17 de julho de 2017

Lição 04 - O perfil dos enviados de Cristo: Adultos - Betel


E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe. Atos 22.21

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Verdade Aplicada
Jesus Cristo fez de Sua missão um modelo para a nossa, enviando-nos ao mundo.


Objetivos da Lição
Ensinar acerca das virtudes do caráter de um servo enviado;
Apresentar três fatores básicos de motivação para aqueles a quem o Senhor Jesus envia;
Mostrar as responsabilidades e as recompensas destinadas aos cristãos.

Glossário
Distinguir: Perceber a diferença entre pessoas ou coisas, ser diferente; diferenciar-se, não se confundir;
Esboçar: Planejar, projetar;
Espectador: Aquele que presencia um fato ou acontecimento qualquer.

Leituras complementares
Segunda Mt 28.19
Terça Mt 28.20
Quarta Mc 16.15
Quinta At 1.8
Sexta Rm 10.14
Sábado Rm 10.15

Textos de Referência.
Atos 20.17-21
17 E, de Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja.
18 E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19 Servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram;
20 Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas.
21 Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.



Hinos sugeridos.



Harpa Cristã: 12



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Revista Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Tema: Evangelismo, missões e discipulado:“A tarefa primordial da igreja” - Betel... mais »

Motivo de Oração
Ore para que pessoas sejam transformadas e moldadas pelo amor de Jesus através da Palavra.

Esboço da Lição
Introdução
1. O caráter de um enviado.
2. A motivação de um enviado.
3. Responsabilidade e recompensas.
Conclusão

Introdução
O processo da pregação do Evangelho e tão impressionante que até os anjos observam e estão atentos com grande interesse (1Pe 1.12). A tarefa de anunciar as boas-novas de salvação é dos discípulos de Jesus (Jo 20.21).

1. O caráter de um enviado.
O apóstolo Paulo é um exemplo de perfil aprovado para a obra evangelizadora. Ele era um homem temido por perseguir o povo cristão. Todavia, após encontrar-se com Jesus e receber a salvação. Tornou-se um importante instrumento na evangelização.

1.1. Servo.
Quem diria que na pele de um homem, que “respirava ameaças e mortes”, como Saulo, estaria um apóstolo? Jamais devemos desanimar em falar de Cristo aos homens, porque podemos encontrar um zeloso Paulo escondido na alma de um Saulo pecador (At 9.15). Saulo se tornou um frutífero pregador do Evangelho. Ele testemunhou que, após a conversão, pertencia a Deus e O servia (At 27.23). Primeiro vem a conversão, depois o serviço (1Ts 1.9). É necessário que todo discípulo de Jesus Cristo tenha a mesma consciência do apóstolo Paulo quanto ao chamado para servir. Todos precisamos estar comprometidos com o serviço da evangelização.

Na eternidade, um dos títulos concedido a nós pelo Senhor Jesus Cristo será o de servo (Mt 25.21, 23). Embora visto como algo humilhante por alguns, o título de servo e bastante valorizado ao longo das Sagradas Escrituras. Repetidas vezes, Moisés, o líder dos filhos de Israel, é chamado de “servo do Senhor” (Dt 34.5; Js 1.1); Jesus Cristo, o Messias, a luz dos gentios, também recebe o mesmo tratamento de “servo do Senhor” (Is 42.1; 52.13). No entanto, os exemplos acima demonstram para nós que o principal não é ter o título de servo, mas, sim, o caráter de servo, pois “o servo que não serve, não serve”.

1.2. Santo.
Como pregador da Palavra de Deus, Paulo zelava por sua reputação diante de todos (At 20.18). Ele se colocou como um exemplo digno de ser seguido desde o primeiro dia em que chegou à Ásia. Porém, ter o caráter santo é ir além da boa reputação. O apóstolo Paulo não estava preocupado com prestígio humano. Seu zelo ia além do conceito que as pessoas poderiam formular acerca de sua pessoa. Paulo estava preocupado primeiro em agradar a Deus (Gl 1.10). Ter um caráter santo é distinguir-se entre os demais, fazendo sempre realçar as virtudes do Senhor Deus, que não somente habita em nós, mas também coordena nossas atitudes (1Co 9.23-27).

Caráter é o conjunto de qualidades que distinguem uma pessoa ou um povo. Tanto a reputação quanto a santificação devem ser alvos constantes dos cristãos. É importante ressaltar que os escribas e fariseus estavam muito preocupados com a reputação, mas o Senhor Jesus Cristo criticou a hipocrisia deles, porque ensinavam uma coisa e faziam outra (Mt 23.4-7). Não deve ser esse o proceder do cristão.

