11 de dezembro de 2017

Lição 12- A Igreja e a Cultura de seu Tempo: Subsidio: Juvenis - de 15 a 17 anos


LEITURA BÍBLICA DA SEMANA
Seg. Ml 3.18: Chamados para fazer a diferença
Ter. Mt 5.13: Sal da terra
Qua. Mt 5.14: Luz do mundo
Qui. 1Pe 2.9: Povo escolhido
Sex. Mt 10.8: Agentes de transformação social
Sáb. 1Co 15.48; Fp 3.20: Cidadãos do céu
OBJETIVOS
- Refletir sobre a Igreja na cultura dos  tempos de Paulo; 
- Despertar a necessidade de apresentar Cristo na cultura contemporânea;
- Declarar que fomos chamados para uma contracultura.
REFLEXÃO
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm 12.2)
SINTETIZANDO
A relação da igreja com a cultura na qual está inserida representa um grande desafio. Questões como moldar-se, rejeitar a cultura, idolatrá-la ou tentar redimi-la tem gerado discussões acirradas entre líderes cristãos. Em países como o Brasil que possui uma cultura tão rica, variada e envolvente, o desafio parece ainda maior, especialmente nos dias atuais.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 17.20-31
20 Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos, pois, saber o que vem a ser isto
21 ( Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade ).
22 E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;
23 Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.
24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
25 Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
26 E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
27 Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
28 Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.
29 Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
30 Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
31 Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
INTRODUÇÃO
Podemos definir cultura como o conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade, que influencia nas artes, religião, ética, costumes, maneira de agir, vestir, etc. Todo ser humano vive em uma cultura. Ninguém consegue viver em vácuo cultural, pois até mesmo em local isolado haverá um padrão, uma forma de entender e interagir com o mundo. Portanto, é impossível viver em sociedade totalmente alheio à cultura aonde se está inserido. Queiramos ou não, recebemos a influência cultural do nosso país, cidade, comunidade, família, amigos, etc. Mas qual deve ser a relação da Igreja e, consequentemente, do cristão, com a cultura da sua época?
A AULA VAI COMEÇAR!
Caro professor, é no início da aula que conquistamos a atenção dos juvenis. Por isso, receba-os sempre com carinho e introduza a lição com entusiasmo. Hoje falaremos sobre a necessidade de pregar o Evangelho, utilizando a cultura vigente a favor desta missão. Para ambientar os alunos com o tema e fazê-los refletir sobre ele, vamos fazer uma dinâmica. Forme um círculo, com todos de mãos dadas e proponha o desafio: Todos deverão se voltar para fora, ficar de costas para o centro do círculo, mas sem soltarem as mãos. (Se alguém já conhecer a dinâmica deverá ficar de fora observando ou não dar pista nenhuma). O grupo deverá buscar alternativas, até conseguir desvirar, sem romper o círculo. Ao concluir, peça que os alunos compartilhem o que acharam da experiência. Correlacione os relatos com o tema da lição, explicando que precisamos transpor as diferenças e desafios externos.
1. PAULO E A CULTURA VIGENTEA cultura reflete a situação moral, intelectual e espiritual das pessoas que a compõem.
Paulo recebeu forte influência da sua cultura local. O apóstolo nasceu em Tarso, uma importante cidade da Cilicia (At 21.39), ponto estratégico de síntese entre o oriente e o ocidente, recebendo forte fluxo da cultura grega, oriental e romana. Ou seja, um rico centro cultural. Paulo aprendeu a profissão de fabricante de tendas (At 18.3); Ainda jovem, foi estudar em Jerusalém, sob orientação de Gamaliel, mestre altamente respeitado. Foi instruído no judaísmo estrito; intensamente religioso, destacado nessa questão acima dos outros jovens, tornando-se um fariseu exemplar (Gl 1.14; Fp 3.6); chegando ser até mesmo perseguidor da Igreja de Cristo por sua lealdade e zelo pelo judaísmo. Até que a caminho de Damasco, um encontro com Jesus mudou tudo, converteu-se e tornou-se o evangelista mais proeminente da história da Igreja Primitiva (At 9.1-20; 22.6-21; 26.12-18).


O apóstolo Paulo passou a ser um grande defensor dos princípios cristãos e alertou a Igreja severamente a não se envolver com o mundanismo e as práticas pagãs que dominavam a sociedade da sua época (Rm 12.2). Porém, ele também mostrou, com suas atitudes, a importância de se contextualizar com a cultura vigente, de interagir bem com a sociedade, influenciando-a com o viver cristão, para ganhar assim muitas almas para Jesus: "Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais, E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns. E eu faço isso por causa do evangelho, para ser também participante dele" (1Co 9,19-23). Nós, cristãos, fomos convocados a ser transformadores das estruturas sociais, servindo assim mais fielmente ao intento de Cristo. Isto é, ao mesmo tempo em que permanecemos no mundo, e o evangelizamos, também não tomamos a forma dele, mas o transformamos.

