1 de novembro de 2016

Noticia: Na Síria, EI captura 25 mil para usar como escudo humano, diz ONU

Jihadistas mataram ao menos 40 ex-membros das forças de segurança iraquianas no sábado, diz jornal

Militantes do Estado Islâmico (EI) tentaram transportar cerca de 25 mil civis de Hammam al-Alil, uma cidade ao sul de Mossul, em caminhões e ônibus durante as primeiras horas desta segunda-feira (31/10), provavelmente para usar como escudo humano em defesa de posições do grupo militante. A informação foi divulgada pela ONU nesta terça-feira (1º), dia em que as forças iraquianas entraram pela primeira vez em Mossul numa mega-ofensiva para retomar a cidade das mãos dos jihadistas. A informação é do ‘O Globo’.

De acordo a porta-voz de direitos humanos da ONU Ravina Shamdasani, os extremistas mataram 40 ex-membros das forças de segurança do Iraque perto de Mossul no sábado (29/10) e jogaram seus corpos no rio Tigre.

Duas semanas depois de terem iniciado uma campanha para retomar Mossul do Estado Islâmico auxiliadas por um grande apoio terrestre e aéreo dos EUA, as forças iraquianas conseguiram pela primeira vez entrar na cidade, anunciou um general das forças armadas do país. Os soldados, no entanto, enfrentam forte resistência dos combatentes extremistas, que fazem muitos civis de escudos humanos. As tropas já libertaram dezenas de vilarejos e cidades na planície de Nínive, a Leste da cidade, e agora avançam ao longo do rio Tigre vindas do sul.

Uma fumaça cinza-escura pairava no ar a leste do bastião dos militantes islâmicos nesta terça-feira, e era possível ouvir o som contínuo dos disparos de artilharia, disse um repórter da agência ‘Reuters’ próximo de Bazwaia, cerca de cinco quilômetros a leste de Mossul. Ainda mais ao leste era possível ouvir explosões.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, disse aos extremistas dentro da cidade que se rendessem ou morressem. Falando da base aérea de Qayyarah, ao Sul de Mossul, ele declarou que as forças do governo se aproximavam de todos os ângulos.

Combates ‘eternos’

Os combates dentro da própria cidade, o último grande bastião dos jihadistas no Iraque e que ainda abriga 1,5 milhão de habitantes, podem levar meses.

A ofensiva, que envolve forças regulares do Exército, unidades de elite de contraterrorismo, a polícia federal, combatentes curdos peshmerga e milícias xiitas, é a mais complexa desde a invasão encabeçada pelos americanos em 2003 que depôs Saddam Hussein. Os comandantes alertaram que a luta pode durar meses.

Além de ataques suicidas, os militantes do Estado Islâmico tentam barrar o avanço do Exército com atiradores de elite, morteiros, bombas de beira de estrada e armadilhas explosivas dentro de edifícios abandonados.

Mossul é muito maior do que qualquer outra cidade controlada pelo Estado Islâmico no Iraque ou na Síria. Sua recaptura marcaria o fim da ala iraquiana do califado que o grupo declarou em partes dos dois países dois anos atrás, embora os militantes sunitas radicais tenham se recuperado de contratempos anteriores no Iraque.

Drama humanitário

A expectativa é que as forças iraquianas iniciem um cerco e tentem abrir corredores para facilitar a retirada dos habitantes locais. Depois, deverão travar uma guerra urbana contra os entre 3 mil e 5 mil extremistas que vivem na cidade.

Por enquanto, estima-se que 17 mil pessoas tenham deixado a cidade por conta dos conflitos provocados pela ofensiva. Mas as organizações humanitárias preveem que mais de 1 milhão de pessoas poderão fugir quando as tropas chegarem às áreas mais populosas de Mossul.

O Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) afirma que, por enquanto, não restam mais que 55 mil lugares disponíveis para refugiados nos diversos acampamentos da região.

Nas localidades retomadas das mãos do EI, alguns civis tentam levar uma vida normal após dois anos de dominação extremista, mas a maioria destas áreas ainda não são habitáveis. Em algumas regiões, o processo de reconstrução e de retirada de minas deverá levar meses para ser concluído.
Fonte: O Globo




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