16 de agosto de 2016

Lição 08 - Os tesouros do Reino de Deus - Betel

 

através deste site.Almeida Revista e Atualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.

Texto Áureo
Lucas 12.21
“Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.”

Verdade Aplicada
Há dois tipos de tesouros que podem ser buscados e cultivados pelos homens: os materiais e os espirituais.

Objetivos da Lição
Conceituar qual é o verdadeiro tesouro do cristão;
Mostrar que a ansiedade se opõe à riqueza da fé;
Apontar o lugar correto de guardar o verdadeiro tesouro.

Glossário
Precipitação: Rapidez demasiada em se tomar uma decisão;
Temerário: Arriscado, perigoso; juízo desfavorável acerca de alguém, sem provas suficientes;
Transitoriedade: Que tem pequena duração ou permanência; breve, passageiro, efêmero.

Leituras complementares
Segunda Mt 6.22
Terça Mt 6.23
Quarta Mt 6.25
Quinta Mt 6.31
Sexta Mt 6.32
Sábado Mt 6.33

Textos de Referência.
Mateus 6.19-21 e 24
19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
24 Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

Hinos sugeridos.
61, 77, 198

Motivo de Oração
Suplique a Deus para que nossos irmãos continuem a confiar ao Senhor sua necessidades diárias.

Esboço da Lição
Introdução
1. Os tesouros para com Deus.
2. O tesouro da fé versus ansiedade.
3. Atitudes de valor no Reino dos Céus.

Introdução
Os tesouros materiais podem ser dinheiro, joias, bens, pedras e metais preciosos, etc. Os tesouros espirituais e eternos são a nossa entrada pela fé no Reino dos Céus e as boas obras da fé (Mt 13.45-46; 16.26; 1Tm 6.18).

1. Os tesouros para com Deus.
Os cristãos são ensinados a considerar as riquezas materiais do ponto de vista de sua transitoriedade. Elas passam, acabam e podem ser roubadas. Porém, devemos lembrar que Jesus jamais condenou alguém pelo fato de ser rico, mas sim por servir as riquezas, e, assim, tornar-se miserável para com Deus (Lc 12.21).

1.1. O lugar de se ajuntar tesouros.
O conceito de verdadeira riqueza para com Deus é ensinado pelo Senhor Jesus na parábola do tesouro e da pérola escondida (Mt 13.45-46). Em ambos os casos, o homem vai e vende tudo quanto tem para adquirir o campo com ricos tesouros escondidos, bem como a pérola de grande valor. Uma vez achado o verdadeiro tesouro para com Deus é lá mesmo que devemos investir toda a nossa vida, ajuntando tesouros no céu. Podemos até sermos ricos nesse mundo, mas a nossa prioridade não está aqui e sim lá, onde não há perigo algum dessa riqueza acabar ou transferir-se para outro.

Ensine para os alunos que o verdadeiro tesouro está ligado a Deus e ao Seu Reino. Isso não significa que ter bens materiais é pecaminoso, pois pecaminoso é o ato de se priorizar as riquezas deste mundo em detrimento das riquezas eternas. Comente com os alunos que isso sim é condenável diante de Deus, porque torna-se idolatria, visto que a pessoa passa a viver e servir às riquezas, pondo nelas o coração (Mt 6.21). Reforce para os alunos que devemos possuir bens e não os servir prioritariamente.

1.2. Qual tesouro devemos olhar?
Sobre os olhos, caso eles sejam bons, são duplas candeias que iluminam o corpo. Mas, se eles forem maus, o corpo jazerá em grandes trevas espirituais. Percebe os contrastes? Luz e trevas, bons e maus? O olhar que é luz refere-se ao olhar banhado no amor de Deus, que ilumina todos os cômodos da alma humana. Esse olhar tem como resultado a bondade e generosidade para com o próximo, pois ele está fixado em ter um tesouro no céu. Enquanto que a s trevas se referem ao olhar voltado à avareza, o amor ao dinheiro, que faz com que a alma jaz em trevas. Para qual tesouro estamos olhando?

Mostre para os alunos que nosso Senhor Jesus Cristo nos confronta com dois diferentes lugares para os quais devemos fixar os nossos olhos: nas coisas celestiais, que nos inspiram a que sejamos bondosos e generosos para com o próximo; ou nas coisas materiais, que nos inspiram à sórdida ganância, gerando todo tipo de males nesse mundo. Comente com os alunos que, às vezes, a pessoa não é rica e nem chegará a ser, mas a sua alma jaz em terríveis trevas espirituais por estar possuída pelo materialismo. Ressalte para os alunos que quem pensa nas coisas que são de cima aqui na Terra tratará em ser justo e generoso.