1.3. Virtuoso.
Paulo expõe que servia ao Senhor com toda humildade, com lágrimas e enfrentando ciladas e tentações (At 20.19). Um servo de Deus deve viver focado porque a nova vida exige que sejamos virtuosos (2Pe 1.5). Não estamos isentos de sermos recusados ou ignorados, mas devemos pedir a Deus graça para suportar as pressões que a missão nos exige. É preciso esforço e fazer todo o possível para sermos virtuosos. A palavra virtude em 2Pedro 1.5 admite vários sentidos: excelência, boa qualidade, bondade. São aspectos que precisam estar presentes na vida daquele que é enviado pelo Senhor Jesus para continuar a grande obra da evangelização.

Além de raça eleita e sacerdócio real, os cristãos são nação santa e povo de propriedade exclusiva de Deus. Esse povo descrito pelo apóstolo Pedro em termos tão magnificentes e repletos de conteúdo tem uma missão no mundo: proclamar as virtudes de Deus. Virtudes, no grego “aretas”, era um termo amplamente difundido na época. Podemos entender este termo como as excelências, as grandezas de Deus, os Seus feitos maravilhosos. E quais seriam estes grandes feitos do Senhor Deus? A resposta é simples: a morte e ressurreição de Jesus Cristo como a transformação libertadora do homem e do seu mundo. O feito maior do Eterno Deus, sem dúvida, é a vida e obra de Jesus Cristo, que abre definitivamente diante do homem o futuro, o êxodo, a libertação, avida eterna, vencendo todas as barreiras impostas pelo pecado (Rm 8.1). O Maravilhoso Deus nos transportou do império das trevas para o Reino do Filho do Seu amor (Cl 1.13). Longe de Deus, a humanidade nem pode se chamar de povo, pois nada mais é do que um agregado de pessoas bastante egocêntricas e individualistas, cada um lutando por interesses próprios.

2. A motivação de um enviado.
A motivação é a energia que coloca em movimento o ser humano. A motivação é o princípio de uma ação voluntária e consciente. Vejamos alguns fatores que motivaram o apóstolo Paulo em sua tão brilhante missão.

2.1. Obediência a visão.
Toda missão tem um destino a nos levar. Deus não nos chamou para sermos espectadores. Sempre que vemos o Espírito de Deus na Bíblia. Ele está realizando algo (Gn 1.2). O próprio Jesus disse “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Uma vida sem propósito é vazia e sem motivação. Paulo foi movido por uma visão. O Senhor o escolheu para ser apóstolo dos gentios. Ele foi fiel à visão celestial testemunhando tanto a grandes, quanto a pequenos, em sua trajetória evangelística (At 26.19).

Nenhum de nós precisa receber uma “revelação” para ter que pregar, evangelizar ou testemunhar acerca de Jesus Cristo. Já temos a Palavra de Deus revelada. Todos nós temos uma responsabilidade: anunciar que só há salvação em Jesus Cristo (1Co 9.16). Para isso, precisamos estar cheios do Espírito Santo. E, se o Senhor nos der uma visão particular, uma missão específica, sejamos obedientes à Sua ordem.

2.2. O amor pelos perdidos.
Todo cristão deve possuir um profundo amor pelos perdidos. Nosso maior exemplo é o Senhor Jesus Cristo. Ele expressou Seu amor até no momento da crucificação (Lc 33.34). Devemos sempre permitir a frutificação do amor de Deus pelos perdidos através de nossas vidas. Em Atenas, o apóstolo Paulo encontrou uma cidade tomada pela idolatria. Isso comoveu seu espírito de tal maneira que resolveu propagar a luz da verdade para salvar o povo da cegueira e da perdição (At 17.16-17). Tomado pelo amor e inspirado pelo Espírito, ele testemunhou acerca de Cristo e da ressurreição, e alguns creram em sua palavra (At 17.34).

O episódio do apóstolo Paulo na cidade de Atenas nos ajuda a sondar os nossos próprios corações. Paulo odiava a idolatria, mas amava os perdidos. Ao contemplar a situação, ele não os criticou, nem os desprezou, mas partiu, decididamente, a pregar nas sinagogas e Deus o abençoou grandemente. Ele mesmo disse: “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria” (1Co 13.2).

2.3. Senso de urgência.
Ao refletir ainda sobre Paulo em Atenas, percebemos o seu senso de urgência (At 17.16). O termo usado por Lucas é: “paroxuno”, que tem o sentido de afiar, amolar, acelerar. É necessário que o evangelizador tenha uma visão clara da situação espiritual dos que ainda não nasceram de novo, para que possua um senso de urgência, celeridade, pressa. Os perdidos precisam ouvir a mensagem do Evangelho para que possam se arrepender, Devemos ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que ia de cidade em cidade, de sinagoga em sinagoga pregando a mensagem do Reino de Deus (Mt 9.35).

O que o Senhor Jesus fez no território de Israel, indo de cidade em cidade, e de sinagoga em sinagoga, o apóstolo Paulo, igualmente fez, entre os judeus e piedosos da diáspora. O tempo de fazer uma grande colheita de almas para Deus na cidade de Atenas havia chegado, portanto, era necessário que Paulo agisse urgentemente, pois o juízo se aproxima (At 17.30-31).

