20 de novembro de 2016

O desafio teológico das seitas pseudocristãs

“A função da teologia é aproximar o homem cada vez mais de Deus. Uma teoria ou doutrina teológica que afasta a criatura do Criador, ou que repugna a santidade e o caráter de Deus, deve ser considerada anátema” (Lições Bíblicas, CPAD, 2º Trimestre de 2007, p. 56).

I- SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

TEOLOGIA: “É a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus e das Suas relações com o homem”(Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Myer Pearlman, Editora Vida, 1997, p. 13).

SEITA: “Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas” (Dr. Walter Martin).

“Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria” (J.K. Van Baalen)

A palavra seita aparece em Atos 5.17 e 15.5.

HERESIA: Ensinos fraudulentos (1Coríntios 11.19; Gálatas 5.20; 1 Pedro 1.1-2.

II- CARACTERÍSTICAS TEOLÓGICAS DAS SEITAS PSEUDOCRISTÃS

Seitas pseudocristãs são aquelas que fazem uso da Bíblia como base de seus Artigos de Fé, mas negam sua autoridade única. Essas seitas adicionam à Bíblia outra fonte de autoridade e não se baseiam exclusivamente na Bíblia.

CATOLICISMO

“870. Onde se acham as verdades que Deus revelou?

As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na Tradição.
Por quem podemos nós conhecer o verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras?

O verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras podemos conhecê-lo só por meio da Igreja, porque só a Igreja é que não pode errar ao interpretá-las.
Dizei-me: o que é a Tradição?

A Tradição é a palavra de Deus não escrita, mas comunicada de viva voz por Jesus Cristo e pelos Apóstolos, e que chegou sem adulteração, de século em século, por meio da Igreja, até nós.
Onde se acham os ensinamentos da Tradição?

Os ensinamentos da Tradição acham-se principalmente nos decretos dos Concílios, nos escritos dos Santos Padres, nos atos da Santa Sé, nas palavras e nos usos da Sagrada Liturgia.

887.Em que consideração se deve ter a Tradição?

A Tradição deve ter-se na mesma consideração em que se tem a palavra de Deus contida na Sagrada Escritura”.

Fonte: Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã.

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

Mateus 16.16-18: “Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse- lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do infernonão prevalecerão contra ela”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: Os católicos utilizam a declaração de Jesus a Pedro “e sobre esta pedra edificareia minha igreja” para sustentar sua doutrina da infalibilidade Papal. Jesus está dando a Pedro a autoridade suprema como cabeça da Igreja.

INTERPRETAÇÃO CORRETA: Pedro não é a pedra sobre a qual está edificada a Igreja de Jesus, mas sim a declaração de Pedro sobre Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Pedro mesmo se encarrega de desfazer o equívoco de ser ele a pedra, pois aponta Jesus como sendo a pedra: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular, em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (Atos 4.11-12). Na sua primeira epístola, Pedro declara que Jesus é a pedra: “e, chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa“ (1Pedro 1.4). Pedro não gozava de infalibilidade, pois foi repreendido por Jesus. Não estava identificado com o propósito da vinda de Jesus ao mundo para salvar o mundo pela sua morte na cruz: “Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens” (Mateus 16.23).

Êxodo 20.4: “Não farás para ti imagens de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima dos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: Deus mandou fazer algumas imagens, os dois querubins (Êxodo 25.18-20). Mandou também fazer uma serpente de Bronze e colocá-la por cima duma haste para curar os mordidos pelas serpentes do deserto (NÚMEROS 21.8-9).

INTERPRETAÇÃO CORRETA: A arca da aliança, em cuja tampa estavam os querubins, era colocada no lugar santíssimo do tabernáculo. Apenas uma vez por ano o sumo sacerdote entrava no local santíssimo, vedadO por uma cortina. Não estavam os querubins à vista do povo, PARA que pudesse se tornar objeto de adoração, como ficam os ídolos do Catolicismo. Por sua vez, a Bíblia declara que a serpente de bronze, quando se tornou objeto de adoração, o rei Esequias a destruir: “…fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã” (2Reis 18.4).

ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA

Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como tão inspirados quanto os livros da Bíblia. Declaram: “Cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas” (Revista Adventista, fevereiro/1994, p. 37).