AÇÃO TÓPICO l
Para que os alunos absorvam melhor a ideia estudada, proponha que eles se imaginem na cultura dos tempos de Paulo e pergunte quais estratégias usariam para anunciar o Evangelho. Destaque que o Evangelho desafia e transcende os pressupostos culturais.

2. EVANGELIZE NA SUA CULTURA
Como aprendemos com o próprio apóstolo Paulo, não podemos ignorar a cultura, nem tampouco demonizá-la. O Cristianismo Missionai conversa com as diferentes culturas, usando-as como ferramentas de contextualização para melhor levar o Evangelho; claro, sempre rejeitando valores culturais que se opõem a ele.

Jesus não pediu que nos alienássemos ou nos isolássemos. Pelo contrário! Veja o que Ele ora ao Pai: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo" (Jo 1715-18).

Fomos enviados a este mundo, vivemos nele e convivemos com a sociedade humana, mas, tal qual nosso Salvador Jesus, para sermos salda terra e luz nas suas trevas (Mt 5.13-16).

2.1. A cultura a favor do Evangelho
Devemos construir pontes culturais para pregar o Evangelho em um ambiente diversificado. Podemos agir como Paulo, que contextualizava e inseria o Evangelho em qualquer que fosse a cultura. A contextualização é justamente para apresentar o Evangelho de maneira culturalmente relevante.

As demandas do mundo moderno e o ambiente policultural fazem da contextualização uma ferramenta indispensável à Igreja hoje. A igreja que não contextuaüzar sua mensagem se tornará irrelevante para a sociedade ao seu redor. Ao mesmo tempo também precisamos perceber os limites entre cultura e pecado. Nem tudo que é tido pelo homem moderno como valor cultural é aceitável diante de Deus.
A Bíblia nos mostra exemplos que nos fazem enxergar e melhor discernir estes limites, Vemos isto claramente nas recomendações feitas ao seu povo ao entrar na Terra Prometida para que não seguissem os caminhos das nações pagãs (Dt 18.9-22). Muitas daquelas noções religiosas Cananéias eram parte de uma cultura, mas elas não deviam ser absorvidas pelo povo de Israel.

Daniel, juntamente com seus amigos, se recusou a comer dos manjares do Rei da Babilónia, e também não tomou do seu vinho, por saber que eram consagrados a ídolos. Eles estavam submersos na cultura babilónica, mas souberam separar pressupostos culturais, conceitos morais e crenças religiosas (Dn 1.8). Do mesmo modo, o Evangelho não é apenas um agente passivo e submisso à cultura, mas um agente transformador.

AÇÃO TÓPICO 2
Frise que a cultura reflete a situação moral e espiritual das pessoas que a compõem. E que Paulo soube utilizar a influência da cultura em que viveu; favor do Evangelho, sem se envolver com o mundanismo e as práticas pagãs que dominavam a sociedade da sua época. Pergunte se eles acham que isto é possível também nos dias de hoje e como.

3. O QUE É CONTRACULTURA
Contracultura é definida como a mentalidade dos que rejeitam e questionam alguns valores e práticas da cultura dominante da qual fazem parte. Portanto, a contracultura se opõe ao que é normal e habitual em determinada cultura.

A Igreja, por exemplo, adota uma contracultura ao rejeitar atitudes e padrões que não são pertinentes ao Reino de Deus. Seu comportamento permanece contrário ao que é adotado pela cultura geral e que esteja em discordância com os princípios bíblicos.

Contracultura cristã é como um sistema de valores cristãos, padrão ético, devoção religiosa, estilo devida e relacionamentos; onde os padrões, valores e maneira de viver são delineados pelo Governo de Deus, independente das pressões impostas pelo mundo.

Os padrões da sociedade não servem para o cristão, quando se opõem aos da Bíblia Sagrada. Esta sim é a cultura que prevalece para nós cristãos, a da Palavra que não se degenera com as adaptações da modernidade.

O padrão de normalidade adotado pelo cristão deve ser a Bíblia Sagrada. Ela precisa será regra de fé prática adotada pelo crente. A contracultura cristã é baseada nos princípios da Palavra de Deus. De acordo com estes princípios o caráter do cristão é totalmente diferente daqueles muitas vezes admirados e vividos pelo mundo.

