1 de setembro de 2017

Noticia: Militares brasileiros deixam o Haiti e são convidados para nova missão

Militares brasileiros começam a deixar o Haiti. Pelo cronograma de desmobilização, 85% dos 981 militares brasileiros no país voltarão ao Brasil até 15 de setembro
Em cerimônia em Porto Príncipe, ministro da Defesa brasileiro diz que países discutem possível apoio brasileiro para recriação do Exército haitiano. Nenhuma autoridade local participou do ato

Depois de 13 anos ajudando a reorganizar as forças de segurança do Haiti e a controlar a violência e os efeitos da instabilidade política local, as tropas brasileiras começaram a deixar nesta quinta-feira (31) o país caribenho. Porém, a parceria com a ONU continuará e já há convite para atuar em outras missões.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, o senador Fernando Collor, os comandantes da Aeronáutica, Nivaldo Rossato, e da Marinha, Eduardo Bacellar, o embaixador do Brasil no Haiti, Fernando de Mello Vidal, e a deputada Bruna Furlan estiveram presentes na cerimônia, realizada à noite no batalhão do Exército brasileiro em Porto Príncipe, a capital do país. Nenhuma autoridade haitiana participou do ato.

Durante o ato, Jungmann pediu um minuto de silêncio em memória aos 24 militares brasileiros que morreram na missão – 18 deles no terremoto registrado em 2010, que deixou mais de 200 mil mortos no país. As bandeiras da ONU e do Brasil foram baixadas do mastro na unidade, simbolizando o fim da ação brasileira em solo haitiano.

O cronograma de desmobilização prevê que 85% dos 981 militares brasileiros no país sejam trazidos de volta ao Brasil até 15 de setembro. Os outros 152 militares soldados e oficiais ficarão encarregados de proteger as instalações brasileiras e cuidar das últimas medidas administrativas necessárias à repatriação de todo o material e equipamento brasileiro até 15 de outubro, quando também deixarão

Nova missão

O ministro da Defesa brasileiro afirmou ainda que o Brasil recebeu convite para participar de outras dez missões de paz da ONU e que “a melhor avaliação” seria para a República Centro-Africana, onde há um grande número de refugiados e as tropas da ONU são atacadas diariamente. Ele não detalhou qual interesse político-estratégico o Brasil teria na República Centro-Africana.

Quando questionado pelo ‘G1′ sobre se o governo buscaria em um momento de instabilidade política lutar para que o Congresso aprove o envio de soldados para a África, respondeu: “meu Deus do céu, será que temos que parar tudo o que estamos fazendo porque estamos vivendo uma crise política? Eu acho, que embora tenhamos uma crise, temos compromissos e responsabilidades humanitárias com o mundo. A crise passa e o Brasil fica”.
Fonte: Agência Brasil e G1

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