“Embora os profetas da antiguidade fossem humanos, a mente divina e a vontade de um Deus infalível estão sufícientemente representadas na Bíblia. E o mesmo Deus fala por meio dos escritos do espírito de profecia. Estes livros inspirados, tais como O Desejado de Todas as Nações, O Conflito dos Séculos e Patriarcas e Profetas, são certamente revelações divinas da verdade, sobre as quais deveríamos depender completamente”.(Orientação Profética no Movimento Adventista, p. 45 – o grifo é nosso).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

Romanos 6.14: “Porque o pecado não tem domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: Os adventistas dizem que “estar debaixo da lei” é transgredi-la, e consequentemente estar sob a condenação da lei.

INTERPRETAÇÃO CORRETA: Se estar debaixo da lei significa tê-la transgredido, então estar debaixo da graça também significa violar a graça, porque a graça exige obediência e condena o desobediente (Hebreus 10.28-29; Tito 2.11-12). Se estar debaixo da lei significa violá-la, estar em pecado e sob condenação, então Jesus nasceu em pecado e está sob condenação, pois nasceu debaixo da lei (Gálatas 4.4). Estar debaixo da lei significa estar sob a obediência à autoridade da lei e guardar todos os 613 mandamentos do livro da lei (Gálatas 3.10), para alcançar salvação e isso é uma impossibilidade (Gálatas 3.11 e 2.16).

Judas 9:”Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: “Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés e levou-o ao Céu”. “Satanás maldisse amargamente a Deus, acusando-0 de injusto, por permitir que sua presa lhe fosse tirada; Cristo, porém, não repreendeu a Seu adversário, embora fosse por sua tentação que o servo de Deus houvesse caído. Mansamente remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda”’ (Primeiros Escritos, p. 164, 3ª edição, 1988, EGW).

INTERPRETAÇÃO CORRETA: Dois erros doutrinários encontramos nessa declaração de Ellen G. White:

1) Miguel ressuscitou Moisés, quando é Jesus que ressuscitará os mortos por ocasião da sua vinda, o que ainda não se deu (1Coríntios 15.51-54; 1Tessalonicenses 4.16-17). Se Moisés não provasse a corrupção no seu corpo, e já tivesse sido ressuscitado, seria ele “as primícias dos mortos”. Quando, de fato, Jesus foi as primícias dos mortos: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1Coríntios 15.20).

2) A passagem citada, para afirmar que Jesus não repreendeu seu adversário, o diabo, é Judas 9, que diz: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda”. Este texto, como lemos, trata de Miguel, o arcanjo e não de Jesus. É a Jesus que Miguel, o arcanjo, recorre para repreender Satanás e não a Deus, o Pai. Confunde a Sra. White Miguel com Jesus, como se ambos fossem a mesma pessoa. Jesus, em sua vida terrena, por várias vezes repreendeu Satanás, ao passo que Judas 9 afirma que Miguel não pode fazê-lo, invocando a autoridade de Jesus para isso: “O Senhor te repreenda”. Em Mateus 16.23, Jesus repreendeu Satanás com toda a autoridade, dizendo: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo”. E não foi esta a única vez que Jesus repreendeu Satanás. Outras vezes isso aconteceu, como em Mateus 4.10-11, determinando que ele se retirasse. Jesus deu poder aos seus discípulos e seguidores para assim também o fazerem (Marcos 16.17-18; Lucas 10.17-19). Por fim, Jesus é Criador (João 1.3; Colossenses 1.15-16) e Miguel é criatura celestial, criada pelo próprio Jesus. Os anjos não podem ser adorados (Colossenses 2.18; Apocalipse 22.8-9), ao passo que Jesus é adorado pelos próprios anjos (Hebreus 1.6; Apocalipse 5.11-13). Miguel é um dos primeiros príncipes (Daniel 10.13), indicando com isso que existem outros iguais a ele. Entretanto, Jesus é o Unigênito do Pai, mostrando que não existe outro igual a ele (João 1.14 e 3.16). Esse ensino de Ellen G. White é francamente herético (2 Pedro 2.1-2).

