31 de agosto de 2016

Noticia: Cerca de 10 mil pessoas morreram no conflito iemenita, aponta ONU

"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6

Cerca de 10 mil pessoas morreram no conflito no Iêmen desde março de 2015, quando a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita interveio, disse nesta terça-feira o diretor do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iêmen (OCHA), Jamie McGoldrick.

Em entrevista coletiva na capital iemenita, Sana, o responsável humanitário afirmou que provavelmente este número seja "maior" porque está baseado nos dados dos centros sanitários regionais, que não existem em todas as zonas do país.

Nessas áreas sem hospitais, os corpos são sepultados sem o registro de falecimento, acrescentou McGoldrick.

Além disso, denunciou que cerca de três milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus lares e se deslocar a outras zonas do país, enquanto cerca de 200 mil fugiram do Iêmen.

O conflito explodiu quando o movimento rebelde dos houthis ocupou em setembro de 2014 a capital iemenita e outras províncias do norte e centro do país, por isso que o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, fugiu à cidade meridional iemenita de Áden e daí a Riad, onde vive junto aos integrantes de seu governo.

A guerra se recrudesceu em março de 2015, quando a Arábia Saudita à frente de uma coalizão árabe, integrada por todos os países do Golfo menos Omã e respaldada pelos EUA, interveio diretamente no conflito do lado do presidente Mansour Hadi.

No sábado passado, o governo do Iêmen deu as boas-vindas a uma nova proposta dos EUA para reiniciar o diálogo de paz com os rebeldes houthis e garantiu sua disposição a tratar "positivamente" qualquer solução ao conflito iemenita que se ajuste à resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU.

Os houthis, por sua parte, anunciaram no domingo sua disposição a retomar as negociações de paz com o governo iemenita a condição que a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita suspenda os bombardeios contra eles no Iêmen.
Fonte: EFE.


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