16 de julho de 2016

Noticia: Responsáveis por tentativa de golpe militar 'pagarão caro', diz Erdogan ao chegar a Istambul

"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi recebido por apoiadores no aeroporto Atatürk, em Istambul, em meio a uma tentativa de golpe militar no país iniciada na noite desta sexta-feira (15/07).

Em entrevista coletiva em uma sala do aeroporto, Erdogan afirmou que a insurreição militar é um ato de traição e que os responsáveis “pagarão caro”. Segundo ele, que diz continuar no poder apesar da reivindicação dos militares, esta é uma oportunidade para “limpar” as Forças Armadas do país.

Erdogan, que estava de férias em um balneário no sul do país, chegou a Istambul, onde começaram e se concentram as ações de um grupo de militares que ocupou ruas e estúdios de TV e de mídia e investiu contra sedes do governo na tentativa de tomar o poder na Turquia.

Ele afirmou que o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, deu ordens para “erradicar” os helicópteros militares que estão sobrevoando Istambul e Ancara e atirando contra prédios públicos.

Segundo Erdogan, esta tentativa de golpe foi realizada por uma “minoria” dentro das Forças Armadas que não tem capacidade de unir o país e que tem sido orientada por Fethullah Gülen, opositor autoexilado nos EUA há dez anos. Isso mostra que o movimento Hizmet, liderado por Gülen, é “uma organização terrorista armada”, disse o presidente turco, cujo governo classificou oficialmente o movimento como grupo terrorista em maio.

Por meio de comunicado oficial, o Hizmet negou as acusações de Erdogan e rechaçou a tentativa de golpe militar no país. A nota diz que o movimento tem mais de 40 anos de "compromisso com a paz e a democracia". "Condenamos qualquer intervenção militar na política interna da Turquia", diz a nota. "Comentários de círculos pró-Erdogan são altamente irresponsáveis".

No começo da noite desta sexta-feira (15/07), membros das Forças Armadas turcas fecharam as pontes de Bósforo e Fatih Sultan Mehmet, em Istambul, em meio a jatos e helicópteros voando baixo sobre a cidade e em Ancara e de relatos de tiros na capital turca.

Os militares também cercaram o Parlamento turco, em Ancara, para onde também se encaminharam civis se manifestando contra o golpe, segundo a BBC. Em Istambul, os militares abriram fogo contra civis em uma das pontes bloqueadas e na praça Taksim.

O grupo de militares divulgou um comunicado em que dizem que as Forças Armadas "tomaram integralmente a administração do país para reinstaurar a ordem constitucional, os direitos humanos e liberdades, o Estado de direito e a segurança geral que foi deteriorada". "Todos os acordos internacionais [da Turquia] continuam valendo. Esperamos que todas as nossas boas relações com todos os países prossigam assim."

A agência de notícias estatal Anadolu afirma que Hulusi Akar, chefe das Forças Armadas da Turquia, está sendo mantido como refém em um quartel general militar em Ancara.

Um comunicado foi lido na TV estatal TRT por ordem dos militares informando a população que foram impostos toque de recolher e lei marcial – sistema de leis que entra em vigor em situações excepcionais, como durante um golpe de Estado – em todo o país. De acordo com a declaração, a Turquia será administrada por um "conselho de paz" que irá garantir a segurança da população e o país terá uma nova constituição em breve.

Antes de chegar a Istambul, Erdogan apareceu via webcam no canal CNN Turk e pediu que a população saia às ruas para tentar impedir que os militares tomem o poder no país.

O presidente turco culpou o "movimento gulenista", em referência a Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano autoexilado nos EUA há dez anos e considerado o principal rival político de Erdogan, pela tentativa de golpe. Em maio, o governo de Erdogan classificou oficialmente o Hizmet, movimento liderado por Gülen, como um grupo terrorista.

Ele afirmou que a ação dos militares terá a “resposta necessária” de seu governo. Ele também declarou que continua no poder do país.
Fonte: Opera Mundi.


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