7 de agosto de 2017

Lição 07 - Missões no Antigo Testamento: Adultos - Betel

 

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Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás: Jeremias 1.7

Verdade Aplicada
Missões é doutrina bíblica. Não se trata de modismo ou fruto da criatividade da Igreja.

Objetivos da Lição
Revelar que a obra de Missões foi planejada na eternidade;
Mostrar resumidamente o trabalho missionário no Antigo Testamento;
Demonstrar como Missões no Antigo Testamento serviu de base para o Novo Testamento.

Glossário
Áureo: Abundante; brilhante;
Imprescindível: Essencial, necessário, indispensável;
Inculcar: Fazer gravar algo no espírito ou na mente; incutir.

Leituras complementares
Segunda Rm 11.1
Terça Rm 11.2
Quarta Rm 11.3
Quinta Rm 11.4
Sexta RM 11.7
Sábado Rm 11.8

Textos de Referência.
Isaías 6.5-8
5 Então, disse eu: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 E com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.



Hinos sugeridos. 

Harpa Cristã: 84




Harpa Cristã: 126




Harpa Cristã: 186



Revista Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Tema: Evangelismo, missões e discipulado:“A tarefa primordial da igreja” - Betel




Motivo de Oração
Ore pelos cristãos secretos que frequentam igrejas subterrâneas.

Introdução
1. O planejamento de Missões.
2. A contínua ação do Deus Missionário.
3. Israel, a nação missionária.
Conclusão

Introdução
Enfatizaremos nesta lição, assim como os missiólogos e escritores dos séculos XX e XXI, que o Antigo Testamento é a base para a atividade missionária da Igreja entre todas as nações e povos do mundo.

1. O planejamento de Missões.
É praticamente impossível compreender a obra missionária no contexto histórico do Antigo Testamento sem o entendimento correto do plano da redenção estabelecido desde o princípio.

1.1. Conceito de Missões no Antigo Testamento.
Como temos estudado nas lições anteriores, desde o princípio, a Bíblia revela a missão de Deus (Missio Dei), por intermédio do povo separado por Deus, para alcançar todo o mundo, por causa do amor de Deus, para restaurar a Sua criação ao propósito original. Tal revelação passa pela benção e orientação ao primeiro Casal (Gn 1.27-28), pelo Criador perguntando pelo primeiro homem após a queda, a promessa feita e a providência divina (Gn 3.9, 15, 21), e por tantos que foram chamados, vocacionados e enviados pelo Senhor Deus, denunciando o pecado, anunciando o juízo divino, convocando ao arrependimento e revelando a vinda do Messias, o Salvador Jesus Cristo, para consumar o plano divino de salvação (2Pe 2.5; Jd 14; Sl 22; Is 53).

É importante aproveitar a presente lição para enfatizar a necessidade dos discípulos de Jesus Cristo em conhecer as Escrituras como um todo. Missões é doutrina bíblica. Não se trata de modismo ou fruto de estudos teológicos, ou resultado da criatividade da liderança eclesiástica. Assim como não é um plano divino somente criado no tempo do Novo testamento. Portanto, é fundamental considerar o princípio hermenêutico de conhecer plenamente as Escrituras. Constataremos, então, que a atividade missionária tem sua origem na natureza de deus e não na natureza da Igreja. O professor de teologia na Universidade de Birmingham, J.G. Davis, Escreveu que Deus é “um ser centrífugo”. O Deus revelado na Bíblia é o Deus Missionário.

1.2. Princípios da obra missionária.
No Antigo Testamento encontra-se os princípios básicos da atividade missionária. O próprio Jesus Cristo frequentemente relacionava a Sua identidade e missão às Escrituras Sagradas do Antigo testamento. Após Sua ressurreição, Ele revela aos discípulos que tanto Seu sofrimento, Sua morte e Sua ressurreição, como atividade missionária da Igreja – “pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações” (Lc 24.46-47) -, já estavam previstos nos escritos do Antigo Testamento.

Alguns dos principais missionários que podem ser destacados: as Escrituras Sagradas, em sua totalidade, revelam a ação global de Deus para salvar a humanidade; o propósito último da criação de todas as coisas: a glória de Deus (Sl 19.1; Is 43.7); o alcance é mundial (Gn 3.15; Is 53); Deus chama, capacita e envia seres humanos na atividade missionária – Abraão, José, Moisés, profetas, etc. – (Is 6.8; Jr 1.7). Refletindo nos princípios bíblicos encontrados no Antigo Testamento que norteiam a obra missionária, aprendemos, como escreveu John Stott, “a interpretar cada texto à luz de tudo é a parte, à luz do todo”.

