza da salvação é que ela não teve uma conversão genuína. Isso se evidencia quando há:
ü Relutância em fazer reparação de erros (Num. 5: 6,7).
ü Relutância em abandonar um pecado grave (Pv. 28: 13).
ü Amargura no coração contra os pais e familiares (Heb. 12: 15).

3. Sentimento de culpa
• Ele não consegue experimentar o perdão de Deus.
• Ensinar ao novo discípulo o que a Palavra de Deus diz a respeito da confissão dos pecados.

4. Inconstância no momento devocional
• Falta de motivação para estudar a Bíblia.
• Falta de instrução adequada.
• Falta de autodisciplina.

5. Temor de testemunhar
• Um receio normal de falar com pessoas desconhecidas.
• Falta de preparo.
• Não viver em harmonia com fé cristã.
• Medo perseguição.

6. Ausência na EBD e Cultos
• E necessário que o novo discípulo esteja fortemente convencido a priorizar o Dia do Senhor e participar da EBD (manhãs) e Cultos Noturnos.

7. Oposição da família e dos amigos
• Esse tipo de oposição, muitas vezes, faz com que o novo discípulo desista de seguir a Cristo.
• O discipulador deve começar a imediatamente a ensinar-lhe o valor de conhecer a Cristo.
o (Fil. 3:7-8; Mt. 19:29).
• Quando a fonte de oposição é uma pessoa muito ligada ao novo discípulo, então há uma urgência maior de procurarmos levá-lo a fazer novas amizades com outros discípulos.

8. Credibilidade
• Fatores que contribuem para a formação de confiança do discípulo no discipulador:
a) Mostrar-se sempre bem organizado e assíduo no trabalho de discipulador.
b) Saber encontrar na Bíblia as respostas para as perguntas do novo discípulo
c) Mostrar-se sempre acessível, e nunca na defensiva.
d) Conhecer bem aquilo em que crê, e saber por que crê.
e) Saber responder com fatos da própria experiência e não apenas com noções teóricas.
f) Ter fruto no trabalho de evangelismo.
g) Ter entusiasmo no seu trabalho.
h) Ter uma conduta coerente na fé cristã.

9. Pré-condicionamento intelectual
• Muitas vezes acontece de um novo discípulo ter conhecimento de fortes argumentos contrários a algum ponto da verdade cristã.
• Por causa desse argumento, ele começa a questionar sua fé, até a ter dúvidas.
Como podemos ajudá-lo:
• Convencê-lo da firmeza da fé cristã.
• O novo discípulo não deve firmar sua fé em nenhuma outra base, a não ser Cristo.
• Ele deve aprender que fato de fazer perguntas, em si mesmo, não é errado.

10. Dificuldades doutrinárias
• Alguns discípulos novos deixam-se envolver por questões polêmicas em alguns aspectos da doutrina ou da conduta cristã.
• Esse problema é muito sério que pode retardar seu desenvolvimento espiritual.
Como podemos ajudá-lo:
• Procurar colocar o novo discípulo em um lugar onde receba ensinamento adequado e sólido conhecimento bíblico: a classe de novos decididos.
• Analisar com ele os pontos divergentes entre os diversos grupos evangélicos.

DIDATICAMENTE, PODEMOS RESUMIR EM 10, AS DIFICULDADES QUE UM NOVO DISCÍPULO ENFRENTA:

1. Emoções conflitantes
• Dentro das 24 horas seguintes à sua experiência qualquer novo discípulo pode ter dúvida sobre a realidade da sua experiência. Aquela emoção inicial pode diminuir e fazer com que o novo discípulo pense que sua experiência com Cristo foi um tipo de alucinação ou uma experiência irreal.
• Precisamos mostrar a ele que as emoções são afetadas pelas circunstâncias e que a nossa posição em Cristo não depende delas.

2. Crise de transformação
• Vícios e hábitos nem sempre desaparecem imediatamente e isto pode ser motivo de muita ansiedade.
• O novo discípulo deseja corresponder à expectativa de mudança instantânea. (TI Cor. 5:17). Ele espera vencer imediatamente o cigarro, a droga e o álcool talvez por causa do testemunho de outros que tiveram sucesso. A verdade é que algumas pessoas precisam de um acompanhamento pessoal e outras precisam até mesmo ser internadas num centro de reabilitação.

3. Pressão dos amigos
• As pessoas do seu ambiente social vão pressioná-lo para que retorne aos padrões de sua vida antiga.
• Isto é especialmente difícil para os jovens, mas acontece com todos.
• Velhos amigos possuem um grande poder de influência e podem levar o novo discípulo a desistir da fé. E vital, portanto, que os discipuladores o envolvam até que ele seja capaz de responder apropriadamente aos antigos amigos.

4. Falta de tempo
• O novo discípulo precisa separar tempo para a comunhão com os irmãos. Isto pode ser um problema para pessoas que possuem uma agenda muito cheia.
• A fim de ser edificado na fé o novo discípulo precisa reorganizar seu tempo para incluir a igreja em sua rotina. Ele não conseguirá fazer isso sozinho, daí a importância de um discipulador.

5. Hostilidade da família
• É comum surgir uma tensão em casa, principalmente se o novo discípulo é o primeiro membro da família a ter uma experiência com Cristo.
• Ele certamente será acusado de destruir a paz e a unidade da família, o que pode ocasionar muita hostilidade contra ele. Ele será pressionado a manter sua lealdade à família e deixar Cristo de lado. Sem o apoio de um discipulador ele dificilmente conseguirá superar a pressão de uma família hostil ao evangelho.

6. Perseguição
• Não se pode evitar o sofrimento por causa da fé. Jesus disse que seríamos perseguidos.
• Em algumas circunstâncias a perseguição torna o novo discípulo mais forte, mas em outras pode levá-lo a desistir e retroceder. É sábio preparar o novo discípulo para a possibilidade de perseguição e estar com ele quando ela acontecer.

7. Superstição
• Existe uma tendência comum de se culpar a Deus por todas as coisas ruins que acontecem depois da conversão. Muitos novos na fé são convencidos pelos de fora de que a conversão só lhes trouxe problemas, e que, portanto não vale a pena insistir nesse caminho.
• Sem um discipulador para protegê-lo de tais influências ele sucumbirá na fé.

8. Cobranças do passado
• É provável que haja uma série de pendências e questões não resolvidas do passado, como dívidas, conflitos e ressentimentos. O novo discípulo precisa ser ajudado e orientado nessas questões.
• Muitos cobradores aproveitarão esse momento para pressioná-lo. Alguns poderão se sentir envergonhados e indignos de serem cristãos, abandonando assim a fé.

9. Solidão
• Por causa de sua decisão por Cristo, o novo discípulo pode ter sido abandonado por todos os seus antigos amigos e, por alguma razão ele não foi capaz de preencher o espaço com novos amigos que compartilham de sua fé. O resultado disso é uma grande solidão que pode levá-lo a se sentir ressentido e abandonado.

10. Crentes carnais
• Crentes carnais pode ser uma fonte de desapontamento e desencorajamento. Eles podem fazer comentários insensíveis e dar conselhos errados.
• O novo discípulo pensa que todo crente é maduro e capaz de ajudá-lo, mas nós sabemos que existem muitos anões espirituais. Longevidade não é sinônimo de maturidade. E triste, mas às vezes precisamos proteger um novo na fé de alguns velhos na fé.
FONTE: Manual do Discipulador - Pr Josenildo Oliveira da Silva

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