3.1.   Rejeite os padrões mundanos
A Bíblia nos alerta em relação à influência do mundo e nos exorta: "Não ameis o mundo" (l Jo 2.15); "Não vos conformeis com este mundo" (Rm 12.2). A expressão "mundo" nos versículos citados refere-se ao sistema pecaminoso e vãos prazeres materiais, que nos afastam da santidade e do Senhor.

Em muitos casos este sistema pecaminoso é disseminado como se fosse uma simples característica artística ou uma manifestação cultural do país, como por exemplo, o carnaval, as festas juninas, a própria corrupção, entre outros.
A Bíblia mostra as razões porque não devemos amaro mundo:
• Amigo do mundo é inimigo de Deus: "... não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus, Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4): "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2.15b);
• Nada do sistema mundano vem de Deus: "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (1Jo 2.16);
• O mundo é passageiro: "E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 Jo 2.17).

Não podemos nos conformar com este mundo, nos assemelhando a pessoas que ainda não conhecem a Cristo, nem a Salvação comprada por Ele para nós com seu próprio sangue.
O sistema pecaminoso do mundo é um inimigo que pode ser vencido quando usamos a nossa fé (1 Jo 5.4).
AÇÃO TÓPICO 3
Declare que fomos chamados a uma contracultura. Pergunte o que eles acham que este termo significa. Mostre que a contracultura rejeita valores e práticas ruins da cultura dominante. Ou seja, opõe-se ao que é considerado normal ou habitual, mas é algo ruim e contrário ã Bíblia. Proponha-os que citem exemplos comportamentais que vão contra ao que é adotado, em discordância com os princípios bíblicos, pela cultura geral que os cerca.

SUBSIDIO
No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1 Pe 2,11).
(a) Não devem pertencerão mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo, não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniquidade do mundo, morrer para o mundo (Gl 16.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1,4).

(b) Amar o mundo corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; Tg 4.4). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele.

Note. é claro, que os termos 'mundo' e Terra' não são sinónimos; Deus não proíbe o amor à terra criada, e à natureza, às montanhas, as florestas, etc." (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD. pp. 1957-58).


CARO PROFESSOR, seus alunos estão em uma idade em que temem muito a exclusão e rejeição. Por isso, reforce a importância deles terem uma autoestima firmada em Cristo, e no que o Senhor diz a seu respeito. Enfatize que o padrão de "normalidade" dos seguidores de Jesus deve vir da Bíblia Sagrada E que precisamos honrar & nossa identidade cristã, independente de qualquer medo de rejeição. Frise para eles que o mais importante nesta vida e no porvir é ser aceito e apreciado por Cristo. (Leia Mt 10.32,33).

PARA CONCLUIR
O cristão deve ter cuidado em não absorver coisas malignas da cultura na qual está inserido. Toda cultura por mais interessante e civilizada que seja traz valores pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se refletem na religião, na ética, nos costumes, na arte, música, literatura e tudo mais que a compõe. O que no seu país, estado, cidade, família, escola, roda de amigos é considerado algo "comum", "natural", mas você sabe que é contrário ao amor e santidade pregados por Jesus? A Igreja - e o seguidor genuíno de Jesus - deve sempre se fazer esta pergunta e adotar uma contracultura cristã, baseada nos princípios da Palavra de Deus,

HORA DA REVISÃO

1. Defina o que é cultura.
É o conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade, que inclui artes, religião, ética, costumes, etc.

2. Qual a relação de Paulo com a sua cultura local?
O apóstolo Paulo não se envolveu com o mundanismo e as práticas pagãs que dominavam a sociedade de sua época. Porém, ele se contextualizou com a cultura vigente, interagindo bem com a sociedade, influenciando-a com seu viver cristão e assim ganhando muitas almas para Jesus.

3. Como usar a cultura em favor do Evangelho?
Construindo pontes culturais para pregar o Evangelho em um ambiente cultural diversificado, agindo como Paulo - que fazia uma contextualização da sua cultura utilizando-a a favor da pregação da Palavra.
4. Por que não devemos amar, nem nos conformar com o mundo?
Quem torna-se amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus; nada do que está no mundo, no sistema mundano corrompido, vem de Deus. por isso mesmo é passageiro.

5. Por que o cristão deve ter cuidado com a cultura local?
Toda cultura, por mais civilizada que seja, traz valores pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se refletem na religião, na ética, nos costumes, na arte, música, literatura e tudo mais que a compõe.
Fonte: Lições Bíblicas Juvenis – 4° Trimestre de 2017 - CPAD/ 
Fonte: www.sub-ebd.blogspot.com


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