1.3. O texto bíblico usado por Pedro e Paulo.
Há a tendência de pensar sobre atividade missionária como uma tarefa estabelecida a partir da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Contudo, com base em textos bíblicos que registram as palavras dos apóstolos Pedro e Paulo, Missões é um assunto bíblico que está presente nas Sagradas Escrituras muitos séculos antes do registro do Evangelho de Mateus. A exposição de jesus cristo mencionada em Lucas 24.44-47 foi tão impactante que nos registros das mensagens dos apóstolos, quando estes queriam enfatizar que o plano divino de salvação era para todos os homens (não apenas os judeus), não constam as palavras da Grande Comissão, mas, sim, o chamado “verso misterioso”: Gênesis 12.3. Os apóstolos, Pedro e Paulo o citaram, respectivamente (At 3,25-26; Gl 3.8).

É possível que, pelo fato de estarem atuando num contexto de conflito com os religiosos judeus, Pedro e Paulo não tenham citado as palavras de Jesus da Grande Comissão. Mas, estrategicamente, mencionaram um texto do Antigo Testamento, que era conhecido dos Seus oponentes. Contudo, o uso de Gênesis 12.3 por parte da Igreja Primitiva é indicação clara de que o Novo Testamento é continuação do propósito original do Deus Missionário. Na epístola aos Gálatas, Paulo pontua a ligação existente entre a aliança abraâmica e o Evangelho proclamado por ele (Gl 3.6-9, 13-16).

2. A contínua ação do Deus Missionário.
Mesmo nos períodos mais longínquos e sombrios da história, o Deus Missionário sempre teve na terra Suas testemunhas.

2.1. Revelação Geral e Revelação Especial.
Interessante que a própria natureza é uma testemunha, conforme encontramos em Atos 14.15-17 e Romanos 1.18-21. O Deus Missionário se revelou. É possível conhece-Lo. Deus testemunha, por meio da criação, Sua providência, Seu cuidado, Seu amor e da Sua própria imagem nos seres humanos. Esta revelação é identificada nos estudos teológicos como a Revelação Geral. A Revelação Especial contém os mandamentos, o plano divino de salvação, as Escrituras Sagradas, a pessoa de Jesus Cristo.

Muitos foram chamados por Deus para testemunhar a Revelação e tornar conhecido a Revelação Especial: Raabe (Js 2.9-11); Abel (Hb 11.4); Enoque (Gn 5.22,24); Noé (Gn 6.8-9), chamado “pregoeiro da justiça” (2Pe 2.5); José, que além de ser testemunha do Senhor no Egito (Gn 39.9; 40.8; 41.16), foi o instrumento de Deus para preservar os descendentes de Abraão (Gn 45,5-8).

2.2. O Evangelho anunciado a Abraão.
É interessante ressaltar que o próprio Deus “anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8). A mensagem divina das boas-novas anunciava que Abraão seria abençoado e que a bênção alcançaria “todas as nações”. Aqui encontramos a continuidade da revelação do plano divino de salvação: a semente da mulher (Gn 3.15) viria por intermédio da descendência de Abraão. Mais adiante, Deus repete a promessa a Isaque (Gn 26.1-5).

O Deus missionário estava atento aos descendentes de Abraão que há mais de quatrocentos anos estavam no Egito. A Bíblia registra: “e clamaram; e o clamor subiu a Deus” (Êx 2.23). O Senhor Deus ouviu o clamor e “lembrou-se do seu concerto” (Êx 2.24). A partir daí, Deus age para libertá-los. Vai ao encontro de Moisés e o envia ao Egito para tirá-los dali e conduzi-los à terra que prometeu aos descendentes de Abraão (Gn 15.13-16). A manifestação do poder de Deus no Egito, no deserto e na travessia do Jordão foram verdadeiros testemunhos não apenas para Israel, mas também para as demais nações (Js 2.9-11).

2.3. A ação missionária na Terra Prometida.
Raabe, que acolheu os espias em sua casa, na cidade de Jericó, é um exemplo de pessoas que não era descendente de Abraão, mas, ao ouvir sobre os atos do poderosos de Deus, declarou: “porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo da terra” (Js 2.11). A misericórdia e o amor de Deus alcançaram ela e todos que estavam em sua casa. Ela conta na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.5), e na galeria de heróis da fé (Hb 11.31). Afinal, a promessa feita a Abraão tem alcance mundial: “todas as famílias da terra”.