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Creem que somente com a mediação do Corpo Governante (a diretoria das Testemunhas de Jeová nos EUA), a Bíblia será entendida. Declaram:

“Meramente ter a Palavra de Deus e lê-la, não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida” (A Sentinela, 10 de setembro de 1991, p. 19).

“A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia” (Idem, 10 de agosto de 1982, p. 27).

“Em essência, mostramos que a Sociedade é uma organização inteiramente religiosa; que os membros aceitam como seus princípios de crença a santa Bíblia, conforme explicada por Charles T. Russell; que C. T. Russell durante sua vida, escreveu e publicou seis volumes, Estudos das Escrituras…” (Anuário das Testemunhas de Jeová, 1976, p. 106).

“A Bíblia é um livro de organização e pertence à congregação cristã como organização, não a indivíduos, não importa quão sinceramente creiam poder interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser devidamente entendida sem se ter presente a organização visível de Jeová” (A Sentinela, 01/06/1968, p. 327).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

João 1.1 “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era (um) deus”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: Na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas aparece o acréscimo do artigo definido ‘o’ antes da palavra “Deus”, grafada com letra minúscula.

INTERPRETAÇÃO CORRETA: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1). Opina o Dr. William Barclay (da Universidade de Glasglow, Escócia): “A distorção deliberada da verdade por essa seita é vista nas suas traduções do Novo Testamento. João 1.1 é traduzido ‘a Palavra era (um) deus’, uma tradução que é gramaticalmente impossível. É abundantemente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta”.

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

João 3.16-17: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: “Sabia que a Bíblia segue uma linha de raciocínio de Gênesis a Revelação? Sim, um harmonioso tema permeia a Bíblia. Que tema é esse? É a vindicação do direito de Deus governar a humanidade e a realização do seu propósito amoroso por meio de seu Reino” (Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, p. 14).

“A nossa salvação não é a justificativa principal para a vida e a morte de Jesus na Terra.” (Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, p. 69).

INTERPRETAÇÃO CORRETA: Jesus, em casa de Zaqueu declarou: ”Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). Pode haver uma razão mais preponderante do que a de Jesus vir ao mundo para salvar os pecadores? Nenhuma outra razão poderia justificar tão grande manifestação da bondade de Deus. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”(Romanos 5.8).

IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

Os mórmons dizem crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Ensinam: “Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução” (Artigo de Fé, item nº 8). Eles acham que o Livro de Mórmon é mais perfeito que a Bíblia: “Declarei aos irmãos que o Livro de Mórmon, era o mais correto de todos os livros da terra, e a pedra angular da nossa religião” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 178). Outros livros também são considerados inspirados pelos mórmons: “Doutrina e Convênios” e “A Pérola de Grande Valor”. Usam também a Bíblia apenas como livro de referência. Se dissermos aos mórmons que temos a Bíblia e não precisamos do Livro de Mórmon, eles responderão: “Tu, tolo, dirás: uma Bíblia e não necessitamos mais de Bíblia! Portanto, porque tendes uma Bíblia, não deveis supor que ela contém tôdas as minhas palavras; nem deveis supor que eu não fiz com que se escreve mais” (O Livro de Mórmon, 2Néfi 29.9-10).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

1 Coríntios 5.6: “Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: “Paulo disse que há muitos deuses e muitos senhores. Desejo apresentar esta ideia de maneira clara e simples; mas, para nós, não há senão um só Deus, isto é, no que concerne a nós; e ele está em tudo e em todas as coisas. Mas se Joseph Smith proclama que há muitos Deuses e muitos Senhores, seus inimigos gritam: “Abaixo com ele! Crucifica-o! Crucifica-o!” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 362-363).

INTERPRETAÇÃO CORRETA: A Bíblia ensina: “Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44.6). “Porventura há outro Deus fora de mim ? Não, não há outra rocha que eu conheça” (Isaías 44.8). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus” (Isaías 45.5).

