17 de maio de 2017

Noticia: EUA: Geleiras podem desaparecer, diz estudo

E grandes sinais do céu: Lucas 21:11
Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decide sobre a saída de seu país do Acordo de Paris e alimenta o ceticismo sobre o aquecimento global, os cientistas alertam sobre o inevitável desaparecimento das geleiras em um dos parques nacionais mais emblemáticos do país: o Glacier National Park, no estado de Montana. As informações são da agência EFE.

Dos 150 glaciares que existiam no parque no final do século 19, restam apenas 26, que, inclusive, perderam 85% da sua massa de gelo nos últimos 50 anos segundo um estudo divulgado na semana passada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

"Veremos os glaciares desaparecerem no curso de nossas vidas. Não há possibilidade de que eles voltem a renascer", assegurou Daniel Fagre, pesquisador do USGS. Ele disse que o processo de dissolução dos glaciares é "dramático e inevitável" e terá importantes consequências na fauna e flora do parque, criado em 1910.

Características de épocas

Para o pesquisador, o estudo dos glaciares é especialmente significativo, já que eles são barômetros estáveis das mudanças de longo prazo na Terra, uma vez que não reagem à tendência climática anual.

"Sabemos que há uma tendência de longo prazo quando todos os glaciares estão derretendo ou crescendo simultaneamente", ressaltou Fagre.

Informações de milhares de anos

As geleiras são grandes volumes de gelo que se originam pelo acúmulo e cristalização da neve, e cujo deslocamento ao longo dos anos dá lugar aos característicos vales em forma de U. Seu estudo é um dos mais prezados pelos geólogos, já que trazem informações de milhares de anos.

O enorme parque dos glaciares, de 4,1 mil quilômetros quadrados, está localizado no noroeste dos EUA e faz fronteira com o Canadá. Alguns de seus glaciares têm mais de 12 mil anos.

Perda definitiva

"Embora a redução dos glaciares de Montana seja mais severa que em outros lugares dos EUA, ela está em linha com as tendências que vimos em escala global", salientou Andrew G. Fountain, professor da Universidade de Portland e coautor do estudo do USGS.

O trabalho atribuiu este fenômeno ao aumento da temperatura global e ao aumento de chuva frente à neve no parque. O mais provável, advertem os geólogos, é que os Estados Unidos percam todos os seus glaciares até o final desse século e só restem os do Alasca, acima do paralelo 48.

Impasse na decisão

A Casa Branca anunciou na semana passada que Trump tomará uma decisão sobre a saída dos EUA do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas após a sua viagem à cúpula do G7, no final deste mês, na Itália.

Esta semana, ficou evidente um confronto interno entre duas facções no seio do Executivo americano: uma liderada pela assessora presidencial Ivanka, filha de Trump, e pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, que defendem o cumprimento do pacto climático. E outra é liderada pelo estrategista-chefe de Trump, Stephen Bannon, e pelo diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, que propõem a retirada.

Em 2016, Pruitt apontou que "os cientistas continuam em desacordo sobre o grau e alcance do aquecimento global e sua conexão com as ações dos seres humanos" e acrescentou que "o debate deveria ser estimulado".

Compromisso

O compromisso assumido pelos Estados Unidos, assinado em 2015 pelo então presidente Barack Obama, era o de reduzir até 2025 suas emissões de gases de efeito estufa entre 26% e 28% com relação aos níveis de 2005.

Trump criticou os excessivos regulamentos ambientais que colocam um freio ao desenvolvimento econômico e iniciou a revisão das medidas aprovadas por Obama.

As propostas do governante geraram grande rejeição interna, principalmente da comunidade científica e de ativistas ambientais, que realizaram manifestações para criticar Trump e insistir na proteção dos recursos naturais.

Enquanto isso, os glaciares americanos prosseguem seu silencioso desaparecimento.
Fonte: Agência Brasil


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