1.3. O modo correto de servir a Deus.
O coração do homem repousa sobre algum tipo de tesouro. Este tesouro pode ser material ou imaterial e eterno. Acerca disso, não há qualquer neutralidade (Mt 6.21). Talvez alguém pense que seja capaz de servir a Mamom, que são as riquezas, e, simultaneamente, pense que seja possível servir ao Deus verdadeiro. Tal coisa é impossível, pois, quando nos dirigimos à luz damos as costas às trevas, mas quando dirigimos às trevas damos as costas para a luz. Não há nenhum problema em ser rico neste mundo, desde que não se torne escravo das riquezas. Lembremos de que mulheres serviam a Jesus com seus bens (Lc 8.3).

Mostre para os alunos que não há neutralidade: ou servimos a Deus ou ás riquezas. Embora alguns julguem maldosamente que a visão de um cristão sincero seja míope e que se resuma no bem e no mal, isto é, maniqueísta, nos não devemos nos envergonhar das nossas escolhas em Cristo e por Ele, pois sabemos que tudo o mais aqui passará, porém, a nossa fé e obras nos seguirão eternidade adentro, por isso devemos ser firmes em nossa fé.

2. O tesouro da fé versus ansiedade.
Oponente à fé em Deus, a ansiedade trata-se de um receio do que virá acontecer. É o medo do amanhã e das necessidades que ainda não aconteceram. Também é chamado de preocupação, que significa ocupação prévia. Muitos acham que se dedicando às riquezas poderão escapar da ansiedade.

2.1. A proibição da ansiedade.
A ansiedade é contrária a fé na providência divina. Dessa maneira, a ansiedade torna-se um sofrimento psicológico, um cuidado desnecessário por coisas que jamais aconteçam. A ansiedade pode atingir níveis que chegam a prejudicar a saúde, mas a ansiedade é uma enfermidade da alma por causa da falta de fé em Deus. Por isso, Jesus nos adverte quanto ao servir as coisas materiais e nelas pormos a nossa confiança (Mt 6.24). Ele nos proíbe definitivamente a que sejamos ansiosos, quando diz: “não andeis cuidadosos quanto à vossa vida”. Ao estarmos dentro dos limites fixados por Cristo temos saúde e liberdade reais.

Explique para os alunos que a ansiedade é um sofrimento psicológico por coisas que jamais acontecerão. Por doentia. Reforce para os alunos que dessa maneira, a pessoa pode acabar atraindo para dentro da sua vida coisas ruins (Pv 23.7). Saliente para os alunos que, no entanto, o pior de tudo é que quem é ansioso nunca outro lado, cabe um alerta aqui, pois, ao invés de fé no coração, há medo e o medo é uma convicção sofre sozinho, pois o cônjuge, os filhos, e os colegas de trabalho acabam também sendo prejudicados por esse mal.

2.2. A cura da ansiedade.
O fato de a ansiedade ser uma enfermidade da alma significa que está precisa de tratamento e cura. A ansiedade pressupõe que a própria pessoa resolverá todos os problemas dos dias que ainda chegarão. A pessoa se esgota emocionalmente e tende à depressão. O tratamento que o Senhor Jesus oferece quanto a esse problema está em observar como tudo funciona. Não é preciso gastar somas de dinheiro com médicos ou turismo. Basta sair um pouco e olhar para os passarinhos e para as flores e perceber o cuidado divino com cada um deles. Assim, semelhantemente. Deus cuidará de cada um de nós quanto às nossas necessidades. Basta confiarmos nEle e em Sua providência.

Mostre para os alunos que a ansiedade é uma enfermidade que afeta não só a pessoa, mas aqueles que estão em redor. Reforce para os alunos a necessidade de refletirmos sobre o cuidado de Deus para com todas as coisas e crermos nEle e em Sua providência para nós. Enfatize para os alunos que a verdadeira fé é aquela que descansa no Senhor acerca do amanhã enquanto fazemos o bem hoje (Sl 37.3-5).

2.3. O que priorizar nesta vida.
Devemos controlar a ansiedade através de uma linguagem de fé. Toda a inquietação nada acrescenta. Ao contrário, pode atrair ainda mais dificuldades. Ao invés de a pessoa inquirir sobre o dia que ainda virá, basta viver cada dia por vez. E que a cada dia tenha oração, louvor, bondade. Que seja um dia regado de palavras de fé por aquele que busca o reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. Dessa maneira as pequenas coisas nos serão acrescentadas e teremos um tesouro no céu (2Co 4.17-18).

Mostre para os alunos que a ansiedade só pode ser tolerada no que diz respeito à busca do reino de Deus e Sua justiça. Comente com os alunos que priorizar essas coisas invisíveis e eternas é: dizer não à ansiedade pelas coisas materiais (Mt 6.25); é saber que temos um Pai celestial que nos suprirá, assim como faz com os pássaros (Mt 6.26); é reconhecer que somos incapazes de nos acrescentar alguma coisa (Mt 6.27); é reconhecer quem de fato nos veste (Mt 6.28); é reconhecer quem de fato nos veste (Mr 6.28); e que, como filhos de Deus, nada devemos ter do caráter dos gentios (Mt 6.32a); e descansar no fato de que Deus sabe o que precisamos (Mt 6.32b); é ter fé que se buscarmos as coisas espirituais, nosso Pai nos acrescentará aquilo que precisamos (Mt 6.33); e que, por fim, a ansiedade é inútil (Mt 6.34).