3. Responsabilidades e recompensas.
Anunciar o Evangelho é uma responsabilidade seguida de grandes recompensas. O trabalho de um servo de Deus nunca será vão no Senhor, porque Ele é galardoador de todos os que o buscam e sempre recompensará aqueles que produzem em Sua seara (Mt 25.21; Hb 11.6).

3.1. Um coração zeloso como de um pai.
O apóstolo Paulo desejava apresentar a Jesus Cristo não somente um número de pessoas, mas pessoas tratadas, cuidadas, limpas e santas (2Co 11.2). O zelo pela obra era paternal, que funcionava desde a geração até o crescimento. Paulo não desejava entregar a Deus bebês pirracentos (1Co 3.1-3). Por isso, ele os visitava, orava por eles, escrevia cartas e os alertava acerca dos perigos que tentavam usurpar sua fé e penetrar no seio da igreja. Não basta gerar bebês espirituais, deve-se cuidar até que cresçam, ou encaminhar a quem deles cuide (1Co 14.20).

O apóstolo Paulo, como pai zeloso, sempre teve como finalidade apresentar o melhor fruto a Deus (1Co 12.24-26). Para o apóstolo Paulo, há lugar para atitude infantil, mas é com respeito à malícia, não ao pensamento. Mais do que nunca, é necessário ser maduro no entendimento e crianças diante da malícia. Como esse princípio é importante e determinante nos dias em que vivemos. É importante lembrar que o Espírito Santo atua na edificação da Igreja precisamente por intermédio da razão amadurecida.

3.2. Um compromisso com a vinda do Senhor.
Todo aquele que está enraizado em Cristo deve ter em mente a realidade da vinda do Senhor. É por esse motivo que devemos anunciar o Evangelho a tempo e fora de tempo, porque não sabemos quando o Senhor virá (Mt 24.50). A evangelização é um compromisso com o próprio Senhor. É necessário que falemos de Jesus em toda e qualquer oportunidade que se apresenta a nós. O tempo urge e os sinais estão mais claros a cada dia. Se não anunciarmos, muitos descerão ao abismo da perdição por nossa culpa. O Senhor nos entregou a boa semente, nos deu o Seu Espírito Santo e nos capacitou com os dons espirituais. É sair e colher, porque os campos já estão prontos para a ceifa (Jo 4.35).

A vinda de Jesus Cristo pode acontecer a qualquer momento e nos foi prometido um prêmio especial da parte de Deus pelas nossas obras (1Co 3.8). Vale a pena ressaltar que existem vários tipos de obras (ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha) e vários tipos de recompensa. Porém, com recompensa ou não, a nossa responsabilidade como salvos é avisar aos perdidos da iminente vinda de Jesus Cristo e o que acontecerá aos ímpios no dia de Sua vinda (At 17.30-31; 1Ts 1.10).

3.3. A recompensa dos enviados.
O trabalho da seara do Senhor Jesus é árduo e inclui surpresas, dores, provações e perseguições. Todavia, em meio a tudo isso, o Senhor nos prometeu um prêmio por nossas obras. Mas como distinguir esse prêmio? A forma como Deus nos premia vai além de qualquer pensamento (Ef 3.20). A Palavra de Deus nos assegura que o trabalho na obra do Senhor “não é vão” (1Co 15.58), “jamais será improdutivo”. Todos os esforços serão recompensados pelo Senhor da seara no glorioso dia do Seu retorno (Mt 25.21; Lc 19.17).

O trabalho de um lavrador é árduo. Debaixo de sol, ele prepara a terra, lança a semente e aguarda o precioso fruto de seu trabalho. É importante compreender que toda semente tem um tempo de maturidade. Assim é o nosso semear. Pode parecer que nada acontece, mas devemos crer que a Palavra de Deus sempre prosperará (Is 55.11).

Conclusão.
Todo discípulo de Jesus Cristo, consciente de ter sido chamado para cumprir tão importante tarefa, enviando ao mundo (Jo 20.21) e capacitado com o poder do Espírito Santo (At 1.8), precisa ser perseverante no trabalho do Senhor até que Ele venha.

Questionário.
1. Qual era a preocupação de Paulo?
R: Ele estava preocupado primeiro em agradar a Deus (Gl 1.10).


2. Por que o servo de Deus deve viver focado?
R: Porque a nova vida exige que sejamos virtuosos (2Pe 1.5).


3. Segundo a lição, o que todo cristão deve possuir?
R: Um profundo amor pelos perdidos (Lc 23.34).


4. O que Paulo desejava apresentar a Jesus Cristo?
R: Pessoas tratadas, cuidadas, limpas e santas (2Co 11.2).


5. O que a Palavra de Deus nos assegura?
R: Que o trabalho na obra do Senhor “não é vão” (1Co 15.58).




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