9 de junho de 2016

Noticia: Lava Jato: quem dá nome às fases das operações da Polícia Federal?

Não existe um departamento específico responsável por batizar cada operação da Polícia Federal. Cabe à equipe encarregada pela investigação definir o título, baseando-se em temas, pessoas, lugares ou situações que tenham alguma ligação com a ação, organizando e identificando os materiais apreendidos.

A Operação Lava Jato, que há dois anos investiga o esquema de desvio e lavagem de bilhões de reais da Petrobras, é composta até o momento por 30 fases, sendo que 19 delas receberam nomes bem curiosos. Confira a origem de algumas delas:

1ª fase (março de 2014)

Lava Jato

Uma das organizações investigadas usava uma rede de lavanderias e postos de gasolina (alguns, com lava a jato) para fazer transações monetárias ilegais. O doleiro Alberto Youssef, suspeito de ser um dos chefes do esquema, foi preso.

7ª fase (novembro de 2014)

Juízo Final

Foi a maior etapa até então, com 49 mandados de busca, nove de condução coercitiva, R$ 720 milhões bloqueados e 27 prisões (entre elas, Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras). Ou seja, era praticamente o fim dos tempos.

9ª fase (fevereiro de 2015)

My Way

O ex-gerente-executivo da Petrobras, Pedro Barusco, referia-se a Duque com o título da famosa música de Frank Sinatra. Na delação de Barusco, “MW” identificava os valores indevidos recebidos pelo ex-diretor.

10ª fase (março de 2015)

Que País é Esse

Ao ser preso na 7ª fase, Duque usou essa expressão, que batizava uma canção do Legião Urbana. Ela foi retomada nesta etapa, quando rolou um novo mandado de prisão para ele.

11ª fase (abril de 2015)

A Origem

Essa foi a fase que levou a operação de volta ao início, investigando os primeiros envolvidos descobertos a partir das conexões com o doleiro Alberto Yousseff.

14ª fase (junho de 2015)

Erga Omnes

“Vale para todos”, em latim. A expressão é usada quando uma decisão jurídica atinge todos num grupo, não somente os envolvidos no processo judicial. Foram presos os presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez.

15ª fase (2 de julho de 2015)

Conexão Mônaco

A investigação chegou a um montante de mais de 10 milhões de euros depositados em uma conta secreta nessa nação europeia. Pertencia ao ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada.

16ª Fase (28 de julho de 2015)

Radioatividade

Analisando contratos da companhia pública de energia Eletronuclear, descobriu-se formação de cartel e prévio acordo nas licitações das obras da usina Angra 3, no Rio de Janeiro.

17ª e 18ª fases (agosto de 2015)

Pixuleco I e II

Era com esse termo que João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, se referia à propina recebida em contratos. Prisão preventiva do ex-ministro José Dirceu, do lobista Fernando Moura e do gerente da Petrobras, Celso Araripe.

19ª fase (setembro de 2015)

Nessun Dorma

Do latim “que ninguém durma”. Vem da ópera Turandot, de Giacomo Puccini: a princesa Turandot exige que ninguém descanse até que seja descoberto o nome de um príncipe desconhecido.

20ª fase (16 de novembro de 2015)

Corrosão

É uma alusão aos desgastes nas plataformas de petróleo. São investigadas a compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, e o ex-gerente-executivo da Petrobrás, Roberto Gonçalves, que teria recebido propina.

21ª Fase (24 de novembro de 2015)

Passe Livre

Segundo a PF, o pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta etapa, tinha livre acesso ao ex-presidente Lula. Também foi detido Delcídio do Amaral, do PT, então líder do governo no senado.

22ª fase (janeiro 2016)

Triplo X

A etapa investigou o apartamento triplex no Guarujá, cuja reforma foi custeada pela construtora OAS, sob a suspeita de ocultação de patrimônio por parte do ex-presidente Lula.
Fonte: Mundo Estranho



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