3. Atitudes de valor no Reino dos Céus.
Tendo o Senhor Jesus determinado acerca do modo correto de se servir a Deus e como fugir da ansiedade, agora Ele passa a descrever as atitudes corretas de um cidadão do Reino dos Céus. Ele ordena a fugir do juízo temerário, a saber com quem compartilhar as verdades da Palavra, e por fim, a como ser perseverante na oração.

3.1. Não julgar.
Juízo temerário significa o julgamento alheio, precipitado e inconsistente. Noutras palavras, é ser apressado para julgar alguém e dessa maneira colocar-se numa condição superior, mas, por falta de conhecimento dos fatos, o tal “juiz” acaba sendo injusto com os outros (Tg 4.11-12). Quantos foram humilhados e desprezados por precipitações? Mas, naquilo em que foram desprezados, revelaram-se de grande valor como pais, filhos, cônjuges, líderes, funcionários, etc.

Mostre para os alunos que um grave problema dos últimos dias é a hipocrisia. Alguns estão a julgar indevidamente os outros na tentativa de esconder o seu procedimento vergonhoso. Comente com os alunos que eles tentam corrigir uma coisa mínima no próximo, como um cisco de cereal quando se peneira, mas não tiram a viga de madeira que os aflige. Reforce para os alunos que apontar os erros dos outros é uma maneira de se esconder.

3.2. Não dar aos cães as coisas santas.
Cães e porcos não entendem verdades. Essa terminologia não é uma maneira de desprezar pessoas, porém, assim como a nossa linguagem não faz o menor sentido para cães, porcos e os outros animais, semelhantemente, para algumas pessoas, não faz sentido as verdades do Evangelho e da Palavra de Deus. Tais pessoas não estão amadurecidas para receberem a Palavra de Deus, porque elas vivem no plano do “homem natural” (1Co 2.14). Seus corações estão impenetráveis como terra batida, aqueles por onde passavam pessoas, animais e carroças, aquelas cujas sementes só alimentavam os pássaros (Mt 13.4).

Ensine para os alunos que na Lei mosaica havia animais considerados impuros e limpos para a alimentação. Essa é a condição espiritual de muitos homens que são incapazes de receber o evangelho. Comente com os alunos que alguns estudiosos interpretam como sendo terríveis pecadores, inimigos do Evangelho e hereges. Tais pessoas, quando contatadas e devidamente identificadas, não se deve perder tempo com elas. Pois, mormente, há sempre outros ansiosos de receber as verdades de Deus e de Sua palavra.

3.3. Perseverar.
Não há firmeza espiritual sem que haja oração perseverante, entre outras coisas que devem existir na vida de um cristão. Vimos na lição anterior que a oração do “Pai Nosso” é um modelo de assuntos de conversas com Deus a serem seguidos por cada um de nós. Esse modelo é constituído em sua maior parte de petição. Todavia, tais orações devem ser atendidos por Deus. Certas coisas, Deus logo nos atenderá. Outras coisas levarão algum tempo até amadurecermos o suficiente para recebê-las. Outras não serão atendidas, porque não é a vontade de Deus. Enquanto isso, devemos perseverar em oração com ações de graças. Quando o Senhor fala em “pedir, buscar e bater”, Ele nos incentiva à perseverança.

Merece ser especialmente explicado para os alunos a importância de se ter paciência na oração. Comente com os alunos que eles devem entender que nem sempre os seus pedidos serão atendidos automaticamente, como quem aciona uma máquina de café expresso e que, depois de colocar as moedas, o recebe prontinho. Ressalte para os alunos que essa cultura do leite instantâneo, do café expresso e fast food é humana, portanto, não deve ser aplicada na prática da oração. Relembre para os alunos as sábias palavras do salmista Davi descritas no capítulo 40, versículo 1, do Livro de Salmos: Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”.

Conclusão.
Devemos buscar o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. O que valorizamos verdadeiramente nesta vida: bens materiais ou espirituais? Procuramos ajuntar algo de valor diante de Deus ou na terra? Andamos ansiosos pelo dia de amanhã? Desenvolvemos atitudes que agradam a Deus?
Questionário.

1. Uma vez verdadeiro tesouro para com Deus, o que devemos fazer?
R: Devemos investir toda a nossa vida nesse tesouro (Mt 13.45-46).


2. O que é servir Mamom?
R: É servir às riquezas (Mt 6.24).



3. A quem a ansiedade se opõe?
R: A fé em Deus (Mt 6.25).



4. Como podemos controlar a ansiedade?
R: Através de uma linguagem de fé (2Co 4.17-18).



5. O que é juízo temerário?
R: Julgamento alheio, precipitado e inconsistente (Tg 4.11-12).



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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei.

2 comentários:

  1. Bênção viu. Me salvou. Serei o professor na EBD amanhã. Tava perdido.

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  2. Bênção viu. Me salvou. Serei o professor na EBD amanhã. Tava perdido.

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