4 de julho de 2016

Lição 2 Jesus, o Rei da Glória entre nós - Betel

Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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. Texto Áureo
Salmos 24.10
“Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)”

Verdade Aplicada
O nascimento de Jesus marcou um novo início na experiência humana, pois foi a manifestação viva do plano da redenção.

Objetivos da Lição
Relembrar os fatos do nascimento do Senhor Jesus Cristo;
Mostrar a importância dos acontecimentos iniciais na vida do Senhor Jesus para nós;
Ensinar que o nascimento do menino Jesus foi a manifestação de Deus na Terra.

Glossário
Eloquente: Convincente, expressivo, persuasivo;
Infanticídio: Morte dada a uma criança, principalmente recém-nascida;
Núbil: Que está em idade de casar.

Leituras complementares
Segunda Gn 12.3
Terça Is 11.1
Quarta Mt 22.42
Quinta Lc 1.27
Sexta Jo 7.42
Sábado Rm 1.3

Textos de Referência.
Mateus 1.21-25
21 E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL. Que traduzido é: Deus conosco.
24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,
25 E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.

Hinos sugeridos.
120, 231, 366

Motivo de Oração
Ore para que Jesus seja conhecido em todo o mundo.

Esboço da Lição
Introdução
1. A genealogia do Rei.
2. A concepção e nascimento do Rei.
3. O Rei infante achado e perseguido.
Conclusão

Introdução
Falar da manifestação do Rei da Glória entre nós é reviver as profecias, a história e o sentimento divino narrados por Mateus nos capítulos 1 e 2. Veremos como o nascimento como o nascimento de Jesus nos mostra a fidelidade e providência divina.

1. A genealogia do Rei.
Ao iniciar seu evangelho, Mateus procura demonstrar a identidade real do Senhor Jesus. Embora a Igreja fosse formada de judeus e gentios, ele, porém, tinha em mente os judeus. Eles eram mais exigentes por causa da das profecias veterotestamentárias. Eis o motivo de Mateus deixar registrada a genealogia do Senhor Jesus.

1.1. O propósito da genealogia.
A genealogia tem como finalidade mostrar a origem de um indivíduo. Para os gentios isso não é um interessante, mas para os judeus era uma maneira de começar uma leitura. O objetivo é mostrar que Jesus, o Messias, tem origens que correspondem às profecias (2Sm 7.16; Is 9-7; Jr 23.5). Do contrário, seria um falso messias e não precisaria ser temido nem honrado como tal. Muitos desprezaram a Jesus, taxando-o de mero carpinteiro, filho de José, um simples carpinteiro (Mt 13.55).

Explique para os alunos que genealogia em si mesmo já é curiosa para um judeu. Nenhum escritor que se dirigisse aos gentios iniciaria com uma genealogia, dessa maneira procedeu Marcos em seu evangelho. Embora Lucas também tenha apresentado uma genealogia, ela só aparece a partir de Lucas 3.23, visto que ele tinha em mente um público de fala grega, um público greco-judaico. Comente com os alunos que Herodes o Grande, era desprezado pelos judeus pelo fato de ter ascendência idumeia e não ser judeu. Para amenizar sua situação, casou-se com Mariane, filha do sumo-sacerdote de sua época.

1.2. Curiosidade numérica.
A genealogia apresentada por Mateus não era apenas importante, mas também curiosa. A primeira curiosidade reside no fato de provar que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Como a promessa se referia a linhagem específica de Davi, então cumpria Mateus prova-la. Ora, no sistema hebraico não havia números, mas as letras tinham a equivalência numérica, como por exemplo nos algarismos romanos. Davi era escrito dwd, apenas consoantes, então a letra d = 4e a w = 6, e o d = 4, o que dá um total de 14. Dessa maneira, Mateus faz três jogos de 14 gerações, por causa da importância também simbólica que os judeus dão.

Mostre para os alunos que Mateus se esforçava não apenas para comunicar um fato de maneira simples. Em virtude do valor do fato em si, ele se esforçou para se comunicar com os seus leitores de maneira criativa e artística até. Ele fez isso exatamente mostrando a genealogia de uma forma que pudesse ser decorada mediante um jogo numérico, pois naquela época quase não havia livros. Comente com os alunos que o apóstolo Mateus fez a obra de Deus não de qualquer maneira, mas com esmero, o que é uma grande lição para todos nós.

1.3. A presença feminina.
Era uma coisa incomum constar mulheres nas genealogias judaicas. Contudo, isso não significa que matriarcas importantes como Sara, Rebeca, Raquel, Leia e outras não fossem mencionadas. É claro que elas eram lembradas nas conversações domésticas e nas sinagogas. Mas Mateus menciona cinco mulheres: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); a mulher de Urias, o heteu, cujo nome é Bate-Seba (Mt 1.6); e finalmente Maria, a mãe de Jesus. O mais extraordinário é que, além de serem mencionadas, algumas estão associadas a lembranças pecaminosas: Tamar seduziu o sogro; Raabe tinha sido prostituta em Jericó; Rute não era judia, mas uma moabita convertida. Através delas, constatamos a eloquente misericórdia de Deus.