O Livro de Mórmon confirma a existência de um só Deus: “E agora, meus queridos irmãos, êste é o caminho; e não há nenhum outro caminho ou nenhum outro nome dado debaixo no céu pelo qual o homem poderá ser salvo no reino de Deus. E, agora, eis que esta é a doutrina do Cristo, e a única e verdadeira do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, que é um Deus sem fim. Amém” (O Livro de Mórmom, 2Néfi 31.21, edição 1951, p. 133).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

Hebreus 9.12: “…e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA

EXPIAÇÃO E PECADOS PARA A MORTE. Joseph Smith ensina que existem certos pecados tão nefandos, que o homem pode cometer, que colocarão o transgressor além do poder da expiação de Cristo. Se forem cometidas tais ofensas “o sangue de Cristo não o limpará de seus pecados, mesmo que se arrependa. Por isso, sua única esperança é ter o próprio sangue em expiação, na medida do possível, em favor próprio. Isto é doutrina escriturística e ensinada em todas as obras padrão da Igreja” (Doutrinas da Salvação, Joseph Fielding Smith, Vol. 01, edição 1994, p. 146).

INTERPRETAÇÃO CORRETA: É inadmissível que os líderes mórmons, que se vangloriam de ser guiados por Deus, pudessem levar o seu povo a lugares tão distantes da Bíblia: “No dia seguinte João viu a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo“ (João 1.29). “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1João 1.7-9).

IGREJA LOCAL (WITNESS LEE)

“Essas palavras não são meramente um ensinamento, mas um forte testemunho do que tenho praticado e experienciado por mais de cinquenta anos. Fui capturado por esta visão… Precisamos ter esta visão, e precisamos estar prontos para pagar o preço, até mesmo o preço de nossa vida por ela“ (A Visão da Igreja, 1991, p. 12). “Se estivermos fora das igrejas locais, não teremos posição ou condição para recebermos o livro de Apocalipse, pois este não foi escrito para cristãos individuais. Foi escrito para as igrejas locais… Precisamos estar na igreja local” (A Expressão Prática da Igreja, p. 12).

“Não tente ser neutro. Não procure reconciliar as denominações com a igreja local. Você nunca conseguiráreconciliá-las. Você consegue reconciliar branco com preto? Sim, mas serão cinza; nem preto e nem branco” (A Expressão Prática da Igreja, p. 128). “Hoje em dia há principalmente dois tipos de crentes: um são as denominações, incluindo a Igreja Católica Romana, e o outro é composto daqueles que estão fora das divisões e sobre a base correta”. “Visto que a ‘Mãe das Prostitutas’ é a igreja apóstata, as prostitutas, suas filhas, devem ser todas as diferentes facções e grupos no Cristianismo que mantêm, até certo ponto, o ensinamento, as práticas e as tradições da Igreja Romana apóstata. A pura vida da Igreja não possui nenhum mal transmitido da Igreja apóstata” (Idem, p. 107).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

2Coríntios 3. 6: “o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: “Em nosso funcionar, precisamos liberar o espírito. ‘A letra mata, mas o Espírito dá vida’. A letra significa doutrinas, formas, regulamentos, e até mesmo maneiras ou métodos. Todas estas coisas são letras. Qualquer coisa além do Espírito é um tipo de letra, e essa mata” (A Expressão Prática da Igreja, p. 115).

INTERPRETAÇÃO CORRETA: A letra da lei (os dez mandamentos escritos em tábuas de pedra) citada, ameaçava com morte os que transgredissem os preceitos contidos nas duas tábuas, não que a leitura da Bíblia traga morte. Pelo contrário, Paulo elogia Timóteo pelo conhecimento que ele tinha da Bíblia desde sua meninice: “e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”(2Timóteo 3.15-17).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

Gênesis 3.6: “Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.”

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: “Adão quando tomou para si o fruto da árvore do conhecimento, sendo ele a própria terra, recebeu Satanás, que então cresceu nele […] O finito de Satanás foi semeado em Adão como uma semente no solo, assim Satanás cresceu em Adão e tomou-se parte dele”. E mais: “Quem então está na nossa alma? O ego. O nosso ego está em nossa alma. Será que somos impressionados com o fato de que todos os três seres: Adão, Satanás e Deus – estão em nós? Somos bastante complicados. O homem Adão está em nós, o diabo, Satanás está em nós e o Senhor da vida, o próprio Deus, está em nós. Portanto, nos tomamos um pequeno Jardim do Éden”.