Os exemplos de Raabe e também de Rute, a moabita (Rt 1.16), que após conviver com sua sogra fez a conhecida declaração de fé, servem de ilustração para a mensagem do Salmo 67, um dos muitos salmos com mensagem missionária: “Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe... Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação” (Sl 67.1-2). Este salmo lembra a promessa abraâmica e como a bênção alcançará pessoas de todos os povos e nações, por intermédio da fé (Gl 3.7-9).

3. Israel a nação missionária.
O projeto divino para Israel como nação escolhida por Deus foi que como tal pudesse exercer um papel missionário no mundo.

3.1. Israel, a nação testemunha.
Encontramos em Êxodo 19.4-6 que o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito era que o povo se aproximasse dEle e fosse povo exclusivo dEle, sacerdotal e santo. Assim seria um povo separado para adorar a Deus e, então, fazer conhecido o caminho e a salvação do Senhor entre todos os povos, para que todos louvem e temam ao Deus todo-Poderoso (Sl 67). O apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja com as mesmas características e responsabilidades atribuídas a Israel (1Pe 2.9). É preciso que cada discípulo de jesus Cristo conheça e viva estes chamado e vocação.

Devemos atentamente observar o que disse o apóstolo Paulo acerca de nossa eleição e do tropeço de Israel: “E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: de Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades” (Rm 11.12, 25, 24-26).

3.2. Ação missionária dos profetas.
Autor da salvação e da obra missionária, Deus levantou profetas, homens que dEle recebiam diretamente uma mensagem de juízo ou despertamento para que o povo se voltasse para Sua presença (Am 3.7). Talvez a história do profeta Jonas seja um dos principais referenciais missionários do Antigo Testamento, por constar o mandato do Deus Missionário ao povo escolhido com relação a outro povo. Uma introdução à Grande Comissão entregue por Jesus Cristo à Igreja (Mt 28.18-20).

O Deus de Israel é também o Deus de Nínive, mas o profeta Jonas procurou fugir de Deus e da missão recebida. Ainda não tinha compreendido que Deus havia escolhido Israel para ser Seu instrumento, atraindo a adoração de todos os povos à Sua glória. E nós?

3.3. O reino de Judá disperso e exilado.
A infidelidade trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá. Os habitantes foram exilados na Babilônia e apenas os pobres dentre o povo foram deixados na terra de Judá (Jr 30.1-10). Foi nesse período que, sem a adoração no templo, os judeus fundaram sinagogas em muitos lugares, para não perderem a sua cultura e adoração. Jesus reconheceu o zelo missionário dos fariseus, mas reprovou sua hipocrisia (Mt 23.15). Foi a partir dessas sinagogas que Paulo fundou várias igrejas cristãs em vários países.

Importante ressaltar que até durante o cativeiro de Judá ocorreu atividade missionária, por intermédio de judeus tementes a Deus, como os profetas Ezequiel e Daniel. Vide os testemunhos pagãos (2Cr 36.22-23; Dn 2.46-47; 6.25-27). Assim como, também, as sinagogas (“lugares de reunião”) contribuíram para disseminar, entre os judeus nascidos na dispersão e os habitantes das cidades em centenas de regiões fora da Palestina, as promessas divinas de restauração, a fé monoteísta dos judeus, os feitos poderosos de Deus ao longo da história e a expectativa da vinda do Messias, o Salvador do mundo. O próprio Jesus Cristo anunciava a chegada do Reino de Deus nas sinagogas. As sinagogas atraíam também os gentios, que eram despertados pela exposição das Sagradas Escrituras.

Conclusão.
O antigo Testamento está repleto de princípios bíblicos e registros de atividades missionárias. Deus já estava agindo para tornar conhecido Seu plano de salvação em toda a terra. Que cada discípulo de Cristo esteja consciente da responsabilidade de prosseguir com a obra missionária nesta geração.

Questionário.

1. Qual é o “verso misterioso”?
R: Gênesis 12.3.


2. Qual era o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito?
R: Que o povo se aproximasse dEle e fosse povo exclusivo dEle, sacerdotal e santo (Êx 19.4-6).



3. Como o apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja?
R: Com as mesmas características e responsabilidades atribuídas a Israel (1Pe 2.9)..



4. O que trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá?
R: A infidelidade (Jr 30.1-10).



5. O que Jesus reprovou dos fariseus?
R: Sua hipocrisia (Mt 23.15).




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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Evangelismo, Missões e Discipulado, A tarefa primordial da igreja, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2017, ano 27, Nº 104, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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