Desperte os alunos para a quebra intencional de paradigma de Mateus. Via de regra mulheres não constavam em genealogias. Normalmente, elas eram tidas como coisas, parte da propriedade de um homem. Daí se pode perceber tanto a misericórdia divina demonstrada no fato delas participarem na ascendência do Senhor Jesus, quanto também a evidência tangível de que, quando alguém conhece a Deus de verdade, Deus não leva em conta seu passado pecaminoso. Porém, surpreendentemente, ele torna alguém útil a si no plano da redenção.

2. A concepção e nascimento do Rei.
Há muito tempo que a descendência de Davi saíra do governo de Israel. Esse fato por si só contraria o plano da redenção. Tanto os governantes de sua linhagem quanto o próprio povo se afastaram de Deus terrivelmente. Mas tal coisa não seria um obstáculo absoluto para a concepção e nascimento do Salvador.

2.1. A concepção virginal.
Mateus faz-nos conhecer um pouco de quem era Maria e isso é muito importante. Maria era uma virgem, no grego “parthenos”, que significa alguém que nunca teve relação sexual, mas também virgem núbil. Quer dizer, virgem com idade para casar-se. Quando o Salvador foi gerado no ventre de Maria, ela era uma jovem noiva com José, mas conservava-se pura. Assim como José era um homem justo e temente a Deus, Maria também era. Foi nessa condição que ela se tornou mãe do prometido Salvador. O Messias prometido não seria gerado no ventre de uma moça e rapaz que não temessem a Deus.

Aproveite para mostrar aos alunos a importância da pureza de um casal diante de Deus. José faz parte da linhagem direta de Davi, mas era também um homem temente e reto diante de Deus. Maria de igual forma era uma moça piedosa e reservada para o casamento. Enfatize para os alunos que o Salvador jamais nasceria numa família pagã ou desestruturada.

2.2. O dilema de José.
Este foi um fato polêmico para José, pois sua noiva estava grávida! E agora? De alguma forma, José notou e soube que sua noiva prometida estava gestante. Isso foi embaraçoso para ele, pois ele não era o responsável, logo não queria assumir aquela paternidade. Por outro lado, gostava da moça e não queria expô-la publicamente. A saída que ele encontrou foi deixa-la de modo discreto. Quando, porém, ele chegou a essa conclusão, Deus interviu por meio de um anjo, dizendo-lhe: “Não temas receber Maria... o que nela está gerado é do Espírito Santo”. Além disso, disse-lhe ainda que seu nome seria Jesus, porque Ele salvaria o seu povo de seus pecados.

Comente com os alunos que José era um piedoso homem de Deus. Ele tanto procurou conservar uma vida pura como também obedeceu prontamente às ordens de Deus através do Seu anjo. Dá para perceber que ele teve momentos embaraçosos pelo fato de sua noiva estar gestante, não sendo o responsável direto. Todavia, ela ficou grávida pelo fato dele ser da linhagem de Davi. Dessa maneira, as profecias se cumpriram porque chegou o tempo. E tanto ele quanto Maria levariam consigo o encargo de cuidar e proteger o menino Deus assim que nascesse.

2.3. Jesus nasce em Belém.
Jesus nasce no tempo do rei Herodes, o Grande, em Belém da Judéia. Por que o menino Salvador haveria de nascer na cidade de Belém? Na verdade, a palavra Belém vem do hebraico e significa “Casa do Pão”. Belém é o mesmo lugar que morou Rute, a moabita que se casou com Boaz e gerou a Obede, que gerou a Jesse, pai do rei Davi. Deus escolheu Belém para o nascimento do menino Messias. Observe que José não residia lá, porém, por causa do censo de César Augusto, o Verbo Eterno em Belém se manifestou, vindo a nascer numa manjedoura por falta de lugar na estalagem.

Será que os alunos se deram conta de que José não morava em Belém? Mateus omite o local de origem de onde se deslocaram José e Maria para Belém, todavia as profecias acerca do menino Deus se cumpririam, como de fato se cumpriram. Explique para os alunos que o decreto de César obrigava que os homens fossem à sua cidade natal para se alistarem. Dessa maneira, José teve de ir a Belém, levando consigo a Maria. Ao chegarem lá, não conseguiram lugar adequado numa hospedaria por já estar lotada. Quando estas lotavam, os hóspedes acomodavam-se no estábulo da hospedaria e foi assim que Jesus nasceu, cumprindo a profecia acerca do lugar de Seu nascimento.