INTERPRETAÇÃO CORRETA: A Bíblia ensina que Satanás é um ser pessoal, distinto do homem. E fala dele como um anjo de luz que procura enganar o homem (2Coríntios 11.13-15). O corpo do cristão é o templo do Espírito Santo e não morada de Satanás (1Coríntios 3.16) e recomenda que lutemos contra ele (Efésios 6.10-12; 1Pedro 5.8) que ele fugirá de nós (Tiago 4.7). Só uma pessoa possessa tem Satanás dentro de si, como Judas (Lucas 22.3).

ESPIRITISMO KARDECISTA

Allan Kardec, pseudônimo de León Hippolyté Denizard Rivail, conhecido como o codificador do Espiritismo, qualifica o Espiritismo como a terceira revelação de Deus aos homens. Escreveu ele: “A Primeira Revelação era personificada em Moisés; a segunda, no Cristo; a terceira não o é em indivíduo algum. As duas primeiras são individuais; a terceira, coletiva; ai está uma característica essencial e de grande importância” (A Gênese, Obras Completas, Editora Opus, 1985, p. 888). Sobre a Bíblia disse AK: “A Bíblia contém evidentemente fatos que a razão, desenvolvida pela ciência, não pode hoje aceitar, e outros que parecem singulares e que repugnam, por se ligarem a costumes que não são mais os nossos” (A Gênese, Obras Completas. Editora Opus, p. 911 – grifo é nosso).

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

João 14.16-17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: No capítulo 14 do Evangelho de João, em suas despedidas registrando nos versículos 15 a 17, Jesus deixa uma das suas mensagens finais: Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece: mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Cita ainda o Cristo nos versículos 12 a 14 do capítulo 16 do Evangelho de João: Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. As verdades do Espiritismo ainda não são aceitas por muitos. Quando vier o paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar- vos-á as coisas que virão. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vô-lo anunciará. O profeta Joel, que viveu 750 anos A.C. (cap. 3, 1 a 5, algumas Bíblias traduzidas, trazem Joel 2:28) foi quem primeiro profetizou a chegada dos dons da profecia, ou seja, da mediunidade e do Espiritismo”.

INTERPRETAÇÃO CORRETA: Jesus não falava de um movimento religioso como o Espiritismo, na sua promessa de mandar o Consolador. A palavra Consolador, do grego paráclito, é uma pessoa espiritual conhecida como o Espírito Santo. A palavra Consolador pode ser traduzida por Ajudador, Auxiliador, Advogado. Citando Joel 2.28 o teólogo espírita concorda que o cumprimento dessa profecia se deu com a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes (Atos 2.1-4). Ora, como interpretar que essa promessa de Jesus se deu em 18 de abril de 1857 quando surgiu o Livro dos Espíritos, na França, escrito por Allan Kardec? Que relação pode ser estabelecida entre a descida do Espírito Santo e a fundação do espiritismo?

INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

Mateus 11.14: “E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”.

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA: “Na Bíblia se encontra toda a crença da reencamação, por parte dos profetas e do povo hebreu, em todas as épocas, e do próprio Cristo que pregava sobre o retorno do espírito noutro corpo, inclusive afirmando, textualmente, que João Batista era o Elias que já vivera no tempo dos Reis de Israel e que havia voltado reencamado no corpo de João Batista”.

INTERPRETAÇÃO CORRETA: O caso de Mateus 11.14 “e, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”justifica o ensino reencamacionista? É desconhecer a própria doutrina quem assim afirma. No túmulo de Allan Kardec em Paris existe uma inscrição tumular que sintetiza a doutrina reencamacionista: “NASCER, MORRER E RENASCER; ESTA É A LEI.” Para que ocorra a reencamação é preciso primeiro morrer para em seguida reencamar. Mas a Bíblia – tão citada pelo famoso teólogo – declara que Elias não morreu. (2Reis 2.11) “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho”.

Repetindo: Se Elias subiu ao céu num redemoinho, se não morreu, como poderia reencamar? João Batista indagado se ele era Elias respondeu que não. “Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou” (João 1.21).
Cada autor é responsável pelo conteúdo do artigo.
Por Pr. Natanael Rinaldi.
Fonte: Apologética Cristã

Nenhum comentário:

Postar um comentário