22 de setembro de 2016

Noticia: Resistência antimicrobiana pode levar mundo a um retrocesso

“...E pestes...” Mateus 24:7
Opinião é do especialista Juan Lubroth, chefe do serviço veterinário da FAO, a agência da ONU para Agricultura e Alimentação; gravidade do problema leva Assembleia Geral a promover uma reunião de alto nível nesta quarta-feira.

O uso excessivo de medicamentos, especialmente de antibióticos, está causando uma condição complicada para a saúde humana e animal: a resistência antimicrobiana. São organismos como parasitas, vírus e bactérias que não estão mais respondendo ao tratamento.

O problema é tão grave que a Assembleia Geral da Nações Unidas promove, esta quarta-feira, uma reunião de alto nível sobre o assunto. O encontro reunirá o secretário-geral Ban Ki-moon, a diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, o diretor da agência da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, José Graziano da Silva, entre outros especialistas.

Tuberculose

Segundo a ONU, a resistência antimicrobiana é uma ameaça global para a saúde pública. Por ano, 480 mil pessoas desenvolvem resistência a medicamentos para tratar a tuberculose, por exemplo.

Antes da reunião, a Rádio ONU ouviu em Nova York o chefe do serviço veterinário da FAO. Juan Lubroth explica que a situação está levando o mundo a um enorme retrocesso.

Século 18

"É um problema para a saúde pública e um problema para a saúde dos animais terrestres e aquáticos. O veterinário tem um armamento: o produto medicinal para combater as doenças. Com a resistência antimicrobiana, se o médico ou o veterinário não têm isso, nós podemos voltar a uma medicina do século 19 ou 18."

O especialista da FAO destaca a importância da aplicação adequada – e não abusiva – de medicamentos, da higiene e da vacinação. As Nações Unidas revelam que a resistência antimicrobiana está dificultando inclusive o combate ao HIV e à malária.

O principal objetivo da reunião de alto nível da Assembleia Geral é promover compromisso político internacional para solucionar o problema e aumentar a conscientização das pessoas sobre essa preocupação de saúde global.
Fonte: Rádio ONU.



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