9 de setembro de 2016

Noticia: Cientistas sugerem que zika pode ser transmitida por lágrimas de infectado

“...e pestes...” Mateus 24:7
O vírus zika pode permanecer nos olhos - é o que revelam testes em ratos, que poderiam explicar o motivo pelo qual pessoas infectadas desenvolvem doenças oftalmológicas, podendo, em alguns casos raros, levar à cegueira. Os cientistas ainda apontaram que é possível que ocorra transmissão por meio de lágrimas da pessoa infectada.

A conclusão é de um estudo publicado nesta terça-feira (6) na revista norte-americana Cell Reports, que descreve os efeitos da zika nos olhos dos fetos de ratos, de camundongos e de animais adultos. Os cientistas pretendem completar seu estudo com pesquisas em humanos.

"Nossa pesquisa sugere que os olhos podem ser um reservatório para o vírus zika", explica o dr. Michael Diamond, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis (Missouri), coautor do trabalho. "Devemos verificar se pessoas infectadas pelo zika têm o vírus nos olhos e por quanto tempo ele pode ficar ali", completou.

Uma infecção nos olhos por esse vírus abre a possibilidade de que pessoas possam ser contaminadas por um simples contato com lágrimas. Os pesquisadores detectaram material genético da zika no líquido lacrimal de ratos infectados até 28 dias após a infecção. Neste caso, porém, o vírus não estava vivo.

"Pode haver uma janela em que as lágrimas sejam altamente infecciosas e podem contaminar outras pessoas", alerta Jonathan J. Miner, outro cientista que participou do estudo. Atualmente, já há indícios de que a zika possa ser transmitida por urina e saliva, além de relações sexuais e por picadas do Aedes.

Nos adultos, a zika pode provocar conjuntivite, uma irritação dos olhos e, em alguns casos raros de uveíte, uma queda da pressão intraocular que pode levar à cegueira irreversível.

Para determinar os efeitos para os olhos, os cientistas infectaram, em especial, ratos adultos na pele, reproduzindo uma infecção transmitida pela picada de mosquito. Eles detectaram o vírus vivo nos olhos dos roedores sete dias depois.

Ainda não se sabe se o vírus atravessa, de modo sistemático, a barreira protetora que separa a retina do olho do restante da circulação para se propagar ao longo do nervo óptico, ligando o cérebro aos olhos, ou se busca outros caminhos.
Fonte: AFP.


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