20 de fevereiro de 2017

Noticia: Assassinato de meio irmão estremece laços entre Malásia e Coreia do Norte

Kim Jong Nam (à esq.) já havia falado publicamente contra o controle familiar sobre a Coreia do Norte. Contrários ao regime afirmam que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un (à dir.), havia emitido uma “ordem permanente” para o assassinato do meio irmão

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse nesta segunda-feira (20) que a investigação de seu governo sobre o assassinato de Kim Jong Nam, de 46 anos, meio irmão do líder da Coreia do Norte, será “imparcial”, à medida que tensões aumentaram entre os países.

A Malásia disse ter chamado de volta seu enviado a Pyongyang e convocou o embaixador norte-coreano em Kuala Lumpur, que novamente colocou dúvidas sobre a imparcialidade da investigação da Malásia sobre o assassinato e disse que a vítima não é Kim Jong Nam.

Segundo matéria da ‘Reuters’, imagens do circuito interno de segurança obtidas pela agência de notícias aparentam mostrar Kim Jong Nam sendo atacado no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur na segunda-feira da semana passada por uma mulher, que acreditam ter usado um veneno de ação rápida contra ele.

Deputados sul-coreanos disseram na semana passada, segundo a agência de espionagem do país, que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, havia emitido uma “ordem permanente” para o assassinato de seu meio irmão e que houve uma tentativa fracassada em 2012.

A polícia da Malásia busca quatro norte-coreanos que deixaram o país no mesmo dia do ataque, já tendo detido um homem norte-coreano, uma mulher vietnamita e uma mulher indonésia, além de um homem da Malásia.

Ao menos três dos quatro norte-coreanos procurados pegaram um voo da Emirates de Jacarta para Dubai no dia do ataque, disse uma autoridade da imigração da Indonésia à ‘Reuters’.

O jornal ‘Star’, da Malásia, relatou que todos os quatro voltaram à Coreia do Norte.

A Coreia do Norte tentou impedir a Malásia de conduzir uma autópsia, insistindo que o corpo fosse entregue. O enviado norte-coreano em Kuala Lumpur acusou autoridades de “atrasarem” a liberação do corpo.
Fonte: Reuters

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