3. O Rei infante achado e perseguido.
Mateus fala de magos à procura de Jesus para adorá-lo e presenteá-lo, mas quem eram aqueles magos? Os magos não devem ser confundidos com aqueles adivinhos dos tempos de Daniel ou os trapaceiros e encantadores dos Atos dos Apóstolos. Eles eram homens sábios, tementes a Deus e esperavam o Messias.

3.1. A vinda dos magos do Oriente.
Não se sabe quantos foram os magos. Certo é que eles chegaram a Jerusalém em busca do menino rei. Em Jerusalém, no palácio de Herodes, eles disseram que tinham visto no Oriente a estrela que indicava o nascimento do menino, Rei dos judeus, e, portanto, estavam ali para adorá-lo. Tal afirmativa deixou Herodes perturbado. Tanto que ele se viu obrigado a fazer alguma coisa. Ao saírem do palácio, reavistaram a estrela e, por fim, chegaram a Belém, onde o menino estava e o adoraram, presenteando-lhe. Este fato confirma uma vez mais que Deus nada faz sem antes avisar aos Seus servos.

Desperte a atenção dos alunos para os seguintes fatos: os magos eram sábios e tementes a Deus, mas que jamais saberemos quantos foram os que se deslocaram por causa da estrela do Oriente; segundo, os magos souberam que o Salvador nascera, mas desconheciam o local profético do nascimento, que era em Belém; terceiro, os sacerdotes e escribas tinham o conhecimento da profecia do local do nascimento, mas não sabiam que o Salvador havia nascido; quarto, a estrela foi um fenômeno celestial que não se pode saber o que exatamente foi, se foi um planeta, asteroide ou anjo.

3.2. O ciúme doentio de Herodes.
A chegada dos magos, junto com a notícia de que nascera o Rei dos judeus, agitou fortemente a Herodes e os de Jerusalém (Mt 2.4). Herodes a princípio conteve-se, mostrando interesse em saber do menino para posterior adoração. Os magos, porem, nada perceberam do doentio ciúme de Herodes da sua própria governança e de sua real intenção. Certo é que, ao perceber que os magos não lhe retornaram com as notícias, Herodes ordenou o infanticídio de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém. Ele é um exemplo de como o ciúme pode chegar a um nível extremo. Devemos evitar este tipo de sentimento.

Explique para os alunos que Herodes não era judeu. Ele chegou ao trono com muito esforço e através de inúmeras manobras junto aos sacerdotes de sua época e com o apoio dos romanos. Merece ser especialmente enfatizado para os alunos que os judeus intimamente o desprezavam apesar de suas obras e politica. Dessa maneira, ele tornou-se ciumento e vingativo até a sua morte. Para quem mandou matar Mariane, sua esposa, por ciúme; e seus dois filhos por suspeita de conspiração, matar os infantes de Belém não seria uma tarefa difícil.

3.3. A fuga e o retorno.
Herodes, homem sanguinário, trazia sobre sí o sangue de muitos e até da própria família. Isso representava uma séria ameaça à vida do menino e aos planos de Deus. Mas José foi sobrenaturalmente ordenado por meio de um anjo a que fugisse para o Egito e levasse consigo a Maria e o menino. Dessa maneira, Jesus foi protegido da ira de Herodes quando ocorreu o infanticídio. José só retornou após a morte de Herodes por expressa orientação divina, indo morar em Nazaré.

Mostre para os alunos que Deus não teme assumir riscos em Suas atitudes e planos, pois, do contrário, não permitiria que os magos erroneamente chegassem a Jerusalém, ao palácio de Herodes. Isso foi o que ocasionou indiretamente o infanticídio em Belém, após a fuga de José com a família. Por isso devemos confiar sempre na sabedoria divina.

Conclusão.
O Filho de Deus nasceu de uma virgem núbil. Ele foi necessitado de proteção como qualquer ser humano. Deus, para preservá-lo, guardou-o até que chegasse a cruz, cumprindo totalmente o Seu plano de redenção. Devemos saber e crer sem vacilar que Deus cumprirá tudo quanto disse e nada frustrará os Seus planos.
Questionário.

1. O que demonstra a genealogia de Jesus?
R: A identidade real de Jesus (Is 9.6-7).


2. Cite quatro mulheres da genealogia de Jesus.
R: Tamar Raabe, Rute e Bate-Seba (Mt 1.3).


3. Maria era uma virgem núbil. O que era isso?
R: Virgem em idade de se casar (Mt 1.18).


4. Jesus nasceu no tempo de que rei?
R: No tempo do rei Herodes (Mt 2.1).


5. O que fez Herodes ao perceber que os magos não voltaram?
R: Mandou matar todas as crianças de dois anos para baixo (Mt 2.16).

 
Bíblia expositiva: Novo testamento, comentário expositivo

DICIONÁRIO BÍBLICO. Disponível em: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/m/mateus/



HUMANIDADE DE JESUS. Disponível em: http://solascriptura-tt.org/Cristologia/Cristologia-HumanidadeJesus-Kelson.htm